quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O mundo é justo?

Lamentável e injusto o que aconteceu no Haiti. Um lugar pobre, miserável enfim cheio de problemas sociais e econômicos agora destruído por um terrível terremoto. Segundo Ricardo Seitenfus, representante oficial do Secretário-Geral da OEA no Haiti, com a tragédia o país voltou 15 anos no tempo. Significa que todo o trabalho, em especial liderado por brasileiros para tentar amenizar a miséria, terá que começar praticamente do zero.

Tragédias como essas já são terríveis quando atingem ‘classes mais favorecidas’, como em Angra dos Reis, imagine em lugares onde a vida esta sendo reconstruída depois de anos de ditaduras, violências e corrupções.

E o que dizer da morte de Zilda Arns, que dedicou a sua vida a salvar milhares de crianças?

Em pleno começo de ano todas estas tragédias, enchentes e impunidades políticas me fazem refletir se este mundo é realmente justo. É difícil aceitar que uma pessoa que constrói uma vida com honestidade e muito suor veja tudo ruir em poucos minutos enquanto vidas construídas na base da safadeza e desonestidade continuem intactas.

Não estou dizendo que levar uma vida dessas valha a pena, de forma alguma. Há pessoas que dormem tranquilas cometendo ilicitudes. Eu não consigo e conheço, felizmente, muitas que também não. O problema é a injustiça do mundo, da forma divina que cada um acredita existir.

Já conversei e discuti com amigos se realmente Deus esta olhando para isso ou a natureza, da forma que ela sempre foi, não escolhe onde ela vai se manifestar. Azar de quem estará por perto.

Muitos esquecem que estamos aqui de passagem. Usamos um local que não é nosso e isso tem um preço. Pode acontecer em qualquer lugar com qualquer raça, credo ou classe.

O que falta ao ser humano é se considerar menos dono de uma coisa que não é sua.

Ainda tem muito assunto sobre este tema, mas por ora é só.

2 comentários:

Fernando Olivan disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fernando Olivan disse...

E o pior é ver que não existem mais escrúpulos nos políticos que investem milhoes, bilhões em construções de mísseis para se protegerem de sei lá que guerra futura causando fome e miséria na população dos próprios paises que constrem estes mísseis. Com certeza, não estão pensando no efeito moral, ético e econômico que estão causando no resto do mundo e mais: certamente não estão nem um pouco preocupados em pensar que a própria natureza pode fazer com que estes mísseis caiam sobre eles mesmo; afinal de contas Deus e a Natureza são poderosos o suficiente para que isso aconteça.
Este é apenas mais um exemplo das barbaridades que são feitas pelas pessoas que não se lembram que não são donas do mundo.
Abraços.
Mauro Sampaio