sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

(Angeli/Folha de S.Paulo - 20/02/2011)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Dilma e a imprensa livre

"Uma imprensa livre, pluralista e investigativa é imprescindível para um país como o nosso (...) Devemos preferir o som das vozes críticas da imprensa livre ao silêncio das ditaduras", disse a presidente Dilma Rousseff.
Editorial do Estadão.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Exagero antitabagista

(Editorial Folha de S.Paulo - 18/02/2011)

É pelo impulso de imitação, pelo desejo de serem aceitos no seu grupo ou talvez de aparentarem mais idade que muitos adolescentes adquirem o hábito de fumar.
Algumas iniciativas de combate ao tabagismo padecem de espírito semelhante.
Nos Estados Unidos, cresce a tendência de proibir o fumo em ruas, parques e em outras áreas livres. Em Nova York, dentro de pouco tempo os infratores serão multados em U$ 50. A ideia não tarda a ser reproduzida por aqui.
Projeto apresentado na Assembleia Legislativa, de autoria do deputado Vinicius Camarinha (PSB), pretende inibir o tabagismo nas praças e em outras áreas ao ar livre no Estado de São Paulo.
A adaptação do sistema nova-iorquino ao contexto local traz alguns problemas de técnica legislativa. A lei paulista prevê multas apenas para os estabelecimentos onde for tolerado o tabagismo. No caso de um parque, entretanto, quem seria multado? O fumante, como ocorre nos EUA, ou o poder público, que zela pelo lugar?
O projeto é nebuloso quanto a isso. Tampouco parecem claras as vantagens da nova regra para a saúde pública. O chamado "fumante passivo" teria de ser, sem trocadilho, passivo ao extremo se, num lugar desimpedido, não quiser deslocar-se para longe das fontes emissoras de fumaça.
A lógica imitativa é um subcapítulo de outro processo, o da radicalização. É como se, uma vez comprovado o acerto de uma ideia inicial (a proibição do fumo em locais fechados), fosse automaticamente um progresso intensificá-la ao máximo.
O empenho das boas intenções conduz, numa espécie de trajetória linear e infinita, a um clima persecutório e puritano; na defesa do que se considera o bem de todos, esconde-se -como em tantas outras situações- o puro impulso repressor e totalitário.
Lênin, num de seus panfletos, atacou alguns adversários pelo excesso de esquerdismo, "a doença infantil do comunismo", segundo o líder russo. O combate ao fumo também tem, nos atos de exagero e de emulação acrítica a sua doença infantil -ou, se quisermos, adolescente.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Precisa dizer alguma coisa diante desta charge?

Folha de S.Paulo 10/02/2011

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Preconceito embutido

Dona Marta Suplicy, e outras 'vigilantes do feminismo', já carregam para o resto de suas vidas um notório preconceito embutido, como se cada gesto ou palavra fosse caracterizado como ofensa. Foi o que aconteceu na semana passada no Senado.

Marta corrige senador por uso de "presidenta"

Depois de chamar a atenção do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), seu ex-marido, no plenário na semana passada, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) corrigiu ontem o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP).
O senador usou a expressão "presidente" para dirigir-se a Dilma Rousseff. Na terceira citação, Marta interviu. "Pela ordem, senhor presidente. Senhora presidenta da República", afirmou ela.
Constrangido, Sarney rebateu. "Muito obrigado a Vossa Excelência, mas estou usando a fórmula francesa: madame le président. As duas são corretas gramaticalmente", disse ele, membro da Academia Brasileira de Letras.

Tá bom ou quer mais Marta?

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Jornalismo temeroso

Há quem defenda que os meios de comunicação necessitem de um controle mais rígido, até para evitar acusações de cunho político e injustiças, como o emblemático caso da Escola Base.

Não há dúvida. Exageros existem e as influências políticas em meios de comunicação colaboram para visões parciais de certos fatos. É só ler algumas matérias de jornais, em especial das regiões Centro-Oeste e Nordeste, onde releases de assessorias de governos são publicados como se fossem matérias, na cara dura. Pelo menos em outras regiões do país eles ‘trabalham’ o texto antes de publicar.

O interesse por trás deste ‘controle’ é meramente calar o contraditório, assegurado inclusive pela nossa Constituição. Não conheço, em meus poucos anos de vivência, nenhuma forma de controle que não tenha começado com pequenas indicações do que é certo ou errado. De onde você acha que vem toda esta onda de politicamente correto?

Quem acha que tem razão sobre tudo não quer ter sua suposta sobriedade fragilizada.


Seria perfeito um político governar sem dar satisfação, sem ter que responder o que não quer, sem oposição, sem limites. Enfim, um paraíso. Mas que tal eles se imporem um controle? Afinal trata-se de uma função pública, apesar de muitos já terem a transformado em uma carreira, exercendo-a como gerentes de uma grande empresa particular.

