segunda-feira, 31 de agosto de 2009
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quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Boa demanda
Pois é, o mercado para os cartunistas nunca esteve agitado como agora! Inspiração é o que não falta!
Pater/A Tribuna
Miguel/Jornal do Commercio - PE
Lezio/Diario da Região
Dalcio/Correio Popular
Clayton/O Povo-CE
Kacio/Correio Braziliense
Heringer/A Charge Online
Amarildo/A Gazeta
Cleriston/Folha de Pernambuco
Pater/A Tribuna
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Dalcio/Correio Popular
Clayton/O Povo-CE
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Heringer/A Charge Online
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Cleriston/Folha de Pernambuco
A volta das freiras feias
Artigo publicado na 'Folha de S.Paulo' (24.08.09) no caderno Ilustrada.
LUIZ FELIPE PONDÉ
HÁ DIAS escrevi no caderno Cotidiano desta Folha um artigo cujo título era "Freiras Feias sem Deus" sobre a nova lei antifumo. Um mar de e-mails.
Volto ao tema hoje para aprofundar duas questões que julgo mais importantes neste debate. Uma delas se refere à imagem de uma freira feia sem Deus como metáfora dos fascistas amantes da nova lei. Por que freira, por que feia, por que sem Deus?
Outra questão, mais "séria", referia-se ao uso do termo "fascismo" para uma lei legitimamente votada num Estado democrático de direito. Como aplicar um termo advindo do universo totalitário ao campo da vida política democrática?
Eu sei, caro leitor: quem é afinado com o debate da filosofia política contemporânea sabe que a suposição de que a democracia seja imune ao fascismo não passa de mera ignorância.
A democracia atual, com suas intenções de corrigir o comportamento do cidadão (elevando-o à categoria de agente moral), pelo contrário, bebe muito na inspiração fascista.
A referência da "freira" aqui é simbólica, é claro. "Freira" remete à figura da mulher religiosa maníaca pelo controle das paixões e dos desejos, uma espécie de fiscal da virtude e do pecado. Ela ama castigar o pecador enquanto se olha no espelho e vê sua face como sendo a do espírito puríssimo. Não muito distante do não fumante militante que, ainda que não confesse, vê o fumante como um lixo da humanidade, alguém que tem prazer em se melar com a morte.
"Feia" é a figura da deformação interna da alma advinda desta fiscalização orgulhosa. Goza a noite em seu quartinho abafado, com a ideia de que, finalmente, aqueles que ela detesta serão humilhados. Como ratos que se escondem no escuro pra respirar seu ar doente.
"Sem Deus" é uma referência mais sofisticada. A relação entre a luta contra o pecado e o vício, por um lado, e Deus, por outro, implica a noção de piedade. Deus é uma ideia que traz em si um abismo no qual miséria humana e misericórdia divina se encontram.
Uma freira feia sem Deus é terrível porque a única coisa que ela deseja é a violência legal como controle total do pecador, sem amor algum pelo infeliz. Ao pecador resta apenas a miséria e a vergonha.
Já o fascismo é, no fundo, uma religião civil e não um tipo específico de política ou governo. Manifesta-se como um governo cuja autoimagem é a de um agente moral na sociedade. Agente este movido pela fé em gerar melhores cidadãos, por meio do constrangimento legal e científico dos comportamentos.
Na democracia, o fascismo ainda é mais perigoso porque tende a ser invisível. Esta invisibilidade nasce da ilusão de que a legitimidade pelo voto inviabiliza o motor purificador do fascismo. Pelo contrário, a própria ideia de "maioria" ou de "vontade do povo" trai a vocação fascista.
O fator saúde, seja pessoal, seja do planeta, seja da sociedade, sempre foi uma paixão fascista -isto já é largamente conhecido. A própria noção de progresso como saúde social canta hinos fascistas.
Perguntará o leitor: mas se for assim, não tem solução! Sim, tem, basta o governo ser mais cético com seus impulsos de purificação do mundo e se ater a sua condição de "síndico" da sociedade e não de reformador. A ideia de uma sociedade "saudável" já é fascista. O estado moderno tem em seu DNA a vocação ao fascismo.
Outro veneno é a associação com a ciência. Aqui tocamos o fundo do poço. Só idiotas, ou fascistas confessos, mesmo que mentirosos, creem em verdades científicas como parceiros éticos.
A rejeição de comportamentos construída via argumento científico tem a seu favor do ponto de vista do fascista a segurança de que ela é inquestionável. E se a "ciência" tivesse provado que os judeus eram mesmo seres inferiores e eticamente poluidores do mundo, seria correto exterminá-los? Ou pelo menos confiná-los?
