terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Na casa do vizinho
Você com certeza conhece alguém que gosta de criticar e falar mal da sujeira dos outros e não limpa a sua própria cozinha. Pois é, com a imprensa é a mesma coisa (ah claro, com a oposição também).
Enquanto toda a imprensa do Brasil e do mundo noticiava a ‘encomenda’ recebida pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda para comprar panetones aos carentes, o jornal Correio Braziliense demorou quase uma semana para publicar alguma informação do caso. Muito estranho, até para um sujeito pacato como eu.
Em virtude de meu trabalho acesso diariamente os principais jornais do país e ele foi o único a se calar. Mas a estranheza se dissipou quando, ao pegar a revista Carta Capital de 29 de julho de 2009, à página 32, com o título ‘À base do incentivo’ uma matéria elucidava o caminho que o esquema tomaria até onde o conhecemos.
Arruda utilizou dinheiro público para assinar, ou contratar como queiram, sem licitação, assinaturas do Correio Braziliense e de publicações da editora Abril e Globo. Uma soma de R$ 8,3 milhões nas contas das empresas.
E no começo do mês, diante de dezenas de pedidos de entrevista, a quem ele escolheu? Ganha um panetone quem adivinhar!
Quem diria, um jornal que sempre pega no pé do Senado Federal, sempre denunciando falcatruas no âmbito federal. O cheiro de queimado é sempre na casa do vizinho!
Em entrevista exclusiva, Arruda diz que Roriz quer ganhar no tapetão
Cobertura do CB tem sujeito oculto
CB e o "silêncio dos culpados"
(Para este artigo, a resposta esta na reportagem da Carta Capital)
(Charge de Aliedo/A Charge Online)
Enquanto toda a imprensa do Brasil e do mundo noticiava a ‘encomenda’ recebida pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda para comprar panetones aos carentes, o jornal Correio Braziliense demorou quase uma semana para publicar alguma informação do caso. Muito estranho, até para um sujeito pacato como eu.
Em virtude de meu trabalho acesso diariamente os principais jornais do país e ele foi o único a se calar. Mas a estranheza se dissipou quando, ao pegar a revista Carta Capital de 29 de julho de 2009, à página 32, com o título ‘À base do incentivo’ uma matéria elucidava o caminho que o esquema tomaria até onde o conhecemos.
Arruda utilizou dinheiro público para assinar, ou contratar como queiram, sem licitação, assinaturas do Correio Braziliense e de publicações da editora Abril e Globo. Uma soma de R$ 8,3 milhões nas contas das empresas.
E no começo do mês, diante de dezenas de pedidos de entrevista, a quem ele escolheu? Ganha um panetone quem adivinhar!
Quem diria, um jornal que sempre pega no pé do Senado Federal, sempre denunciando falcatruas no âmbito federal. O cheiro de queimado é sempre na casa do vizinho!
Em entrevista exclusiva, Arruda diz que Roriz quer ganhar no tapetão
Cobertura do CB tem sujeito oculto
CB e o "silêncio dos culpados"
(Para este artigo, a resposta esta na reportagem da Carta Capital)
(Charge de Aliedo/A Charge Online)
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Adeus ao Alborghetti
Um dos criadores do estilo policianesco 'trash' na TV, Luiz Carlos Alborghetti morreu nesta quarta-feira (9). É um circo, como boa parte dos programas de TV, mas não deixa de ser um mestre do jornalismo sanguinário que, ao lado do jornal 'Notícias Populares', vai deixar saudades já que hoje o jornalismo anda chato demais...
Panico com Carlos Alborghetti
Vale a pena pesquisar o Alborghetti no Youtube. Há um vasto material.
Panico com Carlos Alborghetti
Vale a pena pesquisar o Alborghetti no Youtube. Há um vasto material.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Arruda nos outros é refresco...
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Esta apertado?
Bastam R$ 418 para criar igreja e se livrar de imposto
Após fundar igreja, reportagem da Folha abre conta bancária e faz aplicação isenta de IR
Além de vantagens fiscais, ministros religiosos têm direito a prisão especial e estão dispensados de prestar serviço militar
Veja aqui a matéria completa publicada na Folha de S.Paulo deste domingo (29).
Após fundar igreja, reportagem da Folha abre conta bancária e faz aplicação isenta de IR
Além de vantagens fiscais, ministros religiosos têm direito a prisão especial e estão dispensados de prestar serviço militar
Veja aqui a matéria completa publicada na Folha de S.Paulo deste domingo (29).
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Super show neste domingo!
Você escolhe: preferes perder tempo vendo futebol ou ver este sensacional show no próximo domingo?
