Sinovaldo/Jornal NH-RS
Paulo Caruso/Jornal do Brasil
Pater/A Tribuna-ES
Mangabeira/A ChargeOnline
Lezio/Diário da Região-SP
Dalcio/Correio Popular
Cesar/Jornal da Manhã-SC
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Agora sim a crise chegou !
Mas na verdade a notícia abaixo é uma estratégia para ganhar mais dinheiro no final de ano e férias de verão, quando o consumo aumenta.
Aguarde mais um aumento também em seu bar predileto !
Sobe o preço da cerveja nos supermercados
A AmBev ganhou a queda-de-braço com os supermercados. Na semana passada, a companhia aumentou em 5,4% o preço da lata da cerveja vendida nas prateleiras dos supermercados. Os varejistas não resistiram à pressão da cervejaria, que detém mais de 65% de participação no mercado. O preço subiu de R$ 1,05 para R$ 1,12.
A AmBev alega que, em 12 meses, a inflação acumula uma alta de 6,3%, enquanto o aumento no preço do produto foi de 5,4%. Além disso, a cervejaria argumenta que o supermercado representa 25% das vendas de cerveja. O bar ainda responde por mais de 70% do consumo da bebida no país, e o preço da cerveja em garrafa não aumentou.
Desde setembro, com a alta súbita do dólar, diversos setores da indústria e os supermercados travaram uma forte queda-de-braço para tentar repassar para os preços esse efeito do câmbio. Até a semana passada, o varejo tinha conseguido vencer a disputa. O argumento da crise internacional e da ameaça de freio no consumo falavam mais alto.
A AmBev foi a primeira grande empresa a conseguir furar essa barreira.
Aguarde mais um aumento também em seu bar predileto !
Sobe o preço da cerveja nos supermercados
A AmBev ganhou a queda-de-braço com os supermercados. Na semana passada, a companhia aumentou em 5,4% o preço da lata da cerveja vendida nas prateleiras dos supermercados. Os varejistas não resistiram à pressão da cervejaria, que detém mais de 65% de participação no mercado. O preço subiu de R$ 1,05 para R$ 1,12.
A AmBev alega que, em 12 meses, a inflação acumula uma alta de 6,3%, enquanto o aumento no preço do produto foi de 5,4%. Além disso, a cervejaria argumenta que o supermercado representa 25% das vendas de cerveja. O bar ainda responde por mais de 70% do consumo da bebida no país, e o preço da cerveja em garrafa não aumentou.
Desde setembro, com a alta súbita do dólar, diversos setores da indústria e os supermercados travaram uma forte queda-de-braço para tentar repassar para os preços esse efeito do câmbio. Até a semana passada, o varejo tinha conseguido vencer a disputa. O argumento da crise internacional e da ameaça de freio no consumo falavam mais alto.
A AmBev foi a primeira grande empresa a conseguir furar essa barreira.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Salmão está mais barato do que algumas carnes de churrasco
Aqui também tem culinária, porque não? Como sou um fã de peixe, especialmente o salmão, aqui vai uma boa notícia, publicada pelo jornal Zero Hora, de Porto Alegre/RS. Trocar a carne vermelha pela branca só traz benefícios à saúde!
Preço do peixe fresco despencou 27,37% em 12 meses
Sebastião Ribeiro | sebastião.ribeiro@zerohora.com.br
Os alto-falantes de um hipermercado da Capital anunciavam na tarde de ontem a promoção relâmpago: salmão congelado a R$ 9,44, o quilo. O peixe que já foi sinônimo de sofisticação está mais barato do que muita carne de churrasco.
Mesmo com variação do dólar encarecendo a importação, o preço do salmão fresco despencou 27,37% em 12 meses e 6,84% em outubro, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas.
— Depois que o Chile passou a produzir salmão em larga escala em cativeiro, deixou de ser iguaria — afirma o presidente do Sindicato da Gastronomia e Hotelaria da Capital, Daniel Antoniolli.
Enquanto o peixe rosado tem seu preço reduzido, a média do valor dos pescados frescos aumentou 5,66% nos últimos 12 meses, e as carnes bovinas ficaram 29,9% mais caras, conforme a FGV. Na Capital, no início da semana, o quilo de salmão inteiro podia ser comprado a R$ 12,50, enquanto o da alcatra estava na faixa de R$ 14,84.
Segundo a Salmon Chile, associação de produtores chilenos de salmão, o Brasil é o terceiro destino mundial para os peixes do país.
— A queda dos preços deve se reverter nos próximos meses devido ao aumento do consumo — avalia Rodrigo Infante, gerente-geral da entidade.
Para Ederson Krummenauer, da distribuidora gaúcha Frumar, o freio no consumo nos Estados Unidos e na Europa levou ao excesso de oferta do peixe de águas frias e à queda nos preços. Nilson Marques Júnior, diretor da importadora Marcomar, afirma que houve superoferta de salmões pequenos devido à anemia, doença que inibe o crescimento dos peixes, mas não atinge a saúde humana.
O aumento de consumo no país, além do preço, seria motivado pela busca por alimentos mais saudáveis e pela popularização da culinária japonesa.
O salmão
— É um peixe de águas frias
— Nasce e passa os primeiros oito meses em água doce
— Depois sai dos rios e vai viver no mar
— Quando chega a 1,5 ano, volta aos rios para reproduzir
— Quase todo o salmão consumido no Brasil é chileno. A maioria é criada em tanques de água doce e depois em gaiolas no fundo do mar
Variação de preços
No mês / No ano / Nos últimos 12 meses
Salmão fresco -6,84% / -23,57% / -27,37%
Peixe anjo fresco -0,43% / 12,34% / 6,42%
Linguado fresco -1,54% / 13,20% / 6,34%
Pescados frescos 0,33% / 6,81% / 5,66%
Carne bovina 0,88% / 17,79% / 29,9%
Aves e ovos 0,93% / 10,43% / 12,94%
Carne suína 0,71% / 17,85% / 22,86%
Índice de preços ao consumidor 0,1% / 4,88% / 5,47%
Fonte: Fonte: IBRE/FGV
Popularização
Bete Duarte, editora de gastronomia
Gastronomia também vive à mercê da moda. Há cerca de quatro ou cinco anos, coquetel ou festa chique tinha de ter salmão no cardápio. Importado do Chile ou da Noruega, o maior produtor mundial, era caro o suficiente para ficar restrito às mesas sofisticadas. A criação em cativeiro, que afastava o salmão dos predadores naturais, como o tubarão e a baleia, e reduzia o custo da pesca, permitiu que a produção crescesse e os preços caíssem. O salmão começou a se popularizar. No país, é importado do Chile e faz parte de cardápios de restaurantes de diferentes nacionalidades de cozinha. Nas mesas de origem japonesa, está presente em sushis e sashimis. Rico em ômega 3, tem cerca de 200 calorias por cem gramas.
Dicas
— Na hora de comprar o peixe, procure saber a procedência, principalmente se for consumi-lo cru.
— O preparo mais simples é grelhado, com um fio de azeite ou pouca manteiga e temperado com suco de limão, sal e pimenta-do-reino.
— É o peixe mais consumido em sashimi (cru), juntamente com o atum.
Preço do peixe fresco despencou 27,37% em 12 meses
Sebastião Ribeiro | sebastião.ribeiro@zerohora.com.br
Os alto-falantes de um hipermercado da Capital anunciavam na tarde de ontem a promoção relâmpago: salmão congelado a R$ 9,44, o quilo. O peixe que já foi sinônimo de sofisticação está mais barato do que muita carne de churrasco.
Mesmo com variação do dólar encarecendo a importação, o preço do salmão fresco despencou 27,37% em 12 meses e 6,84% em outubro, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas.
— Depois que o Chile passou a produzir salmão em larga escala em cativeiro, deixou de ser iguaria — afirma o presidente do Sindicato da Gastronomia e Hotelaria da Capital, Daniel Antoniolli.
Enquanto o peixe rosado tem seu preço reduzido, a média do valor dos pescados frescos aumentou 5,66% nos últimos 12 meses, e as carnes bovinas ficaram 29,9% mais caras, conforme a FGV. Na Capital, no início da semana, o quilo de salmão inteiro podia ser comprado a R$ 12,50, enquanto o da alcatra estava na faixa de R$ 14,84.
Segundo a Salmon Chile, associação de produtores chilenos de salmão, o Brasil é o terceiro destino mundial para os peixes do país.
— A queda dos preços deve se reverter nos próximos meses devido ao aumento do consumo — avalia Rodrigo Infante, gerente-geral da entidade.
Para Ederson Krummenauer, da distribuidora gaúcha Frumar, o freio no consumo nos Estados Unidos e na Europa levou ao excesso de oferta do peixe de águas frias e à queda nos preços. Nilson Marques Júnior, diretor da importadora Marcomar, afirma que houve superoferta de salmões pequenos devido à anemia, doença que inibe o crescimento dos peixes, mas não atinge a saúde humana.
O aumento de consumo no país, além do preço, seria motivado pela busca por alimentos mais saudáveis e pela popularização da culinária japonesa.
O salmão
— É um peixe de águas frias
— Nasce e passa os primeiros oito meses em água doce
— Depois sai dos rios e vai viver no mar
— Quando chega a 1,5 ano, volta aos rios para reproduzir
— Quase todo o salmão consumido no Brasil é chileno. A maioria é criada em tanques de água doce e depois em gaiolas no fundo do mar
Variação de preços
No mês / No ano / Nos últimos 12 meses
Salmão fresco -6,84% / -23,57% / -27,37%
Peixe anjo fresco -0,43% / 12,34% / 6,42%
Linguado fresco -1,54% / 13,20% / 6,34%
Pescados frescos 0,33% / 6,81% / 5,66%
Carne bovina 0,88% / 17,79% / 29,9%
Aves e ovos 0,93% / 10,43% / 12,94%
Carne suína 0,71% / 17,85% / 22,86%
Índice de preços ao consumidor 0,1% / 4,88% / 5,47%
Fonte: Fonte: IBRE/FGV
Popularização
Bete Duarte, editora de gastronomia
Gastronomia também vive à mercê da moda. Há cerca de quatro ou cinco anos, coquetel ou festa chique tinha de ter salmão no cardápio. Importado do Chile ou da Noruega, o maior produtor mundial, era caro o suficiente para ficar restrito às mesas sofisticadas. A criação em cativeiro, que afastava o salmão dos predadores naturais, como o tubarão e a baleia, e reduzia o custo da pesca, permitiu que a produção crescesse e os preços caíssem. O salmão começou a se popularizar. No país, é importado do Chile e faz parte de cardápios de restaurantes de diferentes nacionalidades de cozinha. Nas mesas de origem japonesa, está presente em sushis e sashimis. Rico em ômega 3, tem cerca de 200 calorias por cem gramas.
Dicas
— Na hora de comprar o peixe, procure saber a procedência, principalmente se for consumi-lo cru.
— O preparo mais simples é grelhado, com um fio de azeite ou pouca manteiga e temperado com suco de limão, sal e pimenta-do-reino.
— É o peixe mais consumido em sashimi (cru), juntamente com o atum.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
E eu com isso?
Por Ana Dubeux, do Correio Braziliense
O cidadão que paga impostos, não atrasa contas, não rouba dinheiro público e não paga propina para receber benesses de funcionários do Estado pode assinar embaixo de uma ficha corrida de bons antecedentes como pessoa pública. Mas, ainda assim, não pode e não deve achar que sua missão está esgotada. Deve imprimir diariamente a marca da responsabilidade, solidariedade e honestidade em atitudes cotidianas. Nesse intuito, uma iniciativa merece destaque.
Na semana passada, a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) e o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG) lançaram em Brasília a campanha “O que você tem a ver com a corrupção?” A idéia, acolhida pelo Ministério Público do DF, Tribunal de Contas do DF e Tribunal de Justiça do DF, pretende banir todo tipo de corrupção, ensinando crianças e adolescentes a rechaçar qualquer tentativa de burlar leis ou regras de convivência que contribuam para organizar a sociedade e ajudá-la a viver em harmonia.
O famoso jeitinho, o furar fila, o suborno aparentemente inocente, a conivência com atos errados em troca de prêmios serão mostrados como atitudes negativas. Por meio de palestras, peças de teatro e kits distribuídos em escolas, as crianças receberão esclarecimentos sobre o exercício da cidadania e as vantagens de exercê-la.