Imagine, caro leitor, se em alguns anos "a ciência descobrir" que fumantes e ex-fumantes emitem partículas cancerígenas pela respiração. Claro que esse "a ciência descobrir" pode significar uns quatro ou cinco trabalhos financiados por lobbies contra os fumantes. Como proceder?
Arrisco dizer que nossas freiras feias sem Deus proporiam campos de concentração para os fumantes. Assim garantiríamos um ar sempre puro. A inspiração fascista da modernidade é resultado da secularização do cristianismo e seu desejo de perfeição. Pena que só sobraram as freiras feias e sem Deus.
ponde.folha@uol.com.br
LUIZ FELIPE PONDÉ
E se a ciência descobrir que fumantes emitem partículas cancerígenas pela respiração?
HÁ DIAS escrevi no caderno Cotidiano desta Folha um artigo cujo título era "Freiras Feias sem Deus" sobre a nova lei antifumo. Um mar de e-mails.
Volto ao tema hoje para aprofundar duas questões que julgo mais importantes neste debate. Uma delas se refere à imagem de uma freira feia sem Deus como metáfora dos fascistas amantes da nova lei. Por que freira, por que feia, por que sem Deus?
Outra questão, mais "séria", referia-se ao uso do termo "fascismo" para uma lei legitimamente votada num Estado democrático de direito. Como aplicar um termo advindo do universo totalitário ao campo da vida política democrática?
Eu sei, caro leitor: quem é afinado com o debate da filosofia política contemporânea sabe que a suposição de que a democracia seja imune ao fascismo não passa de mera ignorância.
A democracia atual, com suas intenções de corrigir o comportamento do cidadão (elevando-o à categoria de agente moral), pelo contrário, bebe muito na inspiração fascista.
A referência da "freira" aqui é simbólica, é claro. "Freira" remete à figura da mulher religiosa maníaca pelo controle das paixões e dos desejos, uma espécie de fiscal da virtude e do pecado. Ela ama castigar o pecador enquanto se olha no espelho e vê sua face como sendo a do espírito puríssimo. Não muito distante do não fumante militante que, ainda que não confesse, vê o fumante como um lixo da humanidade, alguém que tem prazer em se melar com a morte.
"Feia" é a figura da deformação interna da alma advinda desta fiscalização orgulhosa. Goza a noite em seu quartinho abafado, com a ideia de que, finalmente, aqueles que ela detesta serão humilhados. Como ratos que se escondem no escuro pra respirar seu ar doente.
"Sem Deus" é uma referência mais sofisticada. A relação entre a luta contra o pecado e o vício, por um lado, e Deus, por outro, implica a noção de piedade. Deus é uma ideia que traz em si um abismo no qual miséria humana e misericórdia divina se encontram.
Uma freira feia sem Deus é terrível porque a única coisa que ela deseja é a violência legal como controle total do pecador, sem amor algum pelo infeliz. Ao pecador resta apenas a miséria e a vergonha.
Já o fascismo é, no fundo, uma religião civil e não um tipo específico de política ou governo. Manifesta-se como um governo cuja autoimagem é a de um agente moral na sociedade. Agente este movido pela fé em gerar melhores cidadãos, por meio do constrangimento legal e científico dos comportamentos.
Na democracia, o fascismo ainda é mais perigoso porque tende a ser invisível. Esta invisibilidade nasce da ilusão de que a legitimidade pelo voto inviabiliza o motor purificador do fascismo. Pelo contrário, a própria ideia de "maioria" ou de "vontade do povo" trai a vocação fascista.
O fator saúde, seja pessoal, seja do planeta, seja da sociedade, sempre foi uma paixão fascista -isto já é largamente conhecido. A própria noção de progresso como saúde social canta hinos fascistas.
Perguntará o leitor: mas se for assim, não tem solução! Sim, tem, basta o governo ser mais cético com seus impulsos de purificação do mundo e se ater a sua condição de "síndico" da sociedade e não de reformador. A ideia de uma sociedade "saudável" já é fascista. O estado moderno tem em seu DNA a vocação ao fascismo.
Outro veneno é a associação com a ciência. Aqui tocamos o fundo do poço. Só idiotas, ou fascistas confessos, mesmo que mentirosos, creem em verdades científicas como parceiros éticos.
A rejeição de comportamentos construída via argumento científico tem a seu favor do ponto de vista do fascista a segurança de que ela é inquestionável. E se a "ciência" tivesse provado que os judeus eram mesmo seres inferiores e eticamente poluidores do mundo, seria correto exterminá-los? Ou pelo menos confiná-los?
Imagine, caro leitor, se em alguns anos "a ciência descobrir" que fumantes e ex-fumantes emitem partículas cancerígenas pela respiração. Claro que esse "a ciência descobrir" pode significar uns quatro ou cinco trabalhos financiados por lobbies contra os fumantes. Como proceder?