TELEFÔNICA OPEN JAZZ PRESENTEIA PÚBLICO PAULISTANO COM SHOWS DE BUDDY GUY E DIANNE REEVES
Os dois ícones do jazz e do blues se apresentarão em evento cultural gratuito, no Parque da Independência, em São Paulo
Os paulistanos podem começar a se preparar para o que será um dos grandes eventos culturais de jazz em São Paulo. O Telefônica OPEN JAZZ 2009 chega à quarta edição, trazendo ao Brasil shows de Diane Reeves e Buddy Guy. O evento gratuito terá as duas estrelas da música internacional no palco do Parque da Independência, em São Paulo, dia 29 de novembro, domingo, a partir das 16 horas.
Esse ano, a primeira a se apresentar será Reeves, uma das mais notáveis e reconhecidas vocalistas de jazz no mundo e premiada por três vezes consecutivas com o Grammy de Melhor Performance Vocal de Jazz. Buddy, que figura no hall da fama do rock’n roll e é considerado por Eric Clapton o melhor guitarrista de blues vivo, entra na sequência, incluindo no repertório músicas do seu último álbum, ainda não lançado no Brasil, Skin Deep, além de diversos clássicos de sua trajetória musical.
O projeto Telefônica Open Jazz tem a curadoria artística de Zuza Homem de Mello, renomado musicólogo e jornalista, e é idealizado e produzido pela Dançar Marketing & Comunicações que conta com o patrocínio integral da Telefônica.
Telefônica OPEN JAZZ
Shows com Buddy Guy e Dianne Reeves
Entrada Franca
Data: 29/11/2009
Local: Parque da Independência
Endereço: Av Nazareth, s/n – Ipiranga. Entrada pela Rua dos Patriotas, Portão Principal
Horário: 16 horas
Capacidade: 25 mil pessoas
Assessoria Artística: Zuza Homem de Mello
Realização: Dançar Marketing & Comunicações
Patrocínio: Telefônica
TELEFÔNICA OPEN JAZZ PRESENTEIA PÚBLICO PAULISTANO COM SHOWS DE BUDDY GUY E DIANNE REEVES
Os dois ícones do jazz e do blues se apresentarão em evento cultural gratuito, no Parque da Independência, em São Paulo
Os paulistanos podem começar a se preparar para o que será um dos grandes eventos culturais de jazz em São Paulo. O Telefônica OPEN JAZZ 2009 chega à quarta edição, trazendo ao Brasil shows de Diane Reeves e Buddy Guy. O evento gratuito terá as duas estrelas da música internacional no palco do Parque da Independência, em São Paulo, dia 29 de novembro, domingo, a partir das 16 horas.
Esse ano, a primeira a se apresentar será Reeves, uma das mais notáveis e reconhecidas vocalistas de jazz no mundo e premiada por três vezes consecutivas com o Grammy de Melhor Performance Vocal de Jazz. Buddy, que figura no hall da fama do rock’n roll e é considerado por Eric Clapton o melhor guitarrista de blues vivo, entra na sequência, incluindo no repertório músicas do seu último álbum, ainda não lançado no Brasil, Skin Deep, além de diversos clássicos de sua trajetória musical.
O projeto Telefônica Open Jazz tem a curadoria artística de Zuza Homem de Mello, renomado musicólogo e jornalista, e é idealizado e produzido pela Dançar Marketing & Comunicações que conta com o patrocínio integral da Telefônica.
Telefônica OPEN JAZZ
Shows com Buddy Guy e Dianne Reeves
Entrada Franca
Data: 29/11/2009
Local: Parque da Independência
Endereço: Av Nazareth, s/n – Ipiranga. Entrada pela Rua dos Patriotas, Portão Principal
Horário: 16 horas
Capacidade: 25 mil pessoas
Assessoria Artística: Zuza Homem de Mello
Realização: Dançar Marketing & Comunicações
Patrocínio: Telefônica
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Será?
Quando se fala em futebol o lado animal vem à tona nas pessoas, como disse Juca Kfouri. Vejam as últimas declarações do antes contido Luiz Gonzaga Belluzzo, presidente do Palmeiras.
As pessoas acham um absurdo eu, como corintiano, defender que o meu time perca o próximo jogo contra o Flamengo para prejudicar o São Paulo no Campeonato Brasileiro.
Ora, além do jogo não valer nada para o Corinthians a questão de 'honra' é de uma estupidez e hipocrisia total. Os 'pseudos comentaristas', em especial os da Band, dizem que esse negócio de um time de futebol entregar o jogo não existe. Claro, e vou esperar o Papai Noel cair aqui no meu quintal neste Natal!
Esta animação do site Anima Tunes é para quem leva futebol muito a sério. Relaxe!