A semente para um futuro melhor também foi lançada nas páginas do Correio Braziliense. Por entender que a campanha tem uma dimensão que extrapola o fazer político e a administração pública, a competente editora Ana Sá deu roupagem lúdica à campanha, na edição de ontem do suplemento infantil Super! Com a ajuda dos artistas Cleber e Maurenilson, da equipe de Arte do jornal, Ana retratou com simplicidade e clareza um tema que normalmente só aparece, de forma bastante árida, nas páginas de política. Uma contribuição importante para formar as novas gerações, sobretudo numa cidade que nasceu e cresceu sendo um dos endereços mais associados à corrupção no país. Mesmo não merecendo o título, temos a obrigação de dar o exemplo contrário. Temos vários casos públicos de honestidade flagrante, que fazemos questão de destacar nas páginas do jornal. Agora, podemos assumir a dianteira na formação de jovens e adultos comprometidos com o bem comum.
O cidadão que paga impostos, não atrasa contas, não rouba dinheiro público e não paga propina para receber benesses de funcionários do Estado pode assinar embaixo de uma ficha corrida de bons antecedentes como pessoa pública. Mas, ainda assim, não pode e não deve achar que sua missão está esgotada. Deve imprimir diariamente a marca da responsabilidade, solidariedade e honestidade em atitudes cotidianas. Nesse intuito, uma iniciativa merece destaque.
Na semana passada, a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) e o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG) lançaram em Brasília a campanha “O que você tem a ver com a corrupção?” A idéia, acolhida pelo Ministério Público do DF, Tribunal de Contas do DF e Tribunal de Justiça do DF, pretende banir todo tipo de corrupção, ensinando crianças e adolescentes a rechaçar qualquer tentativa de burlar leis ou regras de convivência que contribuam para organizar a sociedade e ajudá-la a viver em harmonia.
O famoso jeitinho, o furar fila, o suborno aparentemente inocente, a conivência com atos errados em troca de prêmios serão mostrados como atitudes negativas. Por meio de palestras, peças de teatro e kits distribuídos em escolas, as crianças receberão esclarecimentos sobre o exercício da cidadania e as vantagens de exercê-la.
A semente para um futuro melhor também foi lançada nas páginas do Correio Braziliense. Por entender que a campanha tem uma dimensão que extrapola o fazer político e a administração pública, a competente editora Ana Sá deu roupagem lúdica à campanha, na edição de ontem do suplemento infantil Super! Com a ajuda dos artistas Cleber e Maurenilson, da equipe de Arte do jornal, Ana retratou com simplicidade e clareza um tema que normalmente só aparece, de forma bastante árida, nas páginas de política. Uma contribuição importante para formar as novas gerações, sobretudo numa cidade que nasceu e cresceu sendo um dos endereços mais associados à corrupção no país. Mesmo não merecendo o título, temos a obrigação de dar o exemplo contrário. Temos vários casos públicos de honestidade flagrante, que fazemos questão de destacar nas páginas do jornal. Agora, podemos assumir a dianteira na formação de jovens e adultos comprometidos com o bem comum.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Pai nosso
Multidão de filhos briga por herança de bilionário
Ao morrer em 1990, aos 76 anos de idade, Antônio Luciano Pereira Filho deixou mulher, três filhos, uma fortuna de 3 bilhões de dólares e uma tremenda confusão sucessória
Ao morrer em 1990, aos 76 anos de idade, Antônio Luciano Pereira Filho deixou mulher, três filhos, uma fortuna de 3 bilhões de dólares e uma tremenda confusão sucessória
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Existe vida sem a armadilha dos cartões de crédito
Sim, ela existe e é possível, como comentei anteriormente neste blog. Segue uma notícia relacionada ao tema publicada no 'O Tempo':
Associação orienta boicote ao cartão para diminuição dos juros abusivos
Para entrar no clube dos "sem-cartão"
Visite o caixa eletrônico ao menos uma vez por semana
Veja quanto dinheiro você precisa por semana, vá até o caixa eletrônico e retire exatamente essa quantia. Quando o dinheiro acabar, acabam também os gastos
Use só dinheiro vivo durante uma semana
A maioria das pessoas não tem idéia de quanto gasta por semana ou por mês porque elas pagam muitas de suas compras com cheque ou cartão de crédito. Se você tivesse de pagar tudo o que compra com dinheiro vivo, seria mais provável que pensasse duas vezes antes de deixar o dinheiro escorrer por entre os dedos
Negocie com a sua empresa de cartão de crédito
Muitas delas estão dispostas a lhe oferecer juros menores ou eliminar sua anuidade, basta você pedir. Use como argumento o tempo que é associado, ofertas da concorrência e ameaça de desistir do cartão
Saia dessa o mais rápido possível
Considere acelerar os pagamentos ou negociar com as empresas de cartão de crédito para fazer um refinanciamento da sua dívida
Minientrevista“Quando gasta com o cartão é tudo tão fácil...
Sylvia Flores Psicóloga
Professora da newton paiva
O ser humano sabe lidar com cartão de crédito?
A responsabilidade é de quem usa. As pessoas se endividam com o cartão em vez de pegar o dinheiro no banco. Ninguém quer fazer dívida, mas quando você vai ao banco e pega o dinheiro emprestado, você tem consciência da dívida. Quando gasta com o cartão é tudo tão virtual e fácil... Só passar na maquininha. Mágico.
Por que temos essa sensação de facilidade com o cartão?
É um pensamento infantil que temos pelo resto da vida. É esse pensamento que nos faz apaixonar. É o pensamento através de uma ilusão, em vez de lidar com a questão de uma maneira mais racional. Ela utiliza a lógica do imaginário. que tudo é possível.
Isso é uma doença?
Não, mas pode virar uma doença. O dinheiro é apenas um símbolo, o cartão também é simbólico. Mas se você acreditar que aquilo é uma extensão da sua renda, aí sim terá problemas.
Quando é considerado uma doença?
Quando a pessoa começa a se endividar, entra no rotativo e está pagando a parcela mínima do cartão.
Como encontrar o equilíbrio com o cartão de crédito?
Primeiro a pessoa precisa se conscientizar de por que ela está fugindo da realidade. Depois ela tem que aumentar a auto-estima e ter uma segurança maior de que não precisa ir além dos limites financeiros e físico dela para ser aceita pela sociedade.
Por que a pessoa acredita que vai conseguir pagar a fatura mesmo sem ter aquele dinheiro no outro mês?
Ela prefere acreditar que tem mais poder do que na verdade ela tem.
Por que as pessoas estão vivendo acima das possibilidades delas?
As pessoas sempre tentaram uma ascensão social e acabam fazendo dívidas, se perdendo neste jogo. Para não lidar com a realidade, a pessoa prefere utilizar o cartão, que a isenta de ter contato com essa realidade de que ela não possui aquele dinheiro. (HL)
Associação orienta boicote ao cartão para diminuição dos juros abusivos
Para entrar no clube dos "sem-cartão"
Visite o caixa eletrônico ao menos uma vez por semana
Veja quanto dinheiro você precisa por semana, vá até o caixa eletrônico e retire exatamente essa quantia. Quando o dinheiro acabar, acabam também os gastos
Use só dinheiro vivo durante uma semana
A maioria das pessoas não tem idéia de quanto gasta por semana ou por mês porque elas pagam muitas de suas compras com cheque ou cartão de crédito. Se você tivesse de pagar tudo o que compra com dinheiro vivo, seria mais provável que pensasse duas vezes antes de deixar o dinheiro escorrer por entre os dedos
Negocie com a sua empresa de cartão de crédito
Muitas delas estão dispostas a lhe oferecer juros menores ou eliminar sua anuidade, basta você pedir. Use como argumento o tempo que é associado, ofertas da concorrência e ameaça de desistir do cartão
Saia dessa o mais rápido possível
Considere acelerar os pagamentos ou negociar com as empresas de cartão de crédito para fazer um refinanciamento da sua dívida
Minientrevista“Quando gasta com o cartão é tudo tão fácil...
Sylvia Flores Psicóloga
Professora da newton paiva
O ser humano sabe lidar com cartão de crédito?
A responsabilidade é de quem usa. As pessoas se endividam com o cartão em vez de pegar o dinheiro no banco. Ninguém quer fazer dívida, mas quando você vai ao banco e pega o dinheiro emprestado, você tem consciência da dívida. Quando gasta com o cartão é tudo tão virtual e fácil... Só passar na maquininha. Mágico.
Por que temos essa sensação de facilidade com o cartão?
É um pensamento infantil que temos pelo resto da vida. É esse pensamento que nos faz apaixonar. É o pensamento através de uma ilusão, em vez de lidar com a questão de uma maneira mais racional. Ela utiliza a lógica do imaginário. que tudo é possível.
Isso é uma doença?
Não, mas pode virar uma doença. O dinheiro é apenas um símbolo, o cartão também é simbólico. Mas se você acreditar que aquilo é uma extensão da sua renda, aí sim terá problemas.
Quando é considerado uma doença?
Quando a pessoa começa a se endividar, entra no rotativo e está pagando a parcela mínima do cartão.
Como encontrar o equilíbrio com o cartão de crédito?
Primeiro a pessoa precisa se conscientizar de por que ela está fugindo da realidade. Depois ela tem que aumentar a auto-estima e ter uma segurança maior de que não precisa ir além dos limites financeiros e físico dela para ser aceita pela sociedade.
Por que a pessoa acredita que vai conseguir pagar a fatura mesmo sem ter aquele dinheiro no outro mês?
Ela prefere acreditar que tem mais poder do que na verdade ela tem.
Por que as pessoas estão vivendo acima das possibilidades delas?
As pessoas sempre tentaram uma ascensão social e acabam fazendo dívidas, se perdendo neste jogo. Para não lidar com a realidade, a pessoa prefere utilizar o cartão, que a isenta de ter contato com essa realidade de que ela não possui aquele dinheiro. (HL)
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Elas estão traindo mais
Era questão só de tempo: atualmente, com a entrada da mulher no mercado de trabalho, é cada vez mais comum esse comportamento, que antes era restrito e 'taxado' somente aos homens. Ora, todo humano é igual, seja em suas qualidades ou defeitos, independente do sexo, raça ou credo. É só dar uma oportunidade e ambiente para isso.
Veja a matéria de capa desta semana da Isto É:
Na geração até 25 anos, metade das mulheres assume que já foi infiel e o ambiente de trabalho é o local que mais favorece as escapadas
Veja a matéria de capa desta semana da Isto É:
Na geração até 25 anos, metade das mulheres assume que já foi infiel e o ambiente de trabalho é o local que mais favorece as escapadas
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Excesso de sinceridade
E-mail ofensivo gera polêmica na TV Senado
Denise Madueño/O Estado de S.Paulo
A resposta de um funcionário da TV Senado a um aviso relativo a uma audiência pública na Câmara provocou indignação e mal-estar ontem no Congresso. Para informar sobre a presença do secretário de Emprego e Relações de Trabalho de São Paulo, Guilherme Afif, em um debate sobre o projeto que prevê a divulgação de impostos em notas fiscais, o assessor de imprensa da pasta, Vinícius Prado de Moraes, enviou um e-mail a diversos órgãos de imprensa e obteve a resposta: "Foda-se."
A mensagem partiu do funcionário da TV Senado João Carlos da Fontoura. "É esculhambação. É uma Casa que merece respeito", reagiu Afif, que relatou o caso ao líder do DEM, Agripino Maia (RN).
Fontoura afirmou que trabalha no núcleo de documentários e recebe uma enxurrada de e-mails. "Todo dia passo mais de meia hora apagando mensagens que não são para mim." Na quarta-feira, contou, precisava enviar uma mensagem urgente e perdeu a paciência. "Foi falha minha ter respondido nesses termos. Minha resposta foi infeliz. Peço desculpas."
Denise Madueño/O Estado de S.Paulo
A resposta de um funcionário da TV Senado a um aviso relativo a uma audiência pública na Câmara provocou indignação e mal-estar ontem no Congresso. Para informar sobre a presença do secretário de Emprego e Relações de Trabalho de São Paulo, Guilherme Afif, em um debate sobre o projeto que prevê a divulgação de impostos em notas fiscais, o assessor de imprensa da pasta, Vinícius Prado de Moraes, enviou um e-mail a diversos órgãos de imprensa e obteve a resposta: "Foda-se."