Arrisco dizer que nossas freiras feias sem Deus proporiam campos de concentração para os fumantes. Assim garantiríamos um ar sempre puro. A inspiração fascista da modernidade é resultado da secularização do cristianismo e seu desejo de perfeição. Pena que só sobraram as freiras feias e sem Deus.
ponde.folha@uol.com.br
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Globo e Record brigam com documentários
Como eu falei no post anterior, alguém poderia se habilitar a passar 'obscuras histórias' sobre a Igreja Universal e parece que a Globo tomou coragem ou não. A emissora nega a compra do documentário. Veremos os próximos episódios!
Emissoras correm atrás de produções inglesa e francesa que criticam rival
"Muito Além do Cidadão Kane" e "Universal, Uma Ameaça ao País dos Crentes" questionam relações das TVs com governo e igreja
RICARDO FELTRIN
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO DA FOLHA ONLINE
DIÓGENES MUNIZ
EDITOR DE MULTIMÍDIA DA FOLHA ONLINE
O embate Record x Globo chega aos documentários. A Record comprou na quarta-feira (19) os direitos de "Muito Além do Cidadão Kane", produção inglesa de 1993 com pesadas críticas à Rede Globo. Em contra-ataque, a Globo negocia "Universal, Uma Ameaça ao País dos Crentes" (2002), documentário francês inédito no Brasil e no YouTube.
Embora só tenha comprado o documentário "anti-Globo" esta semana, a Record já vinha exibindo trechos da obra em seus telejornais, no "Repórter Record" e durante as madrugadas, em programas religiosos.
Entre os críticos dos métodos globais que aparecem em "Muito Além do Cidadão Kane" está o presidente Lula, apresentado então como sindicalista.
"Se você tem um instrumento de comunicação que, por dia, fala com 70 milhões (...) e o controle das mensagens (...) é ordenada ideologicamente por um mesmo senhor [Marinho], aí descaracteriza qualquer possibilidade de democracia", diz Lula no filme.
A Globo, por sua vez, negocia o documentário "anti-Universal", produzido para a TV católica francesa KTO. Nele, o bispo Edir Macedo é retratado como o líder de uma legião de fanáticos que leva uma vida de "miliardário" (termo usado no filme). "A gente apertava a mão de Macedo com medo, pois era como apertar a mão do próprio Deus", depõe em vídeo Marcelo Gonzales, ex-membro arrependido da igreja.
O documentário acusa a Universal, entre outras coisas, de ter obrigado pastores a fazer vasectomia nos anos 90, mas também questiona se a Igreja Católica não é "culpada" por ter deixado sua rival neopentecostal crescer por tanto tempo sem fazer nada para contra-atacar.
A Record também entra na linha de fogo. O filme retrata a relação estreita entre igreja e emissora de TV que, segundo a produção, não passa de um meio para Macedo aumentar sua própria influência política.
A certa altura, entrevista o atual senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), que admite que o governo "aceitou" a venda da Record para uma igreja, embora isso fosse, à época, vetado pela Constituição.
Já "Muito Além do Cidadão Kane", que está na íntegra no Google Videos, foi idealizado como programa em quatro blocos para o canal inglês Channel Four, em 93. Convencionou-se chamar essa obra de documentário porque, depois da TV, os blocos foram unidos e vendidos na íntegra em CDs e fitas piratas no Brasil e em outros países.
A Globo também tentou comprar os direitos dessa obra, mas desistiu quando o produtor britânico John Ellis informou que as licenças para exibição em público já tinham sido vendidas a outras organizações.
Procuradas, Record e Igreja Universal não se manifestaram por "desconhecer o conteúdo do documentário francês". A Globo não se manifestou sobre a compra de "Muito Além do Cidadão Kane" pela Record.
Colaborou CINTIA RETZ LUCCI.
Veja trecho do documentário "Universal, Uma Ameaça ao País dos Crentes"
Emissoras correm atrás de produções inglesa e francesa que criticam rival
"Muito Além do Cidadão Kane" e "Universal, Uma Ameaça ao País dos Crentes" questionam relações das TVs com governo e igreja
RICARDO FELTRIN
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO DA FOLHA ONLINE
DIÓGENES MUNIZ
EDITOR DE MULTIMÍDIA DA FOLHA ONLINE
O embate Record x Globo chega aos documentários. A Record comprou na quarta-feira (19) os direitos de "Muito Além do Cidadão Kane", produção inglesa de 1993 com pesadas críticas à Rede Globo. Em contra-ataque, a Globo negocia "Universal, Uma Ameaça ao País dos Crentes" (2002), documentário francês inédito no Brasil e no YouTube.