As pessoas acham um absurdo eu, como corintiano, defender que o meu time perca o próximo jogo contra o Flamengo para prejudicar o São Paulo no Campeonato Brasileiro.
Ora, além do jogo não valer nada para o Corinthians a questão de 'honra' é de uma estupidez e hipocrisia total. Os 'pseudos comentaristas', em especial os da Band, dizem que esse negócio de um time de futebol entregar o jogo não existe. Claro, e vou esperar o Papai Noel cair aqui no meu quintal neste Natal!
Esta animação do site Anima Tunes é para quem leva futebol muito a sério. Relaxe!
O que ensina a Filosofia
NÃO VIVA EM FUNÇÃO DA OPINIÃO ALHEIA
Sêneca, o filósofo romano, dizia que quem vive de acordo com as opiniões dos outros nunca será rico (em felicidade)
A VIRTUDE ESTÁ NO MEIO
É o que ensina Aristóteles. Não adianta ser tão corajoso a ponto de dizer tudo o que vem à mente para seu chefe, por exemplo. Tampouco ele recomenda ser covarde. Os dois extremos trarão infelicidade
"MEMENTO MORI"
Trata-se de uma expressão em latim que significa lembre-se de que você vai morrer. Pode parecer mórbido, mas, se todos os dias você se lembrar disso, não vai continuar cometendo os mesmos erros ou levando uma vida que não traz prazer
O IMPORTANTE É A JORNADA
Foi o que escreveu Marco Aurélio, imperador romano que se dedicou à filosofia. A ideia é viver cada momento da melhor maneira, sem se preocupar demais com o resultado
NEM TANTO AO MAR, NEM TANTO À TERRA
A felicidade está em saber lidar com os altos e baixos da vida, em não ficar tão feliz ou tão triste com os acontecimentos cotidianos. É mais um ensinamento de Sêneca. Quando algo muito bom acontece, é importante saber curtir sem explosões de euforia, assim como não se deve mergulhar na desolação diante de fatos desagradáveis. O equilíbrio diante de triunfos ou derrotas é fundamental, como ensinou Aristóteles
Sêneca, o filósofo romano, dizia que quem vive de acordo com as opiniões dos outros nunca será rico (em felicidade)
A VIRTUDE ESTÁ NO MEIO
É o que ensina Aristóteles. Não adianta ser tão corajoso a ponto de dizer tudo o que vem à mente para seu chefe, por exemplo. Tampouco ele recomenda ser covarde. Os dois extremos trarão infelicidade
"MEMENTO MORI"
Trata-se de uma expressão em latim que significa lembre-se de que você vai morrer. Pode parecer mórbido, mas, se todos os dias você se lembrar disso, não vai continuar cometendo os mesmos erros ou levando uma vida que não traz prazer
O IMPORTANTE É A JORNADA
Foi o que escreveu Marco Aurélio, imperador romano que se dedicou à filosofia. A ideia é viver cada momento da melhor maneira, sem se preocupar demais com o resultado
NEM TANTO AO MAR, NEM TANTO À TERRA
A felicidade está em saber lidar com os altos e baixos da vida, em não ficar tão feliz ou tão triste com os acontecimentos cotidianos. É mais um ensinamento de Sêneca. Quando algo muito bom acontece, é importante saber curtir sem explosões de euforia, assim como não se deve mergulhar na desolação diante de fatos desagradáveis. O equilíbrio diante de triunfos ou derrotas é fundamental, como ensinou Aristóteles
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Mundo à parte
Em um artigo publicado no jornal Brasil Econômico no último dia 7 de novembro, uma articulista se revolta com a preferência dos ‘idosos saudáveis' nas filas. Acho que para resolver a situação só uma mudança na lei para que somente as pessoas com saúde frágil tenham esse direito. Em cada comércio, banco e serviço público haverá um médico na fila para avaliar se o cidadão pode ou não ter preferência. Leia abaixo o artigo reproduzido na íntegra e, logo depois, a resposta publicada no dia 11.
Preferencialmente todos - exceto você
Mariella Lazaretti
Trabalho 12 horas por dia. Tenho filhos em faculdade, faço tripla jornada e pago impostos. Eu teria tudo para ser considerada uma pessoa legal. Mas não sou. Não estou grávida. Não tenho 65 anos. Não sou aposentada. Também não sou negra, para minha tristeza tenho lábios finos e não canto como a Aretha Franklin. Tampouco sou gay ou carrego qualquer ancestralidade indígena. Eu sou a megera da sociedade atual. Posto isto, pelo desabafo que farei e por tudo o mais que não sei bem o que é, peço desculpas.