A mensagem partiu do funcionário da TV Senado João Carlos da Fontoura. "É esculhambação. É uma Casa que merece respeito", reagiu Afif, que relatou o caso ao líder do DEM, Agripino Maia (RN).
Fontoura afirmou que trabalha no núcleo de documentários e recebe uma enxurrada de e-mails. "Todo dia passo mais de meia hora apagando mensagens que não são para mim." Na quarta-feira, contou, precisava enviar uma mensagem urgente e perdeu a paciência. "Foi falha minha ter respondido nesses termos. Minha resposta foi infeliz. Peço desculpas."
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Jornalismo comerciário
Há tempos eu critico o jornalismo, se é que pode ser chamado assim, praticado pelos jornais de bairro. Mas agora, nestes últimos meses de temporada eleitoral, ficou evidente que é preciso prestar bem atenção nestes veículos que se dizem ‘comunitários’.
Alguns donos desses jornais foram candidatos a vereador este ano e, claro, com uma ferramenta dessas na mão, deitaram e rolaram em suas propagandas eleitorais. Sou da opinião de que um jornalista, principalmente o responsável por um veículo de comunicação, independentemente do porte, seja proibido de se candidatar. Mas não precisa de uma lei específica, basta ter o bom censo em sua profissão de não misturar política com jornalismo.
É evidente que um candidato desses leva uma certa vantagem na comunicação com seus eleitores. Ele tem o seu próprio veículo e não é preciso muito esforço para persuadir os eleitores regionais cativos da publicação.
Mas você me pergunta: ‘você está subestimando o poder de decisão dessas pessoas.’ Concordo, mas também há ‘leitores e leitores’. Não é difícil constatar que umas das poucas leituras, se não for a única, de grande parte da população, principalmente moradores de comunidades de classe mais baixa, são os jornais gratuitos, em especial os do seu próprio bairro.
Aqui no meu bairro o dono do jornal saiu candidato a vereador pelo PT. Não ganhou. Mas até antes da derrota de sua companheira Marta Suplicy para a prefeitura de São Paulo, seu veículo só tem dado destaque, claro, ao PT. Em sua última edição, capa com uma grande foto da candidata ao lado do presidente Lula, que visitou a região central, e uma menor do candidato rival, Gilberto Kassab. Dentro, duas matérias com foto da candidata sozinha e com o presidente, ao lado do editorial criticando a atual gestão. E mais uma página do presidente com o cantor Roberto Leal, no bairro da Liberdade.
Em outro jornal de bairro, foto em destaque do Kassab recebendo um cheque do governador Serra devido às obras do Metrô e nenhum destaque à candidata do PT. Em outro veículo, boas fotos também em destaque do ex-candidato Maluf, do mesmo partido da candidata à vereadora, dona também de jornal.
E pergunto: que isenção qualquer desses jornais terá ao cobrar seja o prefeito que for? No primeiro caso, como seria a crítica à gestão de Marta se ela fosse prefeita ano que vem?
Jornalistas imparciais não existem, eu sei disso. Mas que tal um esforço para praticar um jornalismo de responsabilidade e isenção?
Alguns donos desses jornais foram candidatos a vereador este ano e, claro, com uma ferramenta dessas na mão, deitaram e rolaram em suas propagandas eleitorais. Sou da opinião de que um jornalista, principalmente o responsável por um veículo de comunicação, independentemente do porte, seja proibido de se candidatar. Mas não precisa de uma lei específica, basta ter o bom censo em sua profissão de não misturar política com jornalismo.
É evidente que um candidato desses leva uma certa vantagem na comunicação com seus eleitores. Ele tem o seu próprio veículo e não é preciso muito esforço para persuadir os eleitores regionais cativos da publicação.
Mas você me pergunta: ‘você está subestimando o poder de decisão dessas pessoas.’ Concordo, mas também há ‘leitores e leitores’. Não é difícil constatar que umas das poucas leituras, se não for a única, de grande parte da população, principalmente moradores de comunidades de classe mais baixa, são os jornais gratuitos, em especial os do seu próprio bairro.
Aqui no meu bairro o dono do jornal saiu candidato a vereador pelo PT. Não ganhou. Mas até antes da derrota de sua companheira Marta Suplicy para a prefeitura de São Paulo, seu veículo só tem dado destaque, claro, ao PT. Em sua última edição, capa com uma grande foto da candidata ao lado do presidente Lula, que visitou a região central, e uma menor do candidato rival, Gilberto Kassab. Dentro, duas matérias com foto da candidata sozinha e com o presidente, ao lado do editorial criticando a atual gestão. E mais uma página do presidente com o cantor Roberto Leal, no bairro da Liberdade.
Em outro jornal de bairro, foto em destaque do Kassab recebendo um cheque do governador Serra devido às obras do Metrô e nenhum destaque à candidata do PT. Em outro veículo, boas fotos também em destaque do ex-candidato Maluf, do mesmo partido da candidata à vereadora, dona também de jornal.
E pergunto: que isenção qualquer desses jornais terá ao cobrar seja o prefeito que for? No primeiro caso, como seria a crítica à gestão de Marta se ela fosse prefeita ano que vem?
Jornalistas imparciais não existem, eu sei disso. Mas que tal um esforço para praticar um jornalismo de responsabilidade e isenção?
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
R.E.M. comemora vitória de Obama em show no Chile
Da Redação (Abril.com)
O grupo norte-americano R.E.M. comemorou a vitória de Barack Obama durante apresentação em Santiago, no Chile, na noite da última terça-feira (4).
Segundo o blog “Volume”, durante o show o vocalista Michael Stipe chamou ao palco o webmaster do grupo, Bertis, para anunciar a vitória de Obama. Durante toda a campanha do futuro presidente dos EUA, o R.E.M., assim como muitos artistas, mostrou seu apoio incondicional ao democrata.
Após o anúncio, que foi recebido com muita euforia pelos fãs chilenos, o grupo tocou a faixa “I Believe”, do álbum “Lifes Rich Pageant” (1986).
A turnê de divulgação do álbum “Accelerate” desembarca no Brasil na próxima quinta-feira (6), em Porto Alegre. Em seguida o grupo se apresentará no Rio de Janeiro, no dia 8, e em São Paulo, nos dias 10 e 11 de novembro.
Confira abaixo o momento do anúncio da vitória de Obama:
O grupo norte-americano R.E.M. comemorou a vitória de Barack Obama durante apresentação em Santiago, no Chile, na noite da última terça-feira (4).
Segundo o blog “Volume”, durante o show o vocalista Michael Stipe chamou ao palco o webmaster do grupo, Bertis, para anunciar a vitória de Obama. Durante toda a campanha do futuro presidente dos EUA, o R.E.M., assim como muitos artistas, mostrou seu apoio incondicional ao democrata.
Após o anúncio, que foi recebido com muita euforia pelos fãs chilenos, o grupo tocou a faixa “I Believe”, do álbum “Lifes Rich Pageant” (1986).
A turnê de divulgação do álbum “Accelerate” desembarca no Brasil na próxima quinta-feira (6), em Porto Alegre. Em seguida o grupo se apresentará no Rio de Janeiro, no dia 8, e em São Paulo, nos dias 10 e 11 de novembro.
Confira abaixo o momento do anúncio da vitória de Obama:
DIA HISTÓRICO
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
No fantástico mundo da parcela
Interessante matéria publicada na Folha de S.Paulo deste sábado (01.11) sobre o esperto mundo do comércio e a longa tradição de enganar o consumidor.
Não existe milagre e sim o lucro certo!
Lojas dizem vender a prazo sem juros, consumidores fingem acreditar e pagam taxa mesmo comprando à vista
Cyrus Afshar, da reportagem local
Ao comprar produtos mais caros, como eletroeletrônicos, móveis e roupas de grife, muitas vezes o consumidor é tentado por uma condição de pagamento que parece muito boa: o parcelamento "sem juros".
Essa forma representou, no primeiro semestre, 48,9% das compras no cartão, contra 37,8% no mesmo período de 2004, de acordo com pesquisa da Itaucard, administradora de cartões de crédito do banco Itaú. Informar o comprador de que há uma tarifa no parcelamento está fora de moda. Só que a estampa "sem juros" não combina com um país que tem uma das taxas de juros reais mais altas do mundo.
As peças se encaixam quando se sabe que, no preço à vista, há juros embutidos. O problema é que isso viola de uma só vez três artigos do CDC (Código de Defesa do Consumidor).
Primeiro, porque esconder juros no preço final caracteriza propaganda enganosa, o que é vetado pelo artigo 37 do CDC. "É uma oferta enganosa. Não existe maneira de a loja vender a prazo sem juros. É uma prática abusiva e deveria ser corrigida", afirma Arthur Rollo, 33, advogado especialista em direito do consumidor. "Vender sem juros não é possível. A nossa explicação é que há juros embutidos", diz Marcos Diegues, advogado do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor).
Direito de saber
O artigo 52 do Código diz que, no fornecimento de produtos ou serviços que envolva concessão de financiamento, o consumidor tem direito de saber qual o montante de juros e qual a soma total a pagar com e sem financiamento. Para Rafael Paschoarelli, professor de finanças do Ibmec-SP (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais), ao omitir que existe financiamento, a loja faz ainda uma "venda casada", o que também é proibido pelo artigo 39 do Código. Essa infração acontece quando o consumidor que quer comprar uma mercadoria se vê obrigado a pagar também por outra.
Ao pagar o preço à vista sem desconto, com juros embutidos, o consumidor não tem opção: leva sem querer e sem precisar um serviço (crédito) com o bem que ele de fato deseja. A pessoa nem sequer vê o que está levando. E, quando vê, para não sair perdendo, é obrigada a parcelar e, assim, pelo menos usufruir do serviço pelo qual ela vai ter que pagar de qualquer maneira.
Se essa prática fosse interpretada por um juiz como "venda casada", as implicações seriam mais graves. "O raciocínio é correto, mas eu não iria por esse lado da venda casada, porque é mais difícil de provar. Pela lei, a loja não pode oferecer crédito, então ela poderia dar outro jeito de explicar. Pelo argumento da oferta enganosa, não tem saída", explica o advogado Arthur Rollo. O modo de embutir juros no preço à vista varia de loja para loja. A prática mais comum é uma compra triangular consumidor-loja-financeira.
Escape dos juros invisíveis
Sobra pouco poder de barganha diante da onipresente venda parcelada a 'custo zero'; veja o que dá para fazer
Em meio ao tiroteio cada vez mais disseminado de facilidades na compra a prazo, o consumidor tem poucas saídas. A melhor delas é boicotar as lojas que o enganam ou insistir para obter do lojista o preço mais próximo do valor real à vista. "O fundamental é pesquisar, recortar anúncios, levar as ofertas para os concorrentes e pedir reduções, fazendo um leilão reverso. E ainda pedir preço com desconto à vista", diz Carlos Alberto Ercolin, diretor de economia da Anefac.
Mas, como cada vez mais pessoas exigem a opção de pagar no maior número de prestações possível sem juros, são raras as lojas que parcelam e mostram os juros cobrados. Uma delas é a loja virtual da Fast Shop, que encontrou uma forma de atrair o consumidor que gosta de parcelar, sem enganá-lo. Em seu site, é anunciada uma TV em "10 vezes iguais no cartão" e, embaixo, aparece o preço à vista, 10% mais barato. Na mesma página, a tabela de formas de pagamento mostra que "na compra deste produto no cartão de crédito em parcelas com juros, é cobrada uma taxa de 1,99% ao mês". Nos anúncios impressos da Fast Shop, porém, segue a prática de dizer que a venda é dividida em dez vezes "sem juros".
Outras redes dizem vender "sem juros", mas pelo menos dão desconto à vista. No Ponto Frio, a mesma TV sai com desconto de 10% à vista e o anúncio é claro. Outras lojas dão desconto, mas só se o consumidor pedir. No Magazine Luiza e no Extra, a redução é de 5% e, na Americanas, 2%. No Carrefour e na Casas Bahia, oficialmente não tem desconto à vista pré-estabelecido, mas dá para negociar reduções (no preço à vista).
Sem essa referência do preço à vista, o poder de barganha de quem compra é menor. No Submarino, no site da Fnac e no Wal-Mart não há desconto. Se o consumidor for comprar nessas lojas, o melhor é fugir do preço à vista, mesmo se houver um pequeno desconto, e pagar pela mercadoria no máximo de parcelas oferecidas, sabendo que está pagando juros.