Embora só tenha comprado o documentário "anti-Globo" esta semana, a Record já vinha exibindo trechos da obra em seus telejornais, no "Repórter Record" e durante as madrugadas, em programas religiosos.
Entre os críticos dos métodos globais que aparecem em "Muito Além do Cidadão Kane" está o presidente Lula, apresentado então como sindicalista.
"Se você tem um instrumento de comunicação que, por dia, fala com 70 milhões (...) e o controle das mensagens (...) é ordenada ideologicamente por um mesmo senhor [Marinho], aí descaracteriza qualquer possibilidade de democracia", diz Lula no filme.
A Globo, por sua vez, negocia o documentário "anti-Universal", produzido para a TV católica francesa KTO. Nele, o bispo Edir Macedo é retratado como o líder de uma legião de fanáticos que leva uma vida de "miliardário" (termo usado no filme). "A gente apertava a mão de Macedo com medo, pois era como apertar a mão do próprio Deus", depõe em vídeo Marcelo Gonzales, ex-membro arrependido da igreja.
O documentário acusa a Universal, entre outras coisas, de ter obrigado pastores a fazer vasectomia nos anos 90, mas também questiona se a Igreja Católica não é "culpada" por ter deixado sua rival neopentecostal crescer por tanto tempo sem fazer nada para contra-atacar.
A Record também entra na linha de fogo. O filme retrata a relação estreita entre igreja e emissora de TV que, segundo a produção, não passa de um meio para Macedo aumentar sua própria influência política.
A certa altura, entrevista o atual senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), que admite que o governo "aceitou" a venda da Record para uma igreja, embora isso fosse, à época, vetado pela Constituição.
Já "Muito Além do Cidadão Kane", que está na íntegra no Google Videos, foi idealizado como programa em quatro blocos para o canal inglês Channel Four, em 93. Convencionou-se chamar essa obra de documentário porque, depois da TV, os blocos foram unidos e vendidos na íntegra em CDs e fitas piratas no Brasil e em outros países.
A Globo também tentou comprar os direitos dessa obra, mas desistiu quando o produtor britânico John Ellis informou que as licenças para exibição em público já tinham sido vendidas a outras organizações.
Procuradas, Record e Igreja Universal não se manifestaram por "desconhecer o conteúdo do documentário francês". A Globo não se manifestou sobre a compra de "Muito Além do Cidadão Kane" pela Record.
Colaborou CINTIA RETZ LUCCI.
Veja trecho do documentário "Universal, Uma Ameaça ao País dos Crentes"
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Muito Além do Cidadão Kane
Após 16 anos, Record compra documentário "Muito Além do Cidadão Kane"
Até que enfim alguém teve coragem de mostrar este excelente documentário esquecido e ignorado por parte da imprensa. O que uma cutucada não faz com o bispo hein!?
Antes das facilidades do Youtube e outras ferramentas da Internet, este documentário circulava ‘clandestinamente’ nas faculdades de comunicação. Eu mesmo pedi emprestado a um professor e fiz uma cópia em VHS. Na época diziam que a Globo tinha uma liminar que proibia a veiculação do documentário no Brasil. Fico sabendo agora que era boato.
A Record, nos anos 90, ameaçou exibi-lo, mas ficou só na promessa. Ele já circula a algum tempo na web, mas sua exibição na TV aberta prestará um grande serviço à memória do país.
Como nesta briga ninguém é santo, esperamos também o documentário sobre a história da Igreja Universal e a Record e muitas outras histórias ‘obscuras’ sobre a política nacional. Quem se habilita?
Veja abaixo o documentário.
Até que enfim alguém teve coragem de mostrar este excelente documentário esquecido e ignorado por parte da imprensa. O que uma cutucada não faz com o bispo hein!?
Antes das facilidades do Youtube e outras ferramentas da Internet, este documentário circulava ‘clandestinamente’ nas faculdades de comunicação. Eu mesmo pedi emprestado a um professor e fiz uma cópia em VHS. Na época diziam que a Globo tinha uma liminar que proibia a veiculação do documentário no Brasil. Fico sabendo agora que era boato.
A Record, nos anos 90, ameaçou exibi-lo, mas ficou só na promessa. Ele já circula a algum tempo na web, mas sua exibição na TV aberta prestará um grande serviço à memória do país.
Como nesta briga ninguém é santo, esperamos também o documentário sobre a história da Igreja Universal e a Record e muitas outras histórias ‘obscuras’ sobre a política nacional. Quem se habilita?
Veja abaixo o documentário.
Até tu, São Paulo?
Artigo de João Pereira Coutinho, publicado no caderno 'Ilustrada' da 'Folha de S.Paulo' em 18.08.09.