Concluí recentemente que devo ter cochilado em alguma parte da história. De repente, de geração reprimida que aprendia Moral e Cívica na ditadura, que na vida adulta encarou presidentes como Itamar Franco e Sarney e nunca conseguiu um empréstimo de casa própria pelo BNH, despertei sendo tratada a pão e água pela antropologia moderna. Tudo acontece na minha vez. Primeiro a Aids, depois crise do papel (eu sendo jornalista), aí o lixo incontrolável do planeta, a contenção de energia e água, tsunamis, dilúvios e calores torrenciais dia sim dia não. Nem posso sonhar mais em ir para Indonésia. Sem falar que mudaram a fórmula do requeijão Poços de Caldas para uma gororoba insuportável num copo de plástico.
Quem é velho?
Minha geração cuspiu na cruz em alguma encarnação. Cadê a parte em que a gente se dá bem, tem privilégios de força ativa de produção, facilidades de empréstimos e cadeira cativa no estádio do time amado? Para ser bem tratado garantidamente neste milênio você precisa ser da turma da minoria – eis tudo! O que não é meu caso. Ontem no hipermercado, por exemplo. Rodei para achar uma vaga no estacionamento. Passei por 10 vagas preferenciais vazias – para deficientes físicos e para idosos. Os deficientes precisam de espaço especial, ninguém discute. Mas se é o carro que anda até encontrar vaga e não as pernas do idoso, não entendo qual é o problema de ele parar no mesmo lugar que eu.
Depois, na hora de pagar, havia 3 caixas preferenciais abertos e 4 para a maioria desprezível como eu, sendo que dois deles eram destinados aos com compras de até 10 unidades –gays provavelmente! Eu estava com 13 unidades. Faltou coragem de pedir que me passassem com 3 unidades a mais. Não consegui (aquelas malditas aulas de Moral e Cívica...). Eu tinha reunião, estava apressada. Confesso que pensei em me passar por grávida ou jurar que tinha 65 anos com muito botox.
Antes que eu leve ovos da turma chata politicamente, vou discorrer sobre alguns pontos. Outro dia ouvi meu vizinho de 74 anos vangloriar-se da caminhada de uma hora que faz toda manhã na pracinha perto de casa. Como então pode ser difícil caminhar cinco metros até a porta do supermercado? Ele mesmo se sente malandro e fica constrangido por isso. A questão básica aqui é: quem deve ser considerado velho? Pesquisas e o IBGE comprovam que o brasileiro tem permanecido ativo até muito mais tarde. O governo decreta que a aposentadoria vale a partir dos 65 anos. Logo, quem tem 65 não é idoso. Alguém vai me dizer que Roberto Carlos é idoso? Que Mick Jagger é velho e incapaz? Aquele sujeito que corre no palco feito um ganso bravo precisa de vaga especial no estacionamento? Tá. Depois, se é pra sair com uma mulher de 30,os sessentões espalham os fios de cabelo que restam, põem um cardigã no ombro e compram o álbum do White Stripes.
Mick Jagger corre feito um ganso bravo no palco. Merece vaga de idosos no estacionamento do supermercado?
Comigo aconteceu assim: fui trocar a passagem aérea de meu filho em um escritório da TAM. O local de atendimento era confortável. Pegamos uma senha e nos sentamos. Na nossa frente havia apenas um casal idoso, alquebrado. Ambos podiam até ter menos de 60 anos, mas era obrigatório que passassem na frente de todos. O número seguinte a estes dois seria o meu.
Eis que subitamente entra um homem muito bem apessoado. Cabelos brancos e bronzeado adquirido em veleiro próprio. Magro, lépido e elegante. Vejo-o dirigindo-se à única atendente disponível – a que seria minha em questão de minutos. Gentilmente pediu seus direitos de privilégio por idade. Fiquei na minha, mas não gostei. Em seguida, entra uma mulher, maquiada, sacudida, blusa de oncinha e roupa de yoga. Ela também fez o mesmo movimento para passar na minha frente. Meu sangue começou a ferver. Eram quatro da tarde. Eu tinha entrado naquela sala feliz da vida porque ia ser atendida em meia hora. Se a atendente tivesse bom senso teria me atendido primeiro. Afinal, a justificativa de se passar um idoso à frente é que, mediante limitações físicas visíveis, ele seja poupado da canseira de ficar em pé em uma fila enorme em lugares como o Banco do Brasil e Caixa Econômica. Não ali.
