Parece que o assunto está na moda.
Universidade distribuiu balas, pipoca, barras de cereal e água; para pró-reitor de cultura, ação é educativa
A PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) distribuiu ontem doces, balas, pipoca, barras de cereal e água a seus alunos para minimizar os efeitos da bebedeira comemorativa do primeiro dia do ano letivo. Segundo o pró-reitor de cultura e relações comunitárias, Hélio Deliberador, de quem partiu a iniciativa, a ação não incentiva o consumo de álcool.
"Pelo contrário, queremos reeducar [sobre] o consumo de álcool. Quando colocamos a perspectiva do alimento junto ao álcool, é uma reeducação para não ingerir de estômago vazio, que, sabidamente, faz com que o grau de intoxicação aconteça, quer pela desidratação, quer pela hipoglicemia", afirma o pró-reitor, que é professor de psicologia.
Segundo a assessoria da PUC, seis alunos passaram mal por excesso de álcool. Por precaução, dois deles foram encaminhados a hospitais, em estado consciente, e acabaram liberados em seguida.
A universidade distribuiu telefones de táxis para evitar que as pessoas que beberam dirigissem. Os calouros contaram ainda com um "disque-denúncia" para delatar trotes abusivos.
Segundo Deliberador, a distribuição de alimentos na PUC ocorreu pela primeira vez em 2004. Neste ano, a nova reitoria, que assumiu em dezembro último, decidiu retomar a ação.
Para a professora da Faculdade de Educação da USP, Stela Piconez, é difícil julgar a universidade. De acordo com a educadora, a ingestão de álcool em excesso por jovens é uma questão social, que extrapola os limites da universidade. Ainda assim, diz, cabem medidas para amenizar o problema.
"Uma é a universidade se aproximar do centro acadêmico e fazer discussões, atividades mais culturais, que não dispensem a alegria, mas que desviem o foco para coisas mais úteis", disse a professora. (Mariana Barros - Folha de S.Paulo 10.02.09)
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
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