A SÉRIE "Mad Men" ainda não estreou no Brasil. Lamento. Melhor é impossível. "Mad Men" é o retrato perfeito dos publicitários da Madison Avenue na Nova York sofisticada de 1960. Mas é mais do que isso. Um fresco sobre a grande transição americana: do aburguesamento dos "fifties" à contracultura dos "sixties". Do tédio à lixeira.
Um pormenor, porém, não deixa de causar espanto entre os filistinos: o fumo. Em "Mad Men", toda a gente fuma com uma naturalidade que nos parece herética. Dentro dos edifícios, fora dos edifícios. Mães, pais. Patrões. Empregados. E médicos, é claro, a começar por um ginecologista que segura o cigarro com uma mão e faz o exame com a outra. Equilibrismo puro.
Tanto fumo não deveria espantar. Pessoalmente, ainda recordo o tempo heroico em que o meu avô me levava ao cinema e fumava, em plena sala, do princípio ao fim.
E, historicamente, "Mad Men" está na viragem. Em 1950, Richard Doll publicava o primeiro grande ensaio científico sobre a relação direta entre fumo (ativo) e doença. Só em 1970 chegou o mito do "fumo passivo". Digo "mito" e digo bem. Ainda está para aparecer o primeiro estudo cientificamente rigoroso capaz de mostrar uma relação sustentada entre "fumo passivo" e câncer.
O que não significa que não existam estudos sobre essa hipótese. Christopher Booker, um especialista sobre as nossas histerias modernas, normalmente lembra dois. Os maiores e mais recentes. O primeiro foi realizado pela Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer, da Organização Mundial de Saúde. O segundo foi dirigido, durante 40 anos, por James Enstrom e Geoffrey Kabat para a Sociedade Americana de Câncer através da observação de 35 mil não fumantes que conviviam diariamente com fumantes. Resultados? Repito: um mito é um mito é um mito.
Mas a ideologia é a ideologia é a ideologia. De vez em quando, afirmo que alguns traços nazistas sobreviveram a 1945. Sou insultado. Não respondo. Basta olhar em volta para perceber que algumas das nossas rotinas médicas mais básicas teriam agradado ao tio Adolfo e à sua busca de perfeição terrena. Exemplos? Certas formas de eugenia "respeitável", praticadas por milhões de pessoas quando recebem uma má ecografia. Ou a demonização absoluta que o fumante moderno conhece nos Estados Unidos. Na Europa. E agora, hélas, em São Paulo.
Leio a legislação antifumo do Estado de São Paulo e reconheço a natureza totalitária dela, novamente dominada por uma ideia iníqua de perfeição física.
Tudo começa pela elevação da mentira a dogma: o dogma de que "fumo passivo" é um perigo fatal para terceiros. O dogma não é apenas fantasioso; é também perigoso, porque estabelece de imediato uma divisão moral entre os agentes da corrupção (os fumantes) e as vítimas inocentes (os abstêmios). É só substituir "fumante" por "judeu"; e "abstêmio" por "ariano" para regressar a 1933.
E regressar a 1933 é regressar a um mundo que desprezava a liberdade individual com especial ferocidade. A lei antifumo cumpre esse propósito. Proibir o fumo em lugares fechados, como bares ou restaurantes, é um ataque à propriedade privada e à liberdade de cada proprietário decidir que tipo de clientes deseja acolher no seu espaço. O mesmo raciocínio aplica-se aos clientes, impedidos de decidir livremente onde desejam ser acolhidos.
Mas o melhor da lei vem no policiamento. Imitando as piores práticas das sociedades fechadas, a lei promove a delação como forma de convivência social. Por telefone ou pela internet, cada cidadão é convidado a ser um vigilante do vizinho, denunciando comportamentos "desviantes". Isso não é regressar a 1933. É, no mínimo, um regresso à Rússia de 1917. Se juntarmos ao quadro uma verdadeira "polícia sanitária" que ataca à paisana, é possível concluir que o espírito KGB emigrou para o Brasil.
Finalmente, lembremos o essencial: os extremismos políticos só sobrevivem em sociedades cúmplices, ou pelo menos indiferentes aos extremistas. Será São Paulo esse tipo de sociedade?
Parece. A última pesquisa Datafolha é sinistra: a esmagadora maioria dos paulistas (88%) aprova a lei antifumo. Só 10% se opõem a ela. Só 2% lhe são indiferentes. Mais irônico é olhar para os fumantes: depois de anos e anos de propaganda e desumanização, eles olham-se no espelho, sentem o clássico nojo de si próprios e até concordam com a lei (77%). Razão tinha Karl Kraus quando afirmava, na Viena de inícios do século, que o antissemitismo era tão normal que até os judeus o praticavam. Péssimo presságio.