Fiz o que você já teve vontade de fazer algumas vezes. Eu questionei. Perguntei ao bonitão bronzeado se ele se achava velho. O cara se empertigou, mas sorriu envaidecido. Eu ainda disse: “Você é muito jovem pra usar a fila de idosos. Aposto que faz esporte!” Perguntei-lhe a idade, ao que ele discretamente declinou. Tudo bem, ele achou que eu estava dando mole. Disse isto pra mulher também, que quase saiu no braço comigo. O homem então tentou acalmar os ânimos e foi a ela dizer que me deixaria passar na frente ( Hã? Eu já estava na frente!) e que cederia o lugar dele a ela. Um cavalheiro acabado. Naquele momento ele tinha se livrado de uns 30 anos de vida. Era um homem feliz. Sei que meu comentário fez a semana dele melhor e que ele evitaria a tentação de usar caixas e vagas preferenciais depois disto. Ao menos não na presença de uma mulher mais nova, mesmo que integrante do tipo branca, não indígena e hetero como eu.
Resposta publicada no dia 11 de novembro. (clique para ampliar)
Preferencialmente todos - exceto você
Mariella Lazaretti
Trabalho 12 horas por dia. Tenho filhos em faculdade, faço tripla jornada e pago impostos. Eu teria tudo para ser considerada uma pessoa legal. Mas não sou. Não estou grávida. Não tenho 65 anos. Não sou aposentada. Também não sou negra, para minha tristeza tenho lábios finos e não canto como a Aretha Franklin. Tampouco sou gay ou carrego qualquer ancestralidade indígena. Eu sou a megera da sociedade atual. Posto isto, pelo desabafo que farei e por tudo o mais que não sei bem o que é, peço desculpas.
Concluí recentemente que devo ter cochilado em alguma parte da história. De repente, de geração reprimida que aprendia Moral e Cívica na ditadura, que na vida adulta encarou presidentes como Itamar Franco e Sarney e nunca conseguiu um empréstimo de casa própria pelo BNH, despertei sendo tratada a pão e água pela antropologia moderna. Tudo acontece na minha vez. Primeiro a Aids, depois crise do papel (eu sendo jornalista), aí o lixo incontrolável do planeta, a contenção de energia e água, tsunamis, dilúvios e calores torrenciais dia sim dia não. Nem posso sonhar mais em ir para Indonésia. Sem falar que mudaram a fórmula do requeijão Poços de Caldas para uma gororoba insuportável num copo de plástico.
Quem é velho?
Minha geração cuspiu na cruz em alguma encarnação. Cadê a parte em que a gente se dá bem, tem privilégios de força ativa de produção, facilidades de empréstimos e cadeira cativa no estádio do time amado? Para ser bem tratado garantidamente neste milênio você precisa ser da turma da minoria – eis tudo! O que não é meu caso. Ontem no hipermercado, por exemplo. Rodei para achar uma vaga no estacionamento. Passei por 10 vagas preferenciais vazias – para deficientes físicos e para idosos. Os deficientes precisam de espaço especial, ninguém discute. Mas se é o carro que anda até encontrar vaga e não as pernas do idoso, não entendo qual é o problema de ele parar no mesmo lugar que eu.
Depois, na hora de pagar, havia 3 caixas preferenciais abertos e 4 para a maioria desprezível como eu, sendo que dois deles eram destinados aos com compras de até 10 unidades –gays provavelmente! Eu estava com 13 unidades. Faltou coragem de pedir que me passassem com 3 unidades a mais. Não consegui (aquelas malditas aulas de Moral e Cívica...). Eu tinha reunião, estava apressada. Confesso que pensei em me passar por grávida ou jurar que tinha 65 anos com muito botox.
Se é para sair com
mulher de 30, os
sessentões espalham
os fios de cabelo que
restam, põem um
cardigã no ombro
e compram o álbum
do White Stripes
Antes que eu leve ovos da turma chata politicamente, vou discorrer sobre alguns pontos. Outro dia ouvi meu vizinho de 74 anos vangloriar-se da caminhada de uma hora que faz toda manhã na pracinha perto de casa. Como então pode ser difícil caminhar cinco metros até a porta do supermercado? Ele mesmo se sente malandro e fica constrangido por isso. A questão básica aqui é: quem deve ser considerado velho? Pesquisas e o IBGE comprovam que o brasileiro tem permanecido ativo até muito mais tarde. O governo decreta que a aposentadoria vale a partir dos 65 anos. Logo, quem tem 65 não é idoso. Alguém vai me dizer que Roberto Carlos é idoso? Que Mick Jagger é velho e incapaz? Aquele sujeito que corre no palco feito um ganso bravo precisa de vaga especial no estacionamento? Tá. Depois, se é pra sair com uma mulher de 30,os sessentões espalham os fios de cabelo que restam, põem um cardigã no ombro e compram o álbum do White Stripes.
Mick Jagger corre feito um ganso bravo no palco. Merece vaga de idosos no estacionamento do supermercado?