"Para a loja, o melhor cliente é o que paga à vista e sai contente com um pequeno desconto ou sem desconto nenhum. Primeiro, porque ela lucra com os juros embutidos e, depois, porque consegue financiar seu capital de giro -isto é, suas despesas normais- com dinheiro à vista", diz Ercolin.
De acordo com o Procon, não há nada que o consumidor possa fazer. É difícil provar que há tarifa embutida no preço, justamente porque não dá para saber o que é juro e o que é margem de lucro. "Por liberalidade, ele pode dizer que não está cobrando juros. Não existe ação julgada no Brasil que tenha feito o lojista explicar como ele consegue vender sem juros", diz Renata Reis, técnica de proteção e defesa do consumidor do Procon-SP.
O advogado Arthur Rollo discorda. Para ele, de fato, ações individuais têm poucas chances de sucesso, mas uma ação coletiva, movida em conjunto pelo Ministério Público e pelo Procon tem chances de ser acatada por um juiz. "O argumento econômico é suficiente para o argumento de oferta enganosa ser aceito. Nesse caso, inverte-se o ônus da prova e o lojista vai ter que se virar para explicar em juízo como ele consegue não pagar juros. Se não conseguir, vai ter que suspender a prática", afirma Rollo. Mas, para isso acontecer, os consumidores devem reclamar junto a esses órgãos.
Já na opinião de Rafael Paschoarelli, professor de finanças do Ibmec-SP, quem deveria coibir as cobranças de juros embutidos é o Banco Central, que executa as diretrizes do CMN (Conselho Monetário Nacional). De acordo com a lei 4.595/64, é o Conselho que deve "disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas as suas formas".
Evite as lojas que dizem vender a prazo "sem juros" sem dar desconto à vista
Procure as lojas que divulgam o preço à vista diferente do preço a prazo e permitem que o consumidor veja o valor real da mercadoria
Se a loja dá desconto à vista, negocie, leve recortes de ofertas dos concorrentes, peça a maior redução possível.
Só compre se o desconto for maior que 10%
Se a loja dá um desconto muito pequeno (ou nenhum), não compre à vista.
Se não der para comprar em outra loja, aproveite o parcelamento para usufruir do crédito pelo qual você está pagando de qualquer jeito
Reclame aos órgãos de defesa do consumidor contra as lojas que fazem ofertas abusivas: uma ação coletiva tem mais chance de êxito que ações individuais
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GLOSSÁRIO
Capital de giro é o capital da própria empresa ou de terceiros necessário para bancar as despesas normais do negócio (fornecedores, salários de empregados, impostos etc.) e para fazê-lo funcionar
Juros é a remuneração (ou custo) que se paga ao capital emprestado por um tempo
"Spread" é a diferença entre os juros pagos pelos bancos a seu correntista e os juros cobrados pelos bancos sobre os empréstimos concedidos
Juros reais são os juros básicos descontada a inflação. Se a taxa básica for de 13,75% ao ano e a inflação anual for de 6,5%, os juros reais serão de 6,81% ao ano
Venda casada acontece quando, na venda de um produto ou serviço, o consumidor é obrigado a comprar outra mercadoria junto. Por exemplo, se, para comprar um computador, o consumidor é obrigado a levar também uma impressora
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Como funciona o mundo de faz-de-conta
Imagine que você comprou um computador em dez parcelas, por R$ 2.000. A loja recebe da financeira, à vista, R$ 1.700. Esse seria o preço real à vista, já com a margem de lucro. A instituição de crédito recebe, a prazo, os R$ 2.000 que você deve pagar e lucra R$ 300 ao final de dez meses. E você levou, com o crédito, um bem de R$ 1.700, e não de R$ 2.000, como supôs.
"Em vez de oferecer o desconto a quem paga à vista, a loja prefere contratar uma financiadora, que, em alguns casos, pertence à própria loja. Tira-se dinheiro de um bolso para pôr no outro", diz Rafael Paschoarelli, professor de finanças do Ibmec-SP. Ele critica a confusão entre as atividades da economia real e as financeiras. "Tem empresa que deveria fazer frango empanado e está especulando com o câmbio. Tem loja que deveria vender móvel, mas vende crédito."
"A gente vive no mundo do faz-de-conta. Como é possível vender sem juros ou com juros abaixo das taxas de mercado? Ou a loja rasga dinheiro ou eles estão embutidos", diz Paschoarelli, segundo quem é "desleal" dizer que o juro é zero.
O parcelamento sem juros é um chamariz. "A pessoa sai de casa para gastar R$ 500 num jogo de sala e acaba gastando R$ 1.000 em suaves prestações", diz Carlos Alberto Ercolin, 48, diretor-executivo de economia da Anefac.
Mas não existe almoço grátis. Alguém sempre paga -ou deixa de pagar: a inadimplência, entre janeiro e setembro, cresceu 7,6%, segundo dados da Serasa.
Transparência
O caso de juros embutidos fica mais claro quando se compara como as compras são feitas em lojas estrangeiras e em suas filiais daqui. Por exemplo, no site de uma cadeia varejista na França, ao colocar um produto no "carrinho" e ir para o "caixa", a opção de parcelar não é oferecida de cara. Para isso, você deve se tornar "sócio" da loja e pagar uma anuidade que dá direito a vários benefícios. E se o "sócio" decide parcelar, ele arca com a "Taxa Efetiva Global" (TEG). O site simula o crediário e mostra quanto o consumidor pagaria a mais.
"É isso que deveria acontecer aqui. E nem precisaria de legislação nova", diz o advogado especialista em direito do consumidor Arthur Rollo. Já no site da filial brasileira, o consumidor pode pagar uma TV em até 12 vezes "sem juros".
"Enquanto houver consumidores que aceitam pagar juros embutidos, isso vai continuar", afirma Ercolin. (CA)
O que dizem representantes do comércio
Sobre a prática comercial de oferecer parcelamento sem juros, o economista Marcel Solimeo, da Associação Comercial de São Paulo, afirma: "Em qualquer modalidade que você postergar o pagamento, há um custo. Em parte, os custos podem estar embutidos, e, em parte, estão no prazo de pagamento que os lojistas obtêm com fornecedores, e que é repassado ao consumidor". Solimeo não vê problema legal em anunciar juro zero: "Não há lei que proíba. O que importa é que haja opção. É uma forma de apresentação. É uma questão de concorrência. É uma forma que as lojas pensam poder atrair o consumidor", afirma.
A FIC, financeira ligada ao grupo Pão de Açúcar (Extra), afirma que nas vendas parceladas não há uma operação de crédito e que o negócio é apenas entre a financeira e a loja. "O consumidor paga em 12 vezes para a gente, e nós repassamos o valor integralmente para a loja", diz Luis Fernando Staube, presidente da FIC. Ele afirma que a financeira ganha uma pequena comissão de "interchange", mas que a operação não é interessante para sua empresa, que ganharia mais financiando com juros. "Mas é como o mercado atua", diz. Segundo ele, é possível vender produtos sem juros a prazo. "Na verdade, houve compressão da margem de lucro. É o varejo que arca com o custo", diz Satube.
Mas, com a crise atual, diz ele, o custo do crédito deve aumentar, e as ofertas desse tipo devem ficar mais raras.
De acordo com a multinacional norte-americana Wal-Mart, o parcelamento sem juros é ditado pelo mercado. "É a forma que o negócio é feito no Brasil. É cultural", diz Carlos Fernandes, vice-presidente da divisão de especialidades da rede varejista.
O representante do Wal-Mart, que não dá desconto à vista, critica as lojas que adotam essa prática. "É uma questão de coerência. Se você diz que é sem juros, não pode dar desconto à vista", diz.
Já a Fnac afirma que há custo de parcelamento, mas que isso não é repassado. "Nosso principal feito é a negociação com fornecedores. O custo é dividido entre a gente e os fabricantes", diz Benjamin Dubost, diretor comercial da Fnac Brasil. Ele afirma, ainda, que é pequena a proporção de produtos vendidos a prazo.
Procuradas pela reportagem da Folha, as lojas Magazine Luiza, Fast Shop, Submarino, Americanas.com, Carrefour, Ponto Frio.com e Casas Bahia não se pronunciaram sobre o assunto. (CA)
Não existe milagre e sim o lucro certo!
Lojas dizem vender a prazo sem juros, consumidores fingem acreditar e pagam taxa mesmo comprando à vista
Cyrus Afshar, da reportagem local
Ao comprar produtos mais caros, como eletroeletrônicos, móveis e roupas de grife, muitas vezes o consumidor é tentado por uma condição de pagamento que parece muito boa: o parcelamento "sem juros".
Essa forma representou, no primeiro semestre, 48,9% das compras no cartão, contra 37,8% no mesmo período de 2004, de acordo com pesquisa da Itaucard, administradora de cartões de crédito do banco Itaú. Informar o comprador de que há uma tarifa no parcelamento está fora de moda. Só que a estampa "sem juros" não combina com um país que tem uma das taxas de juros reais mais altas do mundo.
As peças se encaixam quando se sabe que, no preço à vista, há juros embutidos. O problema é que isso viola de uma só vez três artigos do CDC (Código de Defesa do Consumidor).
Primeiro, porque esconder juros no preço final caracteriza propaganda enganosa, o que é vetado pelo artigo 37 do CDC. "É uma oferta enganosa. Não existe maneira de a loja vender a prazo sem juros. É uma prática abusiva e deveria ser corrigida", afirma Arthur Rollo, 33, advogado especialista em direito do consumidor. "Vender sem juros não é possível. A nossa explicação é que há juros embutidos", diz Marcos Diegues, advogado do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor).
Direito de saber
O artigo 52 do Código diz que, no fornecimento de produtos ou serviços que envolva concessão de financiamento, o consumidor tem direito de saber qual o montante de juros e qual a soma total a pagar com e sem financiamento. Para Rafael Paschoarelli, professor de finanças do Ibmec-SP (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais), ao omitir que existe financiamento, a loja faz ainda uma "venda casada", o que também é proibido pelo artigo 39 do Código. Essa infração acontece quando o consumidor que quer comprar uma mercadoria se vê obrigado a pagar também por outra.
Ao pagar o preço à vista sem desconto, com juros embutidos, o consumidor não tem opção: leva sem querer e sem precisar um serviço (crédito) com o bem que ele de fato deseja. A pessoa nem sequer vê o que está levando. E, quando vê, para não sair perdendo, é obrigada a parcelar e, assim, pelo menos usufruir do serviço pelo qual ela vai ter que pagar de qualquer maneira.
Se essa prática fosse interpretada por um juiz como "venda casada", as implicações seriam mais graves. "O raciocínio é correto, mas eu não iria por esse lado da venda casada, porque é mais difícil de provar. Pela lei, a loja não pode oferecer crédito, então ela poderia dar outro jeito de explicar. Pelo argumento da oferta enganosa, não tem saída", explica o advogado Arthur Rollo. O modo de embutir juros no preço à vista varia de loja para loja. A prática mais comum é uma compra triangular consumidor-loja-financeira.
Escape dos juros invisíveis
Sobra pouco poder de barganha diante da onipresente venda parcelada a 'custo zero'; veja o que dá para fazer
Em meio ao tiroteio cada vez mais disseminado de facilidades na compra a prazo, o consumidor tem poucas saídas. A melhor delas é boicotar as lojas que o enganam ou insistir para obter do lojista o preço mais próximo do valor real à vista. "O fundamental é pesquisar, recortar anúncios, levar as ofertas para os concorrentes e pedir reduções, fazendo um leilão reverso. E ainda pedir preço com desconto à vista", diz Carlos Alberto Ercolin, diretor de economia da Anefac.
Mas, como cada vez mais pessoas exigem a opção de pagar no maior número de prestações possível sem juros, são raras as lojas que parcelam e mostram os juros cobrados. Uma delas é a loja virtual da Fast Shop, que encontrou uma forma de atrair o consumidor que gosta de parcelar, sem enganá-lo. Em seu site, é anunciada uma TV em "10 vezes iguais no cartão" e, embaixo, aparece o preço à vista, 10% mais barato. Na mesma página, a tabela de formas de pagamento mostra que "na compra deste produto no cartão de crédito em parcelas com juros, é cobrada uma taxa de 1,99% ao mês". Nos anúncios impressos da Fast Shop, porém, segue a prática de dizer que a venda é dividida em dez vezes "sem juros".