Leio a legislação antifumo do Estado de São Paulo e reconheço sua natureza totalitária
A SÉRIE "Mad Men" ainda não estreou no Brasil. Lamento. Melhor é impossível. "Mad Men" é o retrato perfeito dos publicitários da Madison Avenue na Nova York sofisticada de 1960. Mas é mais do que isso. Um fresco sobre a grande transição americana: do aburguesamento dos "fifties" à contracultura dos "sixties". Do tédio à lixeira.
Um pormenor, porém, não deixa de causar espanto entre os filistinos: o fumo. Em "Mad Men", toda a gente fuma com uma naturalidade que nos parece herética. Dentro dos edifícios, fora dos edifícios. Mães, pais. Patrões. Empregados. E médicos, é claro, a começar por um ginecologista que segura o cigarro com uma mão e faz o exame com a outra. Equilibrismo puro.
Tanto fumo não deveria espantar. Pessoalmente, ainda recordo o tempo heroico em que o meu avô me levava ao cinema e fumava, em plena sala, do princípio ao fim.
E, historicamente, "Mad Men" está na viragem. Em 1950, Richard Doll publicava o primeiro grande ensaio científico sobre a relação direta entre fumo (ativo) e doença. Só em 1970 chegou o mito do "fumo passivo". Digo "mito" e digo bem. Ainda está para aparecer o primeiro estudo cientificamente rigoroso capaz de mostrar uma relação sustentada entre "fumo passivo" e câncer.
O que não significa que não existam estudos sobre essa hipótese. Christopher Booker, um especialista sobre as nossas histerias modernas, normalmente lembra dois. Os maiores e mais recentes. O primeiro foi realizado pela Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer, da Organização Mundial de Saúde. O segundo foi dirigido, durante 40 anos, por James Enstrom e Geoffrey Kabat para a Sociedade Americana de Câncer através da observação de 35 mil não fumantes que conviviam diariamente com fumantes. Resultados? Repito: um mito é um mito é um mito.
Mas a ideologia é a ideologia é a ideologia. De vez em quando, afirmo que alguns traços nazistas sobreviveram a 1945. Sou insultado. Não respondo. Basta olhar em volta para perceber que algumas das nossas rotinas médicas mais básicas teriam agradado ao tio Adolfo e à sua busca de perfeição terrena. Exemplos? Certas formas de eugenia "respeitável", praticadas por milhões de pessoas quando recebem uma má ecografia. Ou a demonização absoluta que o fumante moderno conhece nos Estados Unidos. Na Europa. E agora, hélas, em São Paulo.
Leio a legislação antifumo do Estado de São Paulo e reconheço a natureza totalitária dela, novamente dominada por uma ideia iníqua de perfeição física.
Tudo começa pela elevação da mentira a dogma: o dogma de que "fumo passivo" é um perigo fatal para terceiros. O dogma não é apenas fantasioso; é também perigoso, porque estabelece de imediato uma divisão moral entre os agentes da corrupção (os fumantes) e as vítimas inocentes (os abstêmios). É só substituir "fumante" por "judeu"; e "abstêmio" por "ariano" para regressar a 1933.
E regressar a 1933 é regressar a um mundo que desprezava a liberdade individual com especial ferocidade. A lei antifumo cumpre esse propósito. Proibir o fumo em lugares fechados, como bares ou restaurantes, é um ataque à propriedade privada e à liberdade de cada proprietário decidir que tipo de clientes deseja acolher no seu espaço. O mesmo raciocínio aplica-se aos clientes, impedidos de decidir livremente onde desejam ser acolhidos.
Mas o melhor da lei vem no policiamento. Imitando as piores práticas das sociedades fechadas, a lei promove a delação como forma de convivência social. Por telefone ou pela internet, cada cidadão é convidado a ser um vigilante do vizinho, denunciando comportamentos "desviantes". Isso não é regressar a 1933. É, no mínimo, um regresso à Rússia de 1917. Se juntarmos ao quadro uma verdadeira "polícia sanitária" que ataca à paisana, é possível concluir que o espírito KGB emigrou para o Brasil.
Finalmente, lembremos o essencial: os extremismos políticos só sobrevivem em sociedades cúmplices, ou pelo menos indiferentes aos extremistas. Será São Paulo esse tipo de sociedade?
Parece. A última pesquisa Datafolha é sinistra: a esmagadora maioria dos paulistas (88%) aprova a lei antifumo. Só 10% se opõem a ela. Só 2% lhe são indiferentes. Mais irônico é olhar para os fumantes: depois de anos e anos de propaganda e desumanização, eles olham-se no espelho, sentem o clássico nojo de si próprios e até concordam com a lei (77%). Razão tinha Karl Kraus quando afirmava, na Viena de inícios do século, que o antissemitismo era tão normal que até os judeus o praticavam. Péssimo presságio.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
"Na emissora de vocês tem todo o lixo do inferno"
Começou novamente a guerra entre a Record e a Globo, mais um capítulo onde nesta batalha de cachorro grande ninguém é santo, muito menos dono da verdade. Ambas estão no mesmo barco, ao que parece rumo ao mesmo espaço no inferno.