Comigo aconteceu assim: fui trocar a passagem aérea de meu filho em um escritório da TAM. O local de atendimento era confortável. Pegamos uma senha e nos sentamos. Na nossa frente havia apenas um casal idoso, alquebrado. Ambos podiam até ter menos de 60 anos, mas era obrigatório que passassem na frente de todos. O número seguinte a estes dois seria o meu.
Eis que subitamente entra um homem muito bem apessoado. Cabelos brancos e bronzeado adquirido em veleiro próprio. Magro, lépido e elegante. Vejo-o dirigindo-se à única atendente disponível – a que seria minha em questão de minutos. Gentilmente pediu seus direitos de privilégio por idade. Fiquei na minha, mas não gostei. Em seguida, entra uma mulher, maquiada, sacudida, blusa de oncinha e roupa de yoga. Ela também fez o mesmo movimento para passar na minha frente. Meu sangue começou a ferver. Eram quatro da tarde. Eu tinha entrado naquela sala feliz da vida porque ia ser atendida em meia hora. Se a atendente tivesse bom senso teria me atendido primeiro. Afinal, a justificativa de se passar um idoso à frente é que, mediante limitações físicas visíveis, ele seja poupado da canseira de ficar em pé em uma fila enorme em lugares como o Banco do Brasil e Caixa Econômica. Não ali.
Fiz o que você já teve vontade de fazer algumas vezes. Eu questionei. Perguntei ao bonitão bronzeado se ele se achava velho. O cara se empertigou, mas sorriu envaidecido. Eu ainda disse: “Você é muito jovem pra usar a fila de idosos. Aposto que faz esporte!” Perguntei-lhe a idade, ao que ele discretamente declinou. Tudo bem, ele achou que eu estava dando mole. Disse isto pra mulher também, que quase saiu no braço comigo. O homem então tentou acalmar os ânimos e foi a ela dizer que me deixaria passar na frente ( Hã? Eu já estava na frente!) e que cederia o lugar dele a ela. Um cavalheiro acabado. Naquele momento ele tinha se livrado de uns 30 anos de vida. Era um homem feliz. Sei que meu comentário fez a semana dele melhor e que ele evitaria a tentação de usar caixas e vagas preferenciais depois disto. Ao menos não na presença de uma mulher mais nova, mesmo que integrante do tipo branca, não indígena e hetero como eu.
Resposta publicada no dia 11 de novembro. (clique para ampliar)
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Quanto vale?
Eu gostaria que alguém me explicasse qual a metodologia usada por uma empresa para calcular o preço final do seu produto para o consumidor...
Quem vê cara.... Você não vê o nome Rolex no relógio ao lado, mas ele está no coração da máquina. Tudor é uma marca da fabricante suíça focada no público jovem e, portanto, mais "acessível." O apelo esportivo está presente nos modelos como Hydronaut II Chrono com pulseira de borracha, à prova d´água com alcance de 200 metros de profundidade. Será que os amantes da marca gostam de discrição? Chega agora ao Brasil por R$ 9315,08 (isso mesmo, não esqueça os oito centavos).
Fonte: Valor Econômico
Quem vê cara.... Você não vê o nome Rolex no relógio ao lado, mas ele está no coração da máquina. Tudor é uma marca da fabricante suíça focada no público jovem e, portanto, mais "acessível." O apelo esportivo está presente nos modelos como Hydronaut II Chrono com pulseira de borracha, à prova d´água com alcance de 200 metros de profundidade. Será que os amantes da marca gostam de discrição? Chega agora ao Brasil por R$ 9315,08 (isso mesmo, não esqueça os oito centavos).
Fonte: Valor Econômico
Mico durante a entrevista
Mais um mico ao vivo, desta vez internacional. Reparem na preocupação do gordinho...
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Repórteres batem boca por entrevista com secretário
Esse mico realmente eu nunca tinha visto.
Para quem não sabe na grande maioria das coletivas de imprensa a Globo não participa. Seus repórteres são orientados a realizar uma entrevista exclusiva com o entrevistado de preferência antes de todo mundo, muitas vezes em uma sala ou um canto longe de todos. Já cansei de ver isso. O principal personagem se atrasar para a própria coletiva porque esta 'atendendo' a Globo. E os pobres mortais esperando na sala principal do evento.
Enquanto rola a coletiva de fato a Globo já esta editando a matéria. Esperteza? Sim. Mas falta de respeito com todos os outros profissionais. É o "furar a fila". Mas neste caso a repórter da Record errou. Se houve um acordo antes entre a assessoria e a Globo ela não pode invadir o link de outra emissora.
Olha, sinceramente, trabalho de repórter, em especial o de televisão, é como urubu em cima de carniça.