Outras redes dizem vender "sem juros", mas pelo menos dão desconto à vista. No Ponto Frio, a mesma TV sai com desconto de 10% à vista e o anúncio é claro. Outras lojas dão desconto, mas só se o consumidor pedir. No Magazine Luiza e no Extra, a redução é de 5% e, na Americanas, 2%. No Carrefour e na Casas Bahia, oficialmente não tem desconto à vista pré-estabelecido, mas dá para negociar reduções (no preço à vista).
Sem essa referência do preço à vista, o poder de barganha de quem compra é menor. No Submarino, no site da Fnac e no Wal-Mart não há desconto. Se o consumidor for comprar nessas lojas, o melhor é fugir do preço à vista, mesmo se houver um pequeno desconto, e pagar pela mercadoria no máximo de parcelas oferecidas, sabendo que está pagando juros.
"Para a loja, o melhor cliente é o que paga à vista e sai contente com um pequeno desconto ou sem desconto nenhum. Primeiro, porque ela lucra com os juros embutidos e, depois, porque consegue financiar seu capital de giro -isto é, suas despesas normais- com dinheiro à vista", diz Ercolin.
De acordo com o Procon, não há nada que o consumidor possa fazer. É difícil provar que há tarifa embutida no preço, justamente porque não dá para saber o que é juro e o que é margem de lucro. "Por liberalidade, ele pode dizer que não está cobrando juros. Não existe ação julgada no Brasil que tenha feito o lojista explicar como ele consegue vender sem juros", diz Renata Reis, técnica de proteção e defesa do consumidor do Procon-SP.
O advogado Arthur Rollo discorda. Para ele, de fato, ações individuais têm poucas chances de sucesso, mas uma ação coletiva, movida em conjunto pelo Ministério Público e pelo Procon tem chances de ser acatada por um juiz. "O argumento econômico é suficiente para o argumento de oferta enganosa ser aceito. Nesse caso, inverte-se o ônus da prova e o lojista vai ter que se virar para explicar em juízo como ele consegue não pagar juros. Se não conseguir, vai ter que suspender a prática", afirma Rollo. Mas, para isso acontecer, os consumidores devem reclamar junto a esses órgãos.
Já na opinião de Rafael Paschoarelli, professor de finanças do Ibmec-SP, quem deveria coibir as cobranças de juros embutidos é o Banco Central, que executa as diretrizes do CMN (Conselho Monetário Nacional). De acordo com a lei 4.595/64, é o Conselho que deve "disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas as suas formas".
A arte de comprar
Evite as lojas que dizem vender a prazo "sem juros" sem dar desconto à vista
Procure as lojas que divulgam o preço à vista diferente do preço a prazo e permitem que o consumidor veja o valor real da mercadoria
Se a loja dá desconto à vista, negocie, leve recortes de ofertas dos concorrentes, peça a maior redução possível.
Só compre se o desconto for maior que 10%
Se a loja dá um desconto muito pequeno (ou nenhum), não compre à vista.
Se não der para comprar em outra loja, aproveite o parcelamento para usufruir do crédito pelo qual você está pagando de qualquer jeito
Reclame aos órgãos de defesa do consumidor contra as lojas que fazem ofertas abusivas: uma ação coletiva tem mais chance de êxito que ações individuais
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GLOSSÁRIO
Capital de giro é o capital da própria empresa ou de terceiros necessário para bancar as despesas normais do negócio (fornecedores, salários de empregados, impostos etc.) e para fazê-lo funcionar
Juros é a remuneração (ou custo) que se paga ao capital emprestado por um tempo
"Spread" é a diferença entre os juros pagos pelos bancos a seu correntista e os juros cobrados pelos bancos sobre os empréstimos concedidos
Juros reais são os juros básicos descontada a inflação. Se a taxa básica for de 13,75% ao ano e a inflação anual for de 6,5%, os juros reais serão de 6,81% ao ano
Venda casada acontece quando, na venda de um produto ou serviço, o consumidor é obrigado a comprar outra mercadoria junto. Por exemplo, se, para comprar um computador, o consumidor é obrigado a levar também uma impressora
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Como funciona o mundo de faz-de-conta
Imagine que você comprou um computador em dez parcelas, por R$ 2.000. A loja recebe da financeira, à vista, R$ 1.700. Esse seria o preço real à vista, já com a margem de lucro. A instituição de crédito recebe, a prazo, os R$ 2.000 que você deve pagar e lucra R$ 300 ao final de dez meses. E você levou, com o crédito, um bem de R$ 1.700, e não de R$ 2.000, como supôs.
"Em vez de oferecer o desconto a quem paga à vista, a loja prefere contratar uma financiadora, que, em alguns casos, pertence à própria loja. Tira-se dinheiro de um bolso para pôr no outro", diz Rafael Paschoarelli, professor de finanças do Ibmec-SP. Ele critica a confusão entre as atividades da economia real e as financeiras. "Tem empresa que deveria fazer frango empanado e está especulando com o câmbio. Tem loja que deveria vender móvel, mas vende crédito."
"A gente vive no mundo do faz-de-conta. Como é possível vender sem juros ou com juros abaixo das taxas de mercado? Ou a loja rasga dinheiro ou eles estão embutidos", diz Paschoarelli, segundo quem é "desleal" dizer que o juro é zero.
O parcelamento sem juros é um chamariz. "A pessoa sai de casa para gastar R$ 500 num jogo de sala e acaba gastando R$ 1.000 em suaves prestações", diz Carlos Alberto Ercolin, 48, diretor-executivo de economia da Anefac.
Mas não existe almoço grátis. Alguém sempre paga -ou deixa de pagar: a inadimplência, entre janeiro e setembro, cresceu 7,6%, segundo dados da Serasa.
Transparência
O caso de juros embutidos fica mais claro quando se compara como as compras são feitas em lojas estrangeiras e em suas filiais daqui. Por exemplo, no site de uma cadeia varejista na França, ao colocar um produto no "carrinho" e ir para o "caixa", a opção de parcelar não é oferecida de cara. Para isso, você deve se tornar "sócio" da loja e pagar uma anuidade que dá direito a vários benefícios. E se o "sócio" decide parcelar, ele arca com a "Taxa Efetiva Global" (TEG). O site simula o crediário e mostra quanto o consumidor pagaria a mais.
"É isso que deveria acontecer aqui. E nem precisaria de legislação nova", diz o advogado especialista em direito do consumidor Arthur Rollo. Já no site da filial brasileira, o consumidor pode pagar uma TV em até 12 vezes "sem juros".
"Enquanto houver consumidores que aceitam pagar juros embutidos, isso vai continuar", afirma Ercolin. (CA)
O que dizem representantes do comércio
Sobre a prática comercial de oferecer parcelamento sem juros, o economista Marcel Solimeo, da Associação Comercial de São Paulo, afirma: "Em qualquer modalidade que você postergar o pagamento, há um custo. Em parte, os custos podem estar embutidos, e, em parte, estão no prazo de pagamento que os lojistas obtêm com fornecedores, e que é repassado ao consumidor". Solimeo não vê problema legal em anunciar juro zero: "Não há lei que proíba. O que importa é que haja opção. É uma forma de apresentação. É uma questão de concorrência. É uma forma que as lojas pensam poder atrair o consumidor", afirma.
A FIC, financeira ligada ao grupo Pão de Açúcar (Extra), afirma que nas vendas parceladas não há uma operação de crédito e que o negócio é apenas entre a financeira e a loja. "O consumidor paga em 12 vezes para a gente, e nós repassamos o valor integralmente para a loja", diz Luis Fernando Staube, presidente da FIC. Ele afirma que a financeira ganha uma pequena comissão de "interchange", mas que a operação não é interessante para sua empresa, que ganharia mais financiando com juros. "Mas é como o mercado atua", diz. Segundo ele, é possível vender produtos sem juros a prazo. "Na verdade, houve compressão da margem de lucro. É o varejo que arca com o custo", diz Satube.
Mas, com a crise atual, diz ele, o custo do crédito deve aumentar, e as ofertas desse tipo devem ficar mais raras.
De acordo com a multinacional norte-americana Wal-Mart, o parcelamento sem juros é ditado pelo mercado. "É a forma que o negócio é feito no Brasil. É cultural", diz Carlos Fernandes, vice-presidente da divisão de especialidades da rede varejista.
O representante do Wal-Mart, que não dá desconto à vista, critica as lojas que adotam essa prática. "É uma questão de coerência. Se você diz que é sem juros, não pode dar desconto à vista", diz.
Já a Fnac afirma que há custo de parcelamento, mas que isso não é repassado. "Nosso principal feito é a negociação com fornecedores. O custo é dividido entre a gente e os fabricantes", diz Benjamin Dubost, diretor comercial da Fnac Brasil. Ele afirma, ainda, que é pequena a proporção de produtos vendidos a prazo.
Procuradas pela reportagem da Folha, as lojas Magazine Luiza, Fast Shop, Submarino, Americanas.com, Carrefour, Ponto Frio.com e Casas Bahia não se pronunciaram sobre o assunto. (CA)
Ausência
Devido a acontecimentos não programados, fiquei alguns dias sem postar conteúdo. Mas agora está tudo normalizado (eu acho!). Você já percebeu que as coisas acontecem tudo de uma vez? É incrível. Você pode passar um ano inteiro em um tremendo marasmo e, de repente, tudo o que poderia acontecer neste período ocorre em duas semanas.
A vida é uma caixa de bombons mesmo, como dizia Forrest Gump, mas as emoções até que deveriam vir em suaves parcelas...
A vida é uma caixa de bombons mesmo, como dizia Forrest Gump, mas as emoções até que deveriam vir em suaves parcelas...
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Aumentam vendas de “O Capital” na Alemanha
A atual crise financeira global está causando na Alemanha um grande aumento das vendas do livro “O Capital”, escrito pro Karl Marx (foto) em 1867 para analisar o modo de produção capitalista. “Marx está novamente na moda”, disse ao jornal Neue Ruhr Zeitung Joern Schuetrumpf, responsável pela editora Karl-Dietz, de Berlim, que publica as obras de Marx e Friedrich Engels em alemão. De acordo com a informação da agência Ansa, as vendas do livro triplicaram desde 2005 e para o mês de dezembro, a editora espera um aumento ainda maior da demanda, considerando que algumas das teorias escritas pelo filósofo – dentre as quais aquela que afirma que o capitalismo em excesso acaba por se autodestruir – estão mais atuais do que nunca.
O próprio governo alemão pode ter contribuído para o boom de Marx, já que há pouco mais de um mês o ministro das finanças alemão, Peer Steinbrueck, declarou que “tudo o que está acontecendo mostra que algumas partes da teoria marxista não estavam erradas”. (Gazeta Mercantil – pág. A3 – 17.10.08)
O próprio governo alemão pode ter contribuído para o boom de Marx, já que há pouco mais de um mês o ministro das finanças alemão, Peer Steinbrueck, declarou que “tudo o que está acontecendo mostra que algumas partes da teoria marxista não estavam erradas”. (Gazeta Mercantil – pág. A3 – 17.10.08)
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Corrida ao seu bolso
São tantas as novidades, tecnologias, siglas, apetrechos e outros símbolos que fica difícil um leigo acompanhar e entender todos os lançamentos e serviços disponíveis nos aparelhos móveis disponíveis no mercado (não sei se é correto só chamar de celular hoje em dia).
As empresas de telefonia praticamente ignoram este fato e supõem que todos os consumidores são profissionais de tecnologia. É como um exame de saúde. Alguns só o médico pode traduzir aqueles termos científicos. Mas a quem recorrer na hora de escolher um novo aparelho? Na maioria das vezes o vendedor entende muito menos que você. Ele enrola, só está lá para vender.
Por isso, antes de você fazer uma escolha errada, e encher o bolso dos fabricantes e operadoras, pesquise e converse com amigos que entendam do assunto.
Globalização do consumo
Há poucos meses, em Brasília, surgiu este tema para comentarmos numa roda de colegas de trabalho. Minha opinião foi, claro, a globalização trouxe inúmeros benefícios ao consumidor através do acesso facilitado à modernidade, mas a que custo?