Esse também não é flor que se cheire, mas é interessante suas opiniões sobre a TV Record e a Igreja Universal.
Líder evangélico ataca Universal por guerra de TVs
Num discurso de nove minutos, improvisado, de 2007, o pastor pentecostal Silas Malafaia, da Assembleia de Deus, ataca a Igreja Universal por causa da chamada "guerra das TVs". O vídeo voltou a circular na internet após a nova disputa entre Record e Globo, em horário nobre. A Globo foi poupada. (fonte: UOL)
Esse também não é flor que se cheire, mas é interessante suas opiniões sobre a TV Record e a Igreja Universal.
Líder evangélico ataca Universal por guerra de TVs
Num discurso de nove minutos, improvisado, de 2007, o pastor pentecostal Silas Malafaia, da Assembleia de Deus, ataca a Igreja Universal por causa da chamada "guerra das TVs". O vídeo voltou a circular na internet após a nova disputa entre Record e Globo, em horário nobre. A Globo foi poupada. (fonte: UOL)
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Lula, Sarney, Collor e Renan... por Lula, Sarney, Collor e Renan
Você que tem memória fraca leia abaixo a boa matéria publicada no Estadão, jornal que esta sob censura, proibido de publicar notícias sobre o filho de Sarney. Guarde esta matéria e reflita sobre a obrigatoriedade do voto. E ano que vem tem eleições e mais baixaria encenada...
Hoje aliados, os principais personagens da crise dos atos secretos já trocaram acusações de corrupção e incompetência
Hoje aliados, os principais personagens da crise dos atos secretos já trocaram acusações de corrupção e incompetência
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Tecnologia
Dicas e novidades de tecnologia publicadas nos principais jornais nos últimos dias:
O Estado de S.Paulo
Fabricantes lançam celulares ''ecológicos''
Samsung coloca no mercado aparelho com energia solar
Folha de S.Paulo
Guia dos notebooks
Venda de laptops ultraportáteis de baixo custo deve dobrar neste ano; confira dicas para escolher o seu
Correio Braziliense – DF
Torre de Babel
Intel desenvolve sistema que usa rede Wi-fi para eliminar fios na comunicação entre dispositivos como câmeras fotográficas, celulares, impressoras e computadores
Banda lenta e cara
Internet ruim é resultado da dificuldade da Anatel em definir política setorial. Uma das polêmicas é a proposta de serviços de quarta geração
Valor Econômico
Falhas de segurança expõem fragilidade da virtualização
Pesquisadores que trabalham com segurança demonstraram na semana passada novos métodos de ataques a dados corporativos armazenados nos cada vez mais populares serviços "cloud"
Acesso móvel à internet ganha fôlego
Estudo mostra que conexões desse tipo no Brasil vão saltar de 8 milhões para 18 milhões até 2011
Diário do Comércio – SP
Cuidados para não cair em golpes virtuais
Os crimes na internet têm aumentado, mas apesar de não existir segurança 100%, é possível reduzir bastante os riscos tomando alguns cuidados simples
G1
Entenda o que fazem e como se espalham os vírus de celular
Portáteis não são os alvos 'preferidos' dos criminosos
O Estado de S.Paulo
Fabricantes lançam celulares ''ecológicos''
Samsung coloca no mercado aparelho com energia solar
Folha de S.Paulo
Guia dos notebooks
Venda de laptops ultraportáteis de baixo custo deve dobrar neste ano; confira dicas para escolher o seu
Correio Braziliense – DF
Torre de Babel
Intel desenvolve sistema que usa rede Wi-fi para eliminar fios na comunicação entre dispositivos como câmeras fotográficas, celulares, impressoras e computadores
Banda lenta e cara
Internet ruim é resultado da dificuldade da Anatel em definir política setorial. Uma das polêmicas é a proposta de serviços de quarta geração
Valor Econômico
Falhas de segurança expõem fragilidade da virtualização
Pesquisadores que trabalham com segurança demonstraram na semana passada novos métodos de ataques a dados corporativos armazenados nos cada vez mais populares serviços "cloud"
Acesso móvel à internet ganha fôlego
Estudo mostra que conexões desse tipo no Brasil vão saltar de 8 milhões para 18 milhões até 2011
Diário do Comércio – SP
Cuidados para não cair em golpes virtuais
Os crimes na internet têm aumentado, mas apesar de não existir segurança 100%, é possível reduzir bastante os riscos tomando alguns cuidados simples
G1
Entenda o que fazem e como se espalham os vírus de celular
Portáteis não são os alvos 'preferidos' dos criminosos
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Esta no hora de mudar o nome do estado do Maranhão!