Para quem não sabe na grande maioria das coletivas de imprensa a Globo não participa. Seus repórteres são orientados a realizar uma entrevista exclusiva com o entrevistado de preferência antes de todo mundo, muitas vezes em uma sala ou um canto longe de todos. Já cansei de ver isso. O principal personagem se atrasar para a própria coletiva porque esta 'atendendo' a Globo. E os pobres mortais esperando na sala principal do evento.
Enquanto rola a coletiva de fato a Globo já esta editando a matéria. Esperteza? Sim. Mas falta de respeito com todos os outros profissionais. É o "furar a fila". Mas neste caso a repórter da Record errou. Se houve um acordo antes entre a assessoria e a Globo ela não pode invadir o link de outra emissora.
Olha, sinceramente, trabalho de repórter, em especial o de televisão, é como urubu em cima de carniça.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Medo da competência
Diariamente acompanho pelos jornais as investidas da operadora espanhola Telefônica contra a entrada da francesa Vivendi no país, através da aquisição da GVT.
Fica nítida a intenção da Telefônica, ao adquirir a Telesp, em formar no território brasileiro uma reserva de mercado. O medo de uma concorrente de peso é evidente. Melhores preços e, principalmente, serviços e atendimento de qualidade são ameaças extremas ao reinado da Telefônica, que tanto fez, e faz, o consumidor sofrer (leia artigo anterior).
Abaixo, acompanhe o desespero da operadora e o release da Associação dos Consumidores ProTeste, publicada ontem (09).
Aumenta disputa pela GVT
Telefônica eleva oferta antes da reação da Vivendi e leilão da operadora vai para perto de R$ 7 bilhões
Bancos dão R$ 6 bi à Telefônica
Consórcio de quatro bancos financia compra da GVT com notas e debêntures
COMPRA DA GVT TRARÁ DANOS AO CONSUMIDOR, ALERTA PRO TESTE
A PRO TESTE Associação de Consumidores tendo em vista a anunciada aquisição da empresa GVT pela Telefonica, enviou Ofício à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para alertar sobre o risco de lesão irreparável para o consumidor, tendo em vista o aniquilamento de condições para a competição, e de perspectivas de redução de tarifas e preços, assim como de melhoria na qualidade dos serviços.
O temor da Associação é que os custos decorrentes da operação pretendida pela Telefonica, sejam repassados para os usuários. E a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não possui qualquer instrumento de controle para evitar esse dano.
A Associação destaca que diante dos interesses que estão em jogo, cabe ao Governo - utilizando os mecanismos jurídicos cabíveis - , exercer seu papel de formulador de políticas de telecomunicações junto com o Ministério das Comunicações, para evitar que a Anatel decida matéria de tamanha importância de forma burocrática, e sem o respaldo imprescindível de outros órgãos. Preocupa a informação de que a Telefonica estaria buscando recursos públicos no Banco do Brasil para a operação de aquisição.
A GVT é uma das únicas "empresas espelho" que cumpriu a finalidade prevista na Lei Geral de Telecomunicações, fazendo frente ao poder de mercado da concessionária na região sul do país. A empresa apresenta níveis de qualidade de serviço muito superiores às demais concessionárias de telefonia fixa, bem como os preços cobrados são mais baratos.
As concessionárias de telefonia fixa concentram hoje os mercados não só deste serviço, mas também o mercado de comunicação de dados, denominado de banda larga, o que tem significado enormes e incalculáveis prejuízos para a sociedade brasileira. No ano passado a fusão da Brasil Telecom com a Oi, já representou enorme prejuízo para o consumidor já que 97% do país passou a ser atendido por uma única concessionária.
A Telefônica, como observa Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da PRO TESTE, " tem se mostrado ineficiente no atendimento do importante e maior mercado de telecomunicações do país - o Estado de São Paulo, tanto no serviço de telefonia fixa, como no serviço de comunicação de dados". Tanto que a Anatel a proibiu de ofertar o serviço de banda larga Speedy no mês de agosto, até que fizesse um plano de melhoria do serviço disponibilizado.
Na avaliação da PRO TESTE, a empresa por conta das inúmeras e injustificadas interrupções na prestação dos serviços essenciais e de interesse coletivo, tem sido fortemente questionada quanto aos investimentos que diz ter realizado, uma vez que tem se valido de vultosos recursos obtidos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social - BNDES, sem oferecer à sociedade a contrapartida que legal e razoavelmente podemos esperar.
Hoje o consumidor se depara na área de telecomunicações com exorbitantes preços da telefonia móvel, responsáveis pelo País ocupar o penúltimo lugar no planeta em tráfego de voz nesta modalidade de serviço. Também é penalizado com exorbitantes preços do serviço de comunicação de dados, em descompasso com a baixíssima velocidade do provimento do serviço oferecido. Aliado a isso há péssimo atendimento aos consumidores para informação e solução dos problemas.