A ganância das grandes empresas com as inúmeras novidades lançadas ao mercado, e que são tentadoras, gerou um consumo desenfreado poucas vezes visto.
Hoje percebe-se uma certa ansiedade das pessoas em adquirir certos produtos assim que eles são divulgados. Nem sequer refletem sobre a verdadeira questão antes de uma compra: mas é disso que eu preciso?
Há, por exemplo, celulares caríssimos no mercado com inúmeras funções onde o sujeito nem sequer sabe para que servem. Esse é um que foi fisgado pela bonita publicidade veiculada e pelo amigo que tinha um igual e ele não quis ‘ficar para trás’.
Bom, e assim as empresas e lojas continuam lucrando com suas siglas e tentações tecnológicas.
Não sou contra comprar um belo equipamento se você deseja tê-lo. Eu também trocarei meu simplório celular um dia por um mais moderno. Mas precisa fazer fila para o IPhone? As empresas adoram isso, quanto mais demanda e correria maior o preço. Não faça o jogo deles. É bom, de vez em quando, definir prioridades em sua vida.
Enquanto isso, este blog dá uma humilde colaboração através de matérias publicadas na imprensa. Acompanhe, atualize-se e escolha certo!
Folha de S.Paulo
Por trás das tentações
Fique atento a limitações de produtos e serviços a preços baixos, que às vezes escondem recursos de menor qualidade
Correio Braziliense - DF
O barato que é caro
Chegada do iPhone 3G, celular mais badalado do momento, frusta pelo alto preço e pouca oferta. Operadoras dizem que, mesmo com subsídios, incidência de carga tributária aumenta o valor do produto
NIC.br
Internet pela tomada é mais barata e pode alcançar 200 Mbps
A democratização da internet nunca esteve tão próxima
Folha Online
Crise mundial deve fazer preço do computador subir até 15%
A previsão é da consultoria IDC, que já cogita revisar para baixo as expectativas de vendas de PCs para este ano
O Estado de S.Paulo
Microsoft promete versão mais ágil do Windows
O presidente-executivo da Microsoft, Steve Ballmer, atingiu com força o circuito de imprensa europeu
Empresas rastreiam imagem na web
Com o avanço das novas mídias, companhias monitoram suas marcas em sites, blogs e comunidades virtuais
Acesso à internet é mais caro no Brasil
Entre os emergentes, País é o que cobra maior preço de banda larga
Oi chega a SP com serviços gratuitos
Para conseguir uma boa base de clientes, empresa dará bônus diários
Ti Inside
Sujeito a aprovação popular
Até 2017 todo cidadão brasileiro deverá ter um novo documento de identificação civil baseado em um cartão em policarbonato dotado de um smart card
Agência Câmara
Projeto determina que e-mail corporativo não é sigiloso
A proposta muda a Lei dos Serviços Postais (Lei 6.538/78), que considera como inviolável o sigilo da correspondência e proíbe qualquer intervenção nos serviços postais e de telegramas
Terra
E-mail deve ser extinto até 2015, diz especialista
"A comunicação é muito melhor compartilhada por meio de comunidades", garantiu
As empresas de telefonia praticamente ignoram este fato e supõem que todos os consumidores são profissionais de tecnologia. É como um exame de saúde. Alguns só o médico pode traduzir aqueles termos científicos. Mas a quem recorrer na hora de escolher um novo aparelho? Na maioria das vezes o vendedor entende muito menos que você. Ele enrola, só está lá para vender.
Por isso, antes de você fazer uma escolha errada, e encher o bolso dos fabricantes e operadoras, pesquise e converse com amigos que entendam do assunto.
Globalização do consumo
Há poucos meses, em Brasília, surgiu este tema para comentarmos numa roda de colegas de trabalho. Minha opinião foi, claro, a globalização trouxe inúmeros benefícios ao consumidor através do acesso facilitado à modernidade, mas a que custo?
A ganância das grandes empresas com as inúmeras novidades lançadas ao mercado, e que são tentadoras, gerou um consumo desenfreado poucas vezes visto.
Hoje percebe-se uma certa ansiedade das pessoas em adquirir certos produtos assim que eles são divulgados. Nem sequer refletem sobre a verdadeira questão antes de uma compra: mas é disso que eu preciso?
Há, por exemplo, celulares caríssimos no mercado com inúmeras funções onde o sujeito nem sequer sabe para que servem. Esse é um que foi fisgado pela bonita publicidade veiculada e pelo amigo que tinha um igual e ele não quis ‘ficar para trás’.
Bom, e assim as empresas e lojas continuam lucrando com suas siglas e tentações tecnológicas.
Não sou contra comprar um belo equipamento se você deseja tê-lo. Eu também trocarei meu simplório celular um dia por um mais moderno. Mas precisa fazer fila para o IPhone? As empresas adoram isso, quanto mais demanda e correria maior o preço. Não faça o jogo deles. É bom, de vez em quando, definir prioridades em sua vida.
Enquanto isso, este blog dá uma humilde colaboração através de matérias publicadas na imprensa. Acompanhe, atualize-se e escolha certo!
Folha de S.Paulo
Por trás das tentações
Fique atento a limitações de produtos e serviços a preços baixos, que às vezes escondem recursos de menor qualidade
Correio Braziliense - DF
O barato que é caro
Chegada do iPhone 3G, celular mais badalado do momento, frusta pelo alto preço e pouca oferta. Operadoras dizem que, mesmo com subsídios, incidência de carga tributária aumenta o valor do produto
NIC.br
Internet pela tomada é mais barata e pode alcançar 200 Mbps
A democratização da internet nunca esteve tão próxima
Folha Online
Crise mundial deve fazer preço do computador subir até 15%
A previsão é da consultoria IDC, que já cogita revisar para baixo as expectativas de vendas de PCs para este ano
O Estado de S.Paulo
Microsoft promete versão mais ágil do Windows
O presidente-executivo da Microsoft, Steve Ballmer, atingiu com força o circuito de imprensa europeu
Empresas rastreiam imagem na web
Com o avanço das novas mídias, companhias monitoram suas marcas em sites, blogs e comunidades virtuais
Acesso à internet é mais caro no Brasil
Entre os emergentes, País é o que cobra maior preço de banda larga
Oi chega a SP com serviços gratuitos
Para conseguir uma boa base de clientes, empresa dará bônus diários
Ti Inside
Sujeito a aprovação popular
Até 2017 todo cidadão brasileiro deverá ter um novo documento de identificação civil baseado em um cartão em policarbonato dotado de um smart card
Agência Câmara
Projeto determina que e-mail corporativo não é sigiloso
A proposta muda a Lei dos Serviços Postais (Lei 6.538/78), que considera como inviolável o sigilo da correspondência e proíbe qualquer intervenção nos serviços postais e de telegramas
Terra
E-mail deve ser extinto até 2015, diz especialista
"A comunicação é muito melhor compartilhada por meio de comunidades", garantiu
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Seu direito garantido
O sistema eleitoral brasileiro é modelo para o mundo. A utilização de urnas eletrônicas, o rápido acesso às milhares de zonas eleitorais, a segurança empreendida, a rápida apuração dos votos e uma lei eleitoral direta e eficaz são exemplos até para as grandes potências. Aplausos!
Mas você já percebeu que este é um dos poucos, se não o único, direito da população que funciona corretamente? Compare este ‘serviço’ com o sistema de saúde publica, educação, transporte e principalmente segurança.
Pois é, para manter o sistema político em ordem e garantir que a máquina pública continue controlando nossas vidas e inflando os gastos nos gabinetes com o dinheiro arrecadado da população através das infinitas taxas, contribuições e impostos diretos e indiretos o esforço é válido.
Não é de espantar dois casos que vi recentemente de mães solitárias que lutam à margem da justiça para descobrir e prender os assassinos de suas filhas, já que a polícia praticamente abandonou ambos os casos.
Falando em eleições: foi muito boa a passagem do candidato Fernando Gabeira para o segundo turno no Rio de Janeiro, surpreendendo Marcelo Crivella, que ficou em terceiro lugar. Crivella quis aproveitar as obras do PAC nas comunidades do Rio para alçar o seu nome, mas se lascou. E ontem, no Jornal da Record, citaram os dois candidatos que irão disputar o segundo turno na cidade (Gabeira e Eduardo Paes), mas nem mencionou o nome de Crivella, diferentemente de outras capitais, onde foram citados até os colocados em quarto lugar. Pastor da Igreja Universal (dona da Record), acredito que a emissora não quis lembrar seu telespectador da derrota de seu aliado.
Mas você já percebeu que este é um dos poucos, se não o único, direito da população que funciona corretamente? Compare este ‘serviço’ com o sistema de saúde publica, educação, transporte e principalmente segurança.
Pois é, para manter o sistema político em ordem e garantir que a máquina pública continue controlando nossas vidas e inflando os gastos nos gabinetes com o dinheiro arrecadado da população através das infinitas taxas, contribuições e impostos diretos e indiretos o esforço é válido.
Não é de espantar dois casos que vi recentemente de mães solitárias que lutam à margem da justiça para descobrir e prender os assassinos de suas filhas, já que a polícia praticamente abandonou ambos os casos.
Falando em eleições: foi muito boa a passagem do candidato Fernando Gabeira para o segundo turno no Rio de Janeiro, surpreendendo Marcelo Crivella, que ficou em terceiro lugar. Crivella quis aproveitar as obras do PAC nas comunidades do Rio para alçar o seu nome, mas se lascou. E ontem, no Jornal da Record, citaram os dois candidatos que irão disputar o segundo turno na cidade (Gabeira e Eduardo Paes), mas nem mencionou o nome de Crivella, diferentemente de outras capitais, onde foram citados até os colocados em quarto lugar. Pastor da Igreja Universal (dona da Record), acredito que a emissora não quis lembrar seu telespectador da derrota de seu aliado.
Privada
No mínimo constrangedora a premiação da MTV na última quinta-feira. Não foi preciso assistir na íntegra para sentir a sensação de enjôo.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Dia da Secretária
O Dia da Secretária, comemorado hoje, é também uma data para lembrar a invenção da máquina de escrever. Sem ela, provavelmente, o computador como o conhecemos hoje não existiria. Curiosidade é que a sua comercialização foi impulsionada pela empresa de armas Remington, após o fim da Guerra de Secessão e sua consequente queda de demanda de rifles.
Durante a segunda fase da Revolução Industrial (fase esta iniciada em 1860), Christopher Sholes inventou um tipo de máquina de escrever. Sua filha - Lilian Sholes - testou tal invento, tornando-se a primeira mulher a escrever numa máquina, em público.
Lilian Sholes nasceu em 30 de setembro de 1850. Por ocasião do centenário de seu nascimento, as empresas fabricantes de máquinas de escrever fizeram diversas comemorações. Entre elas, concursos para escolher a melhor datilógrafa.
Fonte: FENASSEC, Federação Nacional das Secretárias e Secretários.
A invenção da máquina de escrever
Salvou uma fábrica de armas da falência e contribuiu para a emancipação feminina: não se pode conceber o mundo de hoje sem ela.
Durante a segunda fase da Revolução Industrial (fase esta iniciada em 1860), Christopher Sholes inventou um tipo de máquina de escrever. Sua filha - Lilian Sholes - testou tal invento, tornando-se a primeira mulher a escrever numa máquina, em público.
Lilian Sholes nasceu em 30 de setembro de 1850. Por ocasião do centenário de seu nascimento, as empresas fabricantes de máquinas de escrever fizeram diversas comemorações. Entre elas, concursos para escolher a melhor datilógrafa.
Fonte: FENASSEC, Federação Nacional das Secretárias e Secretários.
A invenção da máquina de escrever
Salvou uma fábrica de armas da falência e contribuiu para a emancipação feminina: não se pode conceber o mundo de hoje sem ela.
Sócio majoritário
Há três anos, mais ou menos, eu escrevi uma matéria de capa sobre este assunto e nada mudou. A carga de imposto no Brasil, em especial a embutida nos preços de produtos e serviços, continua absurdamente alta. Cada consumidor brasileiro é um sócio majoritário do governo, só que os lucros (serviços públicos de qualidade: saúde, educação, transportes, conservação de ruas e estradas, segurança...) não são distribuídos devidamente. Fica a pergunta: esta 'sociedade' é vantajosa?