A matéria sobre os postos de combustíveis que lesam o consumidor, publicada no post abaixo, é um exemplo, dentre tantos. Na falta da proteção do Estado recorre-se ao jornalismo. Há vários casos em que o poder público só tomou uma providência após ser veiculada uma matéria. Não deveria ser ao contrário? O dinheiro público esta nas mãos de quem deveria nos proteger, mas a ação vem da esfera privada. E que tal agir antes de forma correta?

Não estou dizendo que o jornalismo é o salvador da pátria, mas se não me engano os órgãos fiscalizadores (Anatel, Aneel, ANP) existem para abrigar padrinhos políticos.
Exercer controle sobre a incompetência ninguém quer né?

Saiba como não ser roubado na hora de abastecer

Eu mesmo já abasteci em posto com o preço do combustível abaixo do mercado. Era uma cooperativa de táxi localizada no bairro da Aclimação. Mas o barato sempre sai mais caro, não tem jeito, apesar da tentação do preço baixo. É ilusório. Veja aqui a matéria do Jornal da Band.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Mais uma fraude

A criatividade não tem limites quando é para furtar nosso dinheiro. Eu já desconfiava dessa modalidade, pois não há como saber o quanto de combustível foi realmente abastecido o veículo, de acordo com o que marca a bomba.
Clique aqui e veja a matéria veiculada ontem no Jornal da Band e se revolte.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

10 maneiras de fazer um marketing eficiente por e-mail

Por Marina Vidigal

Com uma comunicação dirigida e total possibilidade de personalização, um e-mail marketing benfeito oferece alta taxa de retorno e ágeis mecanismos para mensurar as investidas. “A ferramenta é valiosa para empreendedores, uma vez que os coloca em pé de igualdade com as grandes empresas”, diz Rodrigo Almeida, sócio da empresa especializada em comunicação digital Dinamize. Mas é preciso atentar para a qualidade das ações. Listamos a seguir dez dicas, incluindo, por exemplo, a relevância das mensagens. Marcelo Miyashita, consultor e professor de marketing, tem experiência em e-mail marketing. Ele montou a Rede do Bem, uma comunidade cooperativa para indicação de vagas de empregos, usada também para a divulgação de seus cursos e de ações sociais. Quinzenalmente ele dispara e-mails para 4.300 alunos. “Como divulgo vagas de emprego, a rede é relevante para os cadastrados, que fazem questão de manter seus e-mails atualizados.”

1 INVISTA EM SUA BASE DE E-MAILS
De nada vale ter uma listagem enorme e irrelevante para o negócio. “Já tivemos mailing de 25 mil e-mails e não sabía¬-mos nem o nome das pessoas”, diz Maurício Renner, editor do site de tecnologia da informação Baguete. “Depois de constatar que muitas mensagens não eram sequer abertas, fizemos uma campanha de recadastramento e temos hoje uma base consistente de 8.700 assinantes.”

2 ABRA UM CANAL PARA OPT-OUT
Em todos os e-mails que enviar, disponibilize um link para descadastramento — caso contrário, a sua empresa corre o risco de ficar associada ao desrespeito e à prática de spam.

3 ACERTE NA FREQUÊNCIA
A não ser que tenha autorização do cadastrado para envios mais frequentes, atenha-se aos e-mails quinzenais ou no máximo semanais. O excesso de e-mails pode gerar uma imagem negativa.

4 SEJA RELEVANTE
Analise os links clicados pelos destinatários para identificar grupos de interesse. Se houver tribos bem distintas, segmente sua base de contatos, de modo a criar e-mails efetivamente relevantes para quem recebe.

5 POSSIBILITE A TROCA
Não se restrinja a enviar mensagens. Apresente para o destinatário um canal de aprofundamento e interação, seja por e-mail, fone, site ou blog. Em sites e blogs, disponibilize formulários de cadastro e apresente a possibilidade de indicar amigos.

6 DOSE O TAMANHO DOS ARQUIVOS
Não carregue os e-mails com imagens ou anexos pesados. Caso queira disponibilizar arquivos grandes para o destinatário, gere um link que conduza a eles.

7 SEJA OBJETIVO
Tenha títulos e mensagens objetivas. Seu e-mail concorre com várias outras mensagens — você tem poucos segundos para atrair quem lê.

8 DRIBLE O ANTI-SPAM
Antes de liberadas pelos provedores, as mensagens passam por filtros anti-spam. Existem palavras ranqueadas em mecanismos específicos — se uma delas atinge certa pontuação, é interpretada como lixo. “Sexo”, “Viagra” e links para o Orkut, por exemplo, alcançam muitos pontos. Em períodos de programa Big Brother Brasil, “BBB” é um termo que também assusta. Antes de disparar várias mensagens eletrônicas convém testar o envio para endereços de provedores distintos. Uma vez aprovadas, tudo OK para o restante do grupo.

