Por Ana Dubeux, do Correio Braziliense
O cidadão que paga impostos, não atrasa contas, não rouba dinheiro público e não paga propina para receber benesses de funcionários do Estado pode assinar embaixo de uma ficha corrida de bons antecedentes como pessoa pública. Mas, ainda assim, não pode e não deve achar que sua missão está esgotada. Deve imprimir diariamente a marca da responsabilidade, solidariedade e honestidade em atitudes cotidianas. Nesse intuito, uma iniciativa merece destaque.
Na semana passada, a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) e o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG) lançaram em Brasília a campanha “O que você tem a ver com a corrupção?” A idéia, acolhida pelo Ministério Público do DF, Tribunal de Contas do DF e Tribunal de Justiça do DF, pretende banir todo tipo de corrupção, ensinando crianças e adolescentes a rechaçar qualquer tentativa de burlar leis ou regras de convivência que contribuam para organizar a sociedade e ajudá-la a viver em harmonia.
O famoso jeitinho, o furar fila, o suborno aparentemente inocente, a conivência com atos errados em troca de prêmios serão mostrados como atitudes negativas. Por meio de palestras, peças de teatro e kits distribuídos em escolas, as crianças receberão esclarecimentos sobre o exercício da cidadania e as vantagens de exercê-la.
A semente para um futuro melhor também foi lançada nas páginas do Correio Braziliense. Por entender que a campanha tem uma dimensão que extrapola o fazer político e a administração pública, a competente editora Ana Sá deu roupagem lúdica à campanha, na edição de ontem do suplemento infantil Super! Com a ajuda dos artistas Cleber e Maurenilson, da equipe de Arte do jornal, Ana retratou com simplicidade e clareza um tema que normalmente só aparece, de forma bastante árida, nas páginas de política. Uma contribuição importante para formar as novas gerações, sobretudo numa cidade que nasceu e cresceu sendo um dos endereços mais associados à corrupção no país. Mesmo não merecendo o título, temos a obrigação de dar o exemplo contrário. Temos vários casos públicos de honestidade flagrante, que fazemos questão de destacar nas páginas do jornal. Agora, podemos assumir a dianteira na formação de jovens e adultos comprometidos com o bem comum.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
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