Brasileiro trabalha cinco meses do ano para pagar impostos, diz pesquisa
157 dias de trabalho vão para o pagamento dos tributos
Brasileiro trabalha cinco meses do ano para pagar impostos, diz pesquisa
157 dias de trabalho vão para o pagamento dos tributos
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Grandes shows
Para quem gosta de boa música, São Paulo receberá grandes shows nos próximos meses, além da Madonna. A má notícia são os preços dos ingressos. Para o show do R.E.M., por exemplo, o mais barato (pista) sai por exorbitantes R$ 200! É o efeito 'carteirinha de estudante': quem não tem é obrigado a pagar o dobro para cobrir quem tem. E depois reclamam que tem falsificação de carteiras... Um preço desses é fora da realidade brasileira! Bom, pelo menos para mim. Mas enquanto houver demanda (alguém pode me explicar o motivo pelo qual os shows andam tão disputados?) o preço tende a subir.
Mas sou obrigado a ver o R.E.M., depois que perdi o show deles no último Rock in Rio. E que venham ainda The Cure e David Bowie! Vou ter que aplicar o dinheiro até lá...
ELE VEM
Elton John fará apresentações no Brasil em janeiro, no Rio e em São Paulo. E ontem a TV Globo fechou com os produtores dos shows a transmissão ao vivo para todo o país.
Com Paul Rodgers no vocal, Queen fará dois shows em SP
Ingressos devem começar a ser vendidos em 4 de outubro
Após meses de especulação, o Queen — que agora conta com Paul Rodgers nos vocais — confirmou que sua turnê não ficará restrita à Europa, e deve chegar à América do Sul em novembro. Em seu site oficial, a banda anunciou nesta quinta-feira dois shows em São Paulo, nos dias 26 e 27 de novembro, na Via Funchal. Chile e Argentina também entraram na agenda da banda.
É a primeira vez que o Queen vem à América Latina desde os anos 80, quando participou do Rock in Rio em 1985. O primeiro show acontecerá em Santiago, no Chile, em 19 de novembro. A Argentina é o próximo destino, quase 27 anos depois da última apresentação da banda em Buenos Aires, no estádio Velez Sarsfield. Lá, o show está marcado para o dia 21.
Os ingressos para ver o Queen em São Paulo começam a ser vendidos em 4 de outubro, segundo a página da banda na internet. Em nota, os músicos consideram que é provável que sejam anunciados mais shows no Brasil. Enquanto isso, a turnê Cosmos Rocks continua na Europa central até meados de outubro, e depois segue para a Grã-Bretanha, onde acontecerão 11 shows.
THE CULT
A banda britânica de hard rock, liderada pelo vocalista Ian Astbury e pelo guitarrista Billy Duffy volta ao Brasil para apresentar o álbum "Born Into This", de 2007, o primeiro desde seu retorno aos palcos em 2005. 08/10 - Credicard Hall (SP) -
De R$90 a R$250
Ingressos para os shows do R.E.M. em SP já estão à venda
Os ingressos para as apresentações que o grupo norte-americano R.E.M. fará em São Paulo já estão à venda. Os shows acontecem em 10 e 11 de novembro no Via Funchal e as entradas custam entre R$ 200 e R$ 500.
Formado em 1980, o R.E.M. promove seu mais recente disco autoral. "Accelerate" (2008). A banda é atualmente composta por Michael Stipe (voz), Mike Mills (baixo e guitarra) e Peter Buck (guitarra e bandolim)
Mas sou obrigado a ver o R.E.M., depois que perdi o show deles no último Rock in Rio. E que venham ainda The Cure e David Bowie! Vou ter que aplicar o dinheiro até lá...
ELE VEM
Elton John fará apresentações no Brasil em janeiro, no Rio e em São Paulo. E ontem a TV Globo fechou com os produtores dos shows a transmissão ao vivo para todo o país.
Com Paul Rodgers no vocal, Queen fará dois shows em SP
Ingressos devem começar a ser vendidos em 4 de outubro
Após meses de especulação, o Queen — que agora conta com Paul Rodgers nos vocais — confirmou que sua turnê não ficará restrita à Europa, e deve chegar à América do Sul em novembro. Em seu site oficial, a banda anunciou nesta quinta-feira dois shows em São Paulo, nos dias 26 e 27 de novembro, na Via Funchal. Chile e Argentina também entraram na agenda da banda.
É a primeira vez que o Queen vem à América Latina desde os anos 80, quando participou do Rock in Rio em 1985. O primeiro show acontecerá em Santiago, no Chile, em 19 de novembro. A Argentina é o próximo destino, quase 27 anos depois da última apresentação da banda em Buenos Aires, no estádio Velez Sarsfield. Lá, o show está marcado para o dia 21.
Os ingressos para ver o Queen em São Paulo começam a ser vendidos em 4 de outubro, segundo a página da banda na internet. Em nota, os músicos consideram que é provável que sejam anunciados mais shows no Brasil. Enquanto isso, a turnê Cosmos Rocks continua na Europa central até meados de outubro, e depois segue para a Grã-Bretanha, onde acontecerão 11 shows.
THE CULT
A banda britânica de hard rock, liderada pelo vocalista Ian Astbury e pelo guitarrista Billy Duffy volta ao Brasil para apresentar o álbum "Born Into This", de 2007, o primeiro desde seu retorno aos palcos em 2005. 08/10 - Credicard Hall (SP) -
De R$90 a R$250
Ingressos para os shows do R.E.M. em SP já estão à venda
Os ingressos para as apresentações que o grupo norte-americano R.E.M. fará em São Paulo já estão à venda. Os shows acontecem em 10 e 11 de novembro no Via Funchal e as entradas custam entre R$ 200 e R$ 500.
Formado em 1980, o R.E.M. promove seu mais recente disco autoral. "Accelerate" (2008). A banda é atualmente composta por Michael Stipe (voz), Mike Mills (baixo e guitarra) e Peter Buck (guitarra e bandolim)
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Dia do Rádio
Não posso deixar passar em branco esta data comemorativa ao melhor veículo de comunicação já inventado. E nesta história, mais uma vez, um brasileiro foi deixado de lado como pioneiro da invenção, o padre Roberto Landell.
No dia 25 de setembro, data do nascimento de Roquete Pinto - o "Pai do Rádio Brasileiro" -, comemora-se o Dia do Rádio. Em 1923, Roquete fundou a primeira emissora do país, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Era uma fase experimental do veículo, sem grandes avanços tecnológicos.
A primeira transmissão radiofônica em terras brasileiras, no entanto, já havia ocorrido no ano anterior, mais precisamente em 7 de setembro de 1922, na comemoração do centenário da independência brasileira. Na ocasião, uma estação de rádio foi instalada no Corcovado, no Rio de Janeiro, para a veiculação de músicas e do discurso do então presidente Epitácio Pessoa.
De lá para cá, muita coisa mudou: das interferências e ruídos dos primeiros aparelhos de rádio (pesados, enormes e à válvula) aos pequenos, leves e modernos rádios de transistores. A década de 1950 foi marcada pela consolidação do veículo como meio de comunicação. Em 1968, surgiram as primeiras emissoras de freqüência modulada (FM).
O inventor do rádio foi o italiano Guglielmo Marconi, que criou o seu "telégrafo sem fio", um modelo inicial que se desenvolveu até o sistema que conhecemos hoje. Em 1896, Marconi demonstrou a eficiência de seu aparelho numa transmissão na Inglaterra, do terraço do English Telegraphy Office para a colina de Salisbury. Ganhou do governo da Itália uma patente pela sua criação.
A história também cogita que um padre brasileiro, Roberto Landell de Moura, tivesse sido o inventor do rádio. Em 1894, Roberto havia desenvolvido aparelho semelhante e efetuado a emissão e recepção de sinais a uma distância de oito quilômetros, do bairro de Santana para os altos da avenida Paulista, em São Paulo.
Fanáticos religiosos, contudo, cientes de que o padre brasileiro tinha pactos com o demônio, destruíram seu aparelho e suas anotações, o que atrasou o reconhecimento de sua criação pelas autoridades científicas. Só em 1900 Roberto conseguiu fazer uma demonstração pública de seu invento. (IBGE)
No dia 25 de setembro, data do nascimento de Roquete Pinto - o "Pai do Rádio Brasileiro" -, comemora-se o Dia do Rádio. Em 1923, Roquete fundou a primeira emissora do país, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Era uma fase experimental do veículo, sem grandes avanços tecnológicos.
A primeira transmissão radiofônica em terras brasileiras, no entanto, já havia ocorrido no ano anterior, mais precisamente em 7 de setembro de 1922, na comemoração do centenário da independência brasileira. Na ocasião, uma estação de rádio foi instalada no Corcovado, no Rio de Janeiro, para a veiculação de músicas e do discurso do então presidente Epitácio Pessoa.
De lá para cá, muita coisa mudou: das interferências e ruídos dos primeiros aparelhos de rádio (pesados, enormes e à válvula) aos pequenos, leves e modernos rádios de transistores. A década de 1950 foi marcada pela consolidação do veículo como meio de comunicação. Em 1968, surgiram as primeiras emissoras de freqüência modulada (FM).
O inventor do rádio foi o italiano Guglielmo Marconi, que criou o seu "telégrafo sem fio", um modelo inicial que se desenvolveu até o sistema que conhecemos hoje. Em 1896, Marconi demonstrou a eficiência de seu aparelho numa transmissão na Inglaterra, do terraço do English Telegraphy Office para a colina de Salisbury. Ganhou do governo da Itália uma patente pela sua criação.
A história também cogita que um padre brasileiro, Roberto Landell de Moura, tivesse sido o inventor do rádio. Em 1894, Roberto havia desenvolvido aparelho semelhante e efetuado a emissão e recepção de sinais a uma distância de oito quilômetros, do bairro de Santana para os altos da avenida Paulista, em São Paulo.
Fanáticos religiosos, contudo, cientes de que o padre brasileiro tinha pactos com o demônio, destruíram seu aparelho e suas anotações, o que atrasou o reconhecimento de sua criação pelas autoridades científicas. Só em 1900 Roberto conseguiu fazer uma demonstração pública de seu invento. (IBGE)
Esgota-se a primeira tiragem do livro mais caro do mundo
Que tal este livro na sua prateleira?
A primeira tiragem do livro contemporâneo mais caro do mundo, "Michelangelo - La Dotta Mano" ("Michelangelo - A Mão Sábia", em tradução literal), que custa 100 mil euros (R$ 265 mil), se esgotou cerca de um mês após seu lançamento. Os 33 exemplares foram vendidos a colecionadores particulares europeus e americanos.
A primeira tiragem do livro contemporâneo mais caro do mundo, "Michelangelo - La Dotta Mano" ("Michelangelo - A Mão Sábia", em tradução literal), que custa 100 mil euros (R$ 265 mil), se esgotou cerca de um mês após seu lançamento. Os 33 exemplares foram vendidos a colecionadores particulares europeus e americanos.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
O vírus fascista
Por Luiz Felipe Pondé
NUNCA ACREDITEI na "política". Sempre suspeitei de grande parte dos colegas na faculdade que tinham "consciência política". Muitos deles eram maus alunos que aproveitavam a "missão" de salvar o mundo para matarem as aulas. No cotidiano invisível das relações humanas, manipulavam os colegas para seus fins políticos. Evidentemente que alguns eram pessoas de boa fé.
Falas como "o pensar para o coletivo" sempre me pareceram modos sofisticados de servir a uma certa farsa. O "pensar para o coletivo" adora burocracias e autos-de-fé. Essas palavras são ditas contra quem é mais livre do que a "consciência política" gosta. O espírito coletivo detesta a liberdade. E a liberdade não é necessariamente bela.
Esse sentimento se revelou uma consciência filosófica diante do fascismo. Hoje sei que, como me disse certa feita o filósofo alemão Peter Sloterdijk numa conversa regada a vinho, charutos, cachimbos e um delicioso frango que sua esposa faz, "não se enganem, ninguém venceu o fascismo". E por quê?
O fascismo está inscrito na relação entre o Estado moderno e as tentativas de "construção política da vida correta e do bem-estar social". Por isso sua íntima e bem-sucedida relação com a propaganda para "conscientização das massas". Um exemplo de fascismo é o constrangimento do idioma pelo "politicamente correto".