9 INVISTA NO ENVIO
Há empresas especializadas em envio de e-mail marketing. Elas têm pacotes econômicos para envios reduzidos, como mil mensagens mensais. O disparo “doméstico” costuma ser barrado pelos provedores.

10 MENSURE OS RETORNOS
O e-mail marketing não é mero instrumento para divulgação. Trata-se de um modo de conhecer melhor o cliente e identificar suas preferências. Tome as mensurações feitas por empresas de e-mail marketing como formas para incrementar seu negócio. Você pode inclusive fazer testes, enviando diferentes mensagens para dois grupos e comparando os retornos obtidos.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Em qual você se encaixa?

Para EUA, candidato a visto é dividido em "bom", "mau" e "feio"

Consulado americano em São Paulo compara os que buscam autorização de trabalho a personagens de filme

Termos pejorativos usados em despacho interno de dezembro de 2005 foram revelados pelo site WikiLeaks

VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE SÃO PAULO

Candidatos a vistos temporários de trabalho nos EUA não sabem, mas o consulado americano em São Paulo usa uma classificação interna que os compara a bandoleiros e golpistas do cinema.
Num despacho interno de dezembro de 2005, revelado pelo site WikiLeaks, o ex-cônsul-geral dos EUA em São Paulo Christopher J. McMullen divide os solicitantes em "bons", "maus" e "feios", numa alusão ao filme "The Good, The Bad and The Ugly" ("Três Homens em Conflito", na versão brasileira), de Sergio Leone.
O "bom", vivido por Clint Eastwood, é um pistoleiro de modos refinados que, mesmo dando pequenos golpes, é o mais ético do grupo.
No consulado, são jovens de classe média e de boa escolaridade que tentam ir aos EUA para trabalhar em hotéis, estações de esqui e cassinos para ganhar dinheiro, melhorar o inglês e voltar.
No filme, o "mau" é desprovido de ética. Para o setor consular, são parentes ou amigos de imigrantes ilegais brasileiros em busca de emprego em lavanderias e peixarias que representam grande risco porque muitos, com o visto, não voltam ao Brasil.
E, se na ficção o "feio" é rude e tem aparência descuidada, no consulado é gente desqualificada, pobre e desesperada -nesses termos.
O consulado diz que, em vez de pagar US$ 10 mil para atravessar a fronteira pelo México, candidatos têm conseguido petições de trabalho fraudulentas por US$ 3.000.
"Invariavelmente, os candidatos pedem dinheiro emprestado ou vendem o carro para conseguir o dinheiro do visto. Com frequência, quem conseguiu o visto no ano anterior desaparece na imensa população de imigrantes ilegais brasileiros em Massachusetts", diz o documento.

PEJORATIVO
"É uma classificação que faz sentido, é válida, mas as palavras são pejorativas. A terminologia é horrível e inadequada, é presunçoso e tem uma conotação de superioridade. Mostra uma atitude de desprezo", diz o advogado britânico Barry Wolfe, há 24 anos no Brasil e especialista em direito de imigração.
No despacho, o consulado diz ter entrevistado 1.515 candidatos a visto de trabalho de janeiro a novembro de 2005, com índice de negação de 49% e aumento de 200% em relação ao ano anterior.
"Da próxima vez que estiver apostando em Connecticut ou subir numa cadeira de teleférico em alguma estação de esqui, sugiro que cumprimente os empregados com "bom dia" [assim, em português]", conclui o cônsul.
A Folha e outros seis jornais do mundo têm acesso aos telegramas do WikiLeaks antes da sua divulgação no site da organização (www.wikileaks.ch).

Colaborou FERNANDO RODRIGUES


OUTRO LADO

Consulado diz que não fala sobre despacho

O Consulado dos EUA em São Paulo disse ontem que não comentaria o teor do despacho em que classifica os candidatos a visto de trabalho em "bons", "maus" e "feios", numa alusão a bandidos trapaceiros do cinema.
Segundo a representação diplomática, essa categoria de vistos não representa mais uma preocupação porque, com a recessão americana, os pedidos caíram 95% entre 2006 e o ano passado.
Em 2005, ano em que o telegrama foi produzido, o consulado americano em São Paulo havia emitido 1.515 pedidos de vistos de trabalho temporário, aumento de 200% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os vistos temporários de trabalho, classificados de H2B, diz o consulado, são aqueles que não exigem qualificação de mão de obra nem formação acadêmica.
O consulado também atribui a redução no pedido de vistos de trabalho ao bom desempenho da economia brasileira nos últimos anos.
Para pedi-los, o candidato precisa levar petição de uma empresa americana e pagar taxa de US$ 100 (R$ 167), além dos US$ 140 (R$ 234) do processamento. O consulado em São Paulo é o maior do mundo em emissão de vistos de não imigrantes.
(Fonte: Folha de S.Paulo)