Aqui também tem culinária, porque não? Como sou um fã de peixe, especialmente o salmão, aqui vai uma boa notícia, publicada pelo jornal Zero Hora, de Porto Alegre/RS. Trocar a carne vermelha pela branca só traz benefícios à saúde!
Preço do peixe fresco despencou 27,37% em 12 meses
Sebastião Ribeiro | sebastião.ribeiro@zerohora.com.br
Os alto-falantes de um hipermercado da Capital anunciavam na tarde de ontem a promoção relâmpago: salmão congelado a R$ 9,44, o quilo. O peixe que já foi sinônimo de sofisticação está mais barato do que muita carne de churrasco.
Mesmo com variação do dólar encarecendo a importação, o preço do salmão fresco despencou 27,37% em 12 meses e 6,84% em outubro, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas.
— Depois que o Chile passou a produzir salmão em larga escala em cativeiro, deixou de ser iguaria — afirma o presidente do Sindicato da Gastronomia e Hotelaria da Capital, Daniel Antoniolli.
Enquanto o peixe rosado tem seu preço reduzido, a média do valor dos pescados frescos aumentou 5,66% nos últimos 12 meses, e as carnes bovinas ficaram 29,9% mais caras, conforme a FGV. Na Capital, no início da semana, o quilo de salmão inteiro podia ser comprado a R$ 12,50, enquanto o da alcatra estava na faixa de R$ 14,84.
Segundo a Salmon Chile, associação de produtores chilenos de salmão, o Brasil é o terceiro destino mundial para os peixes do país.
— A queda dos preços deve se reverter nos próximos meses devido ao aumento do consumo — avalia Rodrigo Infante, gerente-geral da entidade.
Para Ederson Krummenauer, da distribuidora gaúcha Frumar, o freio no consumo nos Estados Unidos e na Europa levou ao excesso de oferta do peixe de águas frias e à queda nos preços. Nilson Marques Júnior, diretor da importadora Marcomar, afirma que houve superoferta de salmões pequenos devido à anemia, doença que inibe o crescimento dos peixes, mas não atinge a saúde humana.
O aumento de consumo no país, além do preço, seria motivado pela busca por alimentos mais saudáveis e pela popularização da culinária japonesa.
O salmão
— É um peixe de águas frias
— Nasce e passa os primeiros oito meses em água doce
— Depois sai dos rios e vai viver no mar
— Quando chega a 1,5 ano, volta aos rios para reproduzir
— Quase todo o salmão consumido no Brasil é chileno. A maioria é criada em tanques de água doce e depois em gaiolas no fundo do mar
Variação de preços
No mês / No ano / Nos últimos 12 meses
Salmão fresco -6,84% / -23,57% / -27,37%
Peixe anjo fresco -0,43% / 12,34% / 6,42%
Linguado fresco -1,54% / 13,20% / 6,34%
Pescados frescos 0,33% / 6,81% / 5,66%
Carne bovina 0,88% / 17,79% / 29,9%
Aves e ovos 0,93% / 10,43% / 12,94%
Carne suína 0,71% / 17,85% / 22,86%
Índice de preços ao consumidor 0,1% / 4,88% / 5,47%
Fonte: Fonte: IBRE/FGV
Popularização
Bete Duarte, editora de gastronomia
Gastronomia também vive à mercê da moda. Há cerca de quatro ou cinco anos, coquetel ou festa chique tinha de ter salmão no cardápio. Importado do Chile ou da Noruega, o maior produtor mundial, era caro o suficiente para ficar restrito às mesas sofisticadas. A criação em cativeiro, que afastava o salmão dos predadores naturais, como o tubarão e a baleia, e reduzia o custo da pesca, permitiu que a produção crescesse e os preços caíssem. O salmão começou a se popularizar. No país, é importado do Chile e faz parte de cardápios de restaurantes de diferentes nacionalidades de cozinha. Nas mesas de origem japonesa, está presente em sushis e sashimis. Rico em ômega 3, tem cerca de 200 calorias por cem gramas.
Dicas
— Na hora de comprar o peixe, procure saber a procedência, principalmente se for consumi-lo cru.
— O preparo mais simples é grelhado, com um fio de azeite ou pouca manteiga e temperado com suco de limão, sal e pimenta-do-reino.
— É o peixe mais consumido em sashimi (cru), juntamente com o atum.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
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