O fascismo não é uma marca restrita de Mussolini, Fidel Castro, Stalin ou Hitler. Essa é sua versão totalitária. O fascismo é um traço da sociedade moderna na "sua forma de construir um mundo melhor" por meio da máquina do Estado e das políticas públicas que moldam os comportamentos. Explico-me: quando o coletivo age moralmente, ele é sempre fascista. Não importa se seus representantes são eleitos ou impostos diretamente pela força. O poder, às vezes desastroso, criado pela ciência e pela técnica é vastamente investigado pela história. A crescente burocracia do Estado moderno merece a mesma "desconfiança" porque ela parece querer controlar os mínimos detalhes da vida, distribuindo o "Bem". Não sabemos o que é "o Bem", por isso devemos conviver com práticas diversas "dele". Entre a ciência, os tribunais, os sistemas de comunicação e de controle burocrático, a liberdade desaparece quando o Estado se faz "agente moral".
A soma disso nos leva ao controle dos comportamentos. Há sempre uma relação explosiva entre a intenção de eficácia social e o risco fascista. Quando a política vira moral, estamos diante desse risco. O Estado hoje entra na sua vida na velocidade da luz. O próximo passo é entrar na sua alma, na sua cama, no seu amor, na criação dos seus filhos, na sua fé e na sua boca. O governo não deve fazer cartilhas "éticas". Aléxis de Tocqueville no seu magistral livro "Democracia na América", antídoto contra a fé cega na democracia, nos chama a atenção para os "detalhes da liberdade". Defendemos mais a liberdade quando impedimos que o governo entre no cotidiano das pessoas (família, escola, igrejas, sentimentos, virtudes e vícios) do que quando definimos "A Liberdade" em grandes idéias ou políticas públicas.
Quanto mais "cega" é a política para os detalhes da vida, menos perniciosa ela é. A tendência à "tirania dos detalhes" é típica do Estado democrático porque ele se acha um representante legítimo das pessoas (a maioria o elegeu), por isso pensa que deve "definir" o cotidiano delas. Seu modo de legitimação produz sua forma de tirania invisível. A mania pela saúde, pelo bem comum, pela igualdade, pelo novo, pela construção social de hábitos saudáveis de vida, o ódio à religião (competidora do Estado moderno pela educação das almas) são paixões ancestrais do fascismo. Típico do espírito fascista é seu amor puritano pela "humanidade correta" ao mesmo tempo em que detesta a diversidade promíscua dos seres humanos.
Por isso sua vocação para idéia de "higiene científica e política da vida": supressão de hábitos "irracionais", criação de comportamentos "que agregam valor político, científico e social". O imperativo "seja saudável" pode adoecer uma pessoa. Na democracia o fascismo pode ser invisível como um vírus.
Quer um exemplo da contaminação? Votemos uma lei: mesmo em casa não se pode fumar. Afinal, como ficam os pulmões dos vizinhos? Que tal uma campanha nas escolas para as crianças denunciarem seus pais fumantes?
Luiz Felipe Pondé é filósofo
luiz.ponde@grupofolha.com.br
(Folha de S.Paulo/Ilustrada/22.09.08)
NUNCA ACREDITEI na "política". Sempre suspeitei de grande parte dos colegas na faculdade que tinham "consciência política". Muitos deles eram maus alunos que aproveitavam a "missão" de salvar o mundo para matarem as aulas. No cotidiano invisível das relações humanas, manipulavam os colegas para seus fins políticos. Evidentemente que alguns eram pessoas de boa fé.
Falas como "o pensar para o coletivo" sempre me pareceram modos sofisticados de servir a uma certa farsa. O "pensar para o coletivo" adora burocracias e autos-de-fé. Essas palavras são ditas contra quem é mais livre do que a "consciência política" gosta. O espírito coletivo detesta a liberdade. E a liberdade não é necessariamente bela.
Esse sentimento se revelou uma consciência filosófica diante do fascismo. Hoje sei que, como me disse certa feita o filósofo alemão Peter Sloterdijk numa conversa regada a vinho, charutos, cachimbos e um delicioso frango que sua esposa faz, "não se enganem, ninguém venceu o fascismo". E por quê?
O fascismo está inscrito na relação entre o Estado moderno e as tentativas de "construção política da vida correta e do bem-estar social". Por isso sua íntima e bem-sucedida relação com a propaganda para "conscientização das massas". Um exemplo de fascismo é o constrangimento do idioma pelo "politicamente correto".
O fascismo não é uma marca restrita de Mussolini, Fidel Castro, Stalin ou Hitler. Essa é sua versão totalitária. O fascismo é um traço da sociedade moderna na "sua forma de construir um mundo melhor" por meio da máquina do Estado e das políticas públicas que moldam os comportamentos. Explico-me: quando o coletivo age moralmente, ele é sempre fascista. Não importa se seus representantes são eleitos ou impostos diretamente pela força. O poder, às vezes desastroso, criado pela ciência e pela técnica é vastamente investigado pela história. A crescente burocracia do Estado moderno merece a mesma "desconfiança" porque ela parece querer controlar os mínimos detalhes da vida, distribuindo o "Bem". Não sabemos o que é "o Bem", por isso devemos conviver com práticas diversas "dele". Entre a ciência, os tribunais, os sistemas de comunicação e de controle burocrático, a liberdade desaparece quando o Estado se faz "agente moral".
A soma disso nos leva ao controle dos comportamentos. Há sempre uma relação explosiva entre a intenção de eficácia social e o risco fascista. Quando a política vira moral, estamos diante desse risco. O Estado hoje entra na sua vida na velocidade da luz. O próximo passo é entrar na sua alma, na sua cama, no seu amor, na criação dos seus filhos, na sua fé e na sua boca. O governo não deve fazer cartilhas "éticas". Aléxis de Tocqueville no seu magistral livro "Democracia na América", antídoto contra a fé cega na democracia, nos chama a atenção para os "detalhes da liberdade". Defendemos mais a liberdade quando impedimos que o governo entre no cotidiano das pessoas (família, escola, igrejas, sentimentos, virtudes e vícios) do que quando definimos "A Liberdade" em grandes idéias ou políticas públicas.
Eu sempre desconfiei da "consciência política" porque ela detesta a liberdade
Quanto mais "cega" é a política para os detalhes da vida, menos perniciosa ela é. A tendência à "tirania dos detalhes" é típica do Estado democrático porque ele se acha um representante legítimo das pessoas (a maioria o elegeu), por isso pensa que deve "definir" o cotidiano delas. Seu modo de legitimação produz sua forma de tirania invisível. A mania pela saúde, pelo bem comum, pela igualdade, pelo novo, pela construção social de hábitos saudáveis de vida, o ódio à religião (competidora do Estado moderno pela educação das almas) são paixões ancestrais do fascismo. Típico do espírito fascista é seu amor puritano pela "humanidade correta" ao mesmo tempo em que detesta a diversidade promíscua dos seres humanos.
Por isso sua vocação para idéia de "higiene científica e política da vida": supressão de hábitos "irracionais", criação de comportamentos "que agregam valor político, científico e social". O imperativo "seja saudável" pode adoecer uma pessoa. Na democracia o fascismo pode ser invisível como um vírus.
Quer um exemplo da contaminação? Votemos uma lei: mesmo em casa não se pode fumar. Afinal, como ficam os pulmões dos vizinhos? Que tal uma campanha nas escolas para as crianças denunciarem seus pais fumantes?
Luiz Felipe Pondé é filósofo
luiz.ponde@grupofolha.com.br
(Folha de S.Paulo/Ilustrada/22.09.08)
domingo, 21 de setembro de 2008
Diferentes até no stress
Todo mundo sabe, ou quase todos, que a convivência a dois é um dom para poucas pessoas. O modo de ver o mundo e lidar com os conflitos varia muito a partir da cultura e formação familiar e social de cada indivíduo. Para aliar estas diferenças no convívio diário entre casais diante, principalmente, de situações inusitadas é muito difícil.
Leia a matéria publicada na revista Isto É desta semana:
Ciência descobre por que homens e mulheres reagem de maneira oposta diante das tensões e aponta estratégias para diminuir os conflitos
Leia a matéria publicada na revista Isto É desta semana:
Ciência descobre por que homens e mulheres reagem de maneira oposta diante das tensões e aponta estratégias para diminuir os conflitos
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
O Estado de S.Paulo
Internet ruim e cara
Baixa qualidade e tarifa exagerada são duas das conseqüências mais notórias do rápido aumento do número de internautas que utilizam a banda larga e da falta de concorrência
Terra
Fim da Internet seria pior que aquecimento global
A afirmação surgiu a partir da discussão sobre "TI verde", uma tendência que ganha cada vez mais espaço entre as empresas
Internet ruim e cara
Baixa qualidade e tarifa exagerada são duas das conseqüências mais notórias do rápido aumento do número de internautas que utilizam a banda larga e da falta de concorrência
Terra
Fim da Internet seria pior que aquecimento global
A afirmação surgiu a partir da discussão sobre "TI verde", uma tendência que ganha cada vez mais espaço entre as empresas
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Mini clipping
Há quase 10 anos realizo, além de outros trabalhos, serviços de clipping. A arte de selecionar as notícias de interesse para determinadas pessoas e empresas mudou com o tempo. Lembro-me dos inúmeros recortes, colagens e cópias para distribuir o clipping impresso em vários setores de um órgão público. Parecia uma aula de educação artística.
Hoje as coisas mudaram e praticamente todo o serviço é feito pela Internet e enviado por e-mail, dispensando o uso de papel.
Fico por volta de oito horas por dia ‘caçando’ notícias pela web e vou publicar algumas neste blog. Claro, de interesse o mais geral possível, afinal este documento para ler e discutir está aberto para qualquer assunto. Boa informação nunca é demais!
Folha Online
Criador da web pede para que internautas fiquem atentos aos boatos virtuais
Ele também criticou o uso da rede por seitas para propagarem suas idéias
IDG Now!
Uso pessoal da web no trabalho pode aumentar produtividade, diz estudo
Uso da internet no trabalho para fins pessoais por até 1 hora e 15 minutos ao dia é considerado aceitável por funcionários
Velocidade de banda larga do Brasil fica em 38º lugar entre 42 países
Países como Japão, Holanda e Suécia superam a velocidade ideal que, para download, é de 3,75 Mbps e, upload, 1 Mbps, diz estudo
Hoje as coisas mudaram e praticamente todo o serviço é feito pela Internet e enviado por e-mail, dispensando o uso de papel.
Fico por volta de oito horas por dia ‘caçando’ notícias pela web e vou publicar algumas neste blog. Claro, de interesse o mais geral possível, afinal este documento para ler e discutir está aberto para qualquer assunto. Boa informação nunca é demais!
Folha Online
Criador da web pede para que internautas fiquem atentos aos boatos virtuais
Ele também criticou o uso da rede por seitas para propagarem suas idéias
IDG Now!
Uso pessoal da web no trabalho pode aumentar produtividade, diz estudo
Uso da internet no trabalho para fins pessoais por até 1 hora e 15 minutos ao dia é considerado aceitável por funcionários
Velocidade de banda larga do Brasil fica em 38º lugar entre 42 países
Países como Japão, Holanda e Suécia superam a velocidade ideal que, para download, é de 3,75 Mbps e, upload, 1 Mbps, diz estudo
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Batata quente
E o assunto que dominou este blog durante algumas postagens virou capa da revista Época desta semana. O controle de nossas vidas pelo governo ainda vai ser pauta para muitas discussões.
Aliás, como citei a revista, vou aproveitar para congratular o diretor de redação e os jornalistas da publicação. Atualmente, na minha opinião, é a melhor das grandes revistas semanais que temos no mercado, a mais completa e variada em assuntos. E não estou aqui puxando o saco e nem ganhando nada com isso, mas, por eu acompanhar semanalmente as principais publicações nacionais por dever do ofício, é a melhor atualmente, independentemente de ser da Editora Globo. E quero ver alguém me apresentar uma revista que seja, no máximo, 90% isenta!
Aliás, como citei a revista, vou aproveitar para congratular o diretor de redação e os jornalistas da publicação. Atualmente, na minha opinião, é a melhor das grandes revistas semanais que temos no mercado, a mais completa e variada em assuntos. E não estou aqui puxando o saco e nem ganhando nada com isso, mas, por eu acompanhar semanalmente as principais publicações nacionais por dever do ofício, é a melhor atualmente, independentemente de ser da Editora Globo. E quero ver alguém me apresentar uma revista que seja, no máximo, 90% isenta!
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
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