- Para nascer, Maternidade Marly Sarney;
- Para morar, escolha uma das vilas: Sarney, Sarney Filho, Kiola Sarney ou, Roseana Sarney;
- Para estudar, há as seguintes opções de escolas: Sarney Neto, Roseana Sarney, Fernando Sarney, Marly Sarney e José Sarney;
- Para pesquisar, apanhe um táxi no Posto de Saúde Marly Sarney e vá até a Biblioteca José Sarney, que fica na maior universidade particular do Estado do Maranhão, que o povo jura que pertence a um tal de José Sarney;
- Para inteirar-se das notícias, leia o jornal O Estado do Maranhão, ou ligue a TV na TV Mirante, ou, se preferir ouvir rádio, sintonize as Rádios Mirante AM e FM, todas do tal José Sarney. Se estiver no interior do Estado ligue para uma
das 35 emissoras de rádio ou 13 repetidoras da TV Mirante, todas do mesmo proprietário, do tal José Sarney;
- Para saber sobre as contas públicas, vá ao Tribunal de Contas Roseana Murad Sarney (recém batizado com esse nome, coisa proibida pela Constituição, lei que no Estado do Maranhão não tem nenhum valor);
- Para entrar ou sair da cidade, atravesse a Ponte José Sarney, pegue a Avenida José Sarney, vá até a Rodoviária Kiola Sarney. Lá, se quiser, pegue um ônibus caindo aos pedaços, ande algumas horas pelas 'maravilhosas' rodovias maranhenses
e aporte no município José Sarney.
Não gostou de nada disso? Então quer reclamar? Vá, então, ao Fórum José Sarney, procure a Sala de Imprensa Marly Sarney, informe-se e dirija-se à Sala de Defensoria Pública Kiola Sarney...
É mole??
- Para morar, escolha uma das vilas: Sarney, Sarney Filho, Kiola Sarney ou, Roseana Sarney;
- Para estudar, há as seguintes opções de escolas: Sarney Neto, Roseana Sarney, Fernando Sarney, Marly Sarney e José Sarney;
- Para pesquisar, apanhe um táxi no Posto de Saúde Marly Sarney e vá até a Biblioteca José Sarney, que fica na maior universidade particular do Estado do Maranhão, que o povo jura que pertence a um tal de José Sarney;
- Para inteirar-se das notícias, leia o jornal O Estado do Maranhão, ou ligue a TV na TV Mirante, ou, se preferir ouvir rádio, sintonize as Rádios Mirante AM e FM, todas do tal José Sarney. Se estiver no interior do Estado ligue para uma
das 35 emissoras de rádio ou 13 repetidoras da TV Mirante, todas do mesmo proprietário, do tal José Sarney;
- Para saber sobre as contas públicas, vá ao Tribunal de Contas Roseana Murad Sarney (recém batizado com esse nome, coisa proibida pela Constituição, lei que no Estado do Maranhão não tem nenhum valor);
- Para entrar ou sair da cidade, atravesse a Ponte José Sarney, pegue a Avenida José Sarney, vá até a Rodoviária Kiola Sarney. Lá, se quiser, pegue um ônibus caindo aos pedaços, ande algumas horas pelas 'maravilhosas' rodovias maranhenses
e aporte no município José Sarney.
Não gostou de nada disso? Então quer reclamar? Vá, então, ao Fórum José Sarney, procure a Sala de Imprensa Marly Sarney, informe-se e dirija-se à Sala de Defensoria Pública Kiola Sarney...
É mole??
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Notícias geram lucro para empresas de clipagem
É raro aparecer alguma reportagem sobre este tipo de serviço, afinal é uma notícia sobre as notícias e as táticas de marketing das grandes empresas dificilmente são divulgadas para o grande público. Existe uma grande estrutura 'quase escondida' das estratégias das companhias para fidelizar um cliente e ganhar, cada vez mais, espaço no mercado. Uma das mais importantes é sem dúvida o serviço de 'clipagem'. É através da imprensa que as empresas percebem como seus produtos estão sendo avaliados, pelo consumidor e pelo mercado. Monitorar os concorrentes também é outra arma para sair na frente na competição, quase que desenfreada.
Para quem gosta de ler, como eu, é um prato cheio. Por isso a 10 anos estou na área de clipping, agora basicamente on-line.
Para quem gosta de ler, como eu, é um prato cheio. Por isso a 10 anos estou na área de clipping, agora basicamente on-line.
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