Como observa a PRO TESTE, a Anatel até agora não implementou as regras para compartilhamento das redes com os possíveis competidores, viabilizando que redes públicas sejam utilizadas ilegalmente em regime de exclusividade por empresas privadas, em detrimento de valores como a concorrência, modicidade tarifária, eficiência e universalização.
Fica nítida a intenção da Telefônica, ao adquirir a Telesp, em formar no território brasileiro uma reserva de mercado. O medo de uma concorrente de peso é evidente. Melhores preços e, principalmente, serviços e atendimento de qualidade são ameaças extremas ao reinado da Telefônica, que tanto fez, e faz, o consumidor sofrer (leia artigo anterior).
Abaixo, acompanhe o desespero da operadora e o release da Associação dos Consumidores ProTeste, publicada ontem (09).
Aumenta disputa pela GVT
Telefônica eleva oferta antes da reação da Vivendi e leilão da operadora vai para perto de R$ 7 bilhões
Bancos dão R$ 6 bi à Telefônica
Consórcio de quatro bancos financia compra da GVT com notas e debêntures
COMPRA DA GVT TRARÁ DANOS AO CONSUMIDOR, ALERTA PRO TESTE
A PRO TESTE Associação de Consumidores tendo em vista a anunciada aquisição da empresa GVT pela Telefonica, enviou Ofício à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para alertar sobre o risco de lesão irreparável para o consumidor, tendo em vista o aniquilamento de condições para a competição, e de perspectivas de redução de tarifas e preços, assim como de melhoria na qualidade dos serviços.
O temor da Associação é que os custos decorrentes da operação pretendida pela Telefonica, sejam repassados para os usuários. E a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não possui qualquer instrumento de controle para evitar esse dano.
A Associação destaca que diante dos interesses que estão em jogo, cabe ao Governo - utilizando os mecanismos jurídicos cabíveis - , exercer seu papel de formulador de políticas de telecomunicações junto com o Ministério das Comunicações, para evitar que a Anatel decida matéria de tamanha importância de forma burocrática, e sem o respaldo imprescindível de outros órgãos. Preocupa a informação de que a Telefonica estaria buscando recursos públicos no Banco do Brasil para a operação de aquisição.
A GVT é uma das únicas "empresas espelho" que cumpriu a finalidade prevista na Lei Geral de Telecomunicações, fazendo frente ao poder de mercado da concessionária na região sul do país. A empresa apresenta níveis de qualidade de serviço muito superiores às demais concessionárias de telefonia fixa, bem como os preços cobrados são mais baratos.
As concessionárias de telefonia fixa concentram hoje os mercados não só deste serviço, mas também o mercado de comunicação de dados, denominado de banda larga, o que tem significado enormes e incalculáveis prejuízos para a sociedade brasileira. No ano passado a fusão da Brasil Telecom com a Oi, já representou enorme prejuízo para o consumidor já que 97% do país passou a ser atendido por uma única concessionária.
A Telefônica, como observa Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da PRO TESTE, " tem se mostrado ineficiente no atendimento do importante e maior mercado de telecomunicações do país - o Estado de São Paulo, tanto no serviço de telefonia fixa, como no serviço de comunicação de dados". Tanto que a Anatel a proibiu de ofertar o serviço de banda larga Speedy no mês de agosto, até que fizesse um plano de melhoria do serviço disponibilizado.
Na avaliação da PRO TESTE, a empresa por conta das inúmeras e injustificadas interrupções na prestação dos serviços essenciais e de interesse coletivo, tem sido fortemente questionada quanto aos investimentos que diz ter realizado, uma vez que tem se valido de vultosos recursos obtidos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social - BNDES, sem oferecer à sociedade a contrapartida que legal e razoavelmente podemos esperar.
Hoje o consumidor se depara na área de telecomunicações com exorbitantes preços da telefonia móvel, responsáveis pelo País ocupar o penúltimo lugar no planeta em tráfego de voz nesta modalidade de serviço. Também é penalizado com exorbitantes preços do serviço de comunicação de dados, em descompasso com a baixíssima velocidade do provimento do serviço oferecido. Aliado a isso há péssimo atendimento aos consumidores para informação e solução dos problemas.
Como observa a PRO TESTE, a Anatel até agora não implementou as regras para compartilhamento das redes com os possíveis competidores, viabilizando que redes públicas sejam utilizadas ilegalmente em regime de exclusividade por empresas privadas, em detrimento de valores como a concorrência, modicidade tarifária, eficiência e universalização.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Notícias úteis de tecnologia
Abaixo, após uma bem selecionada coleta, notícias sobre tecnologia publicadas nas duas últimas semanas nos principais jornais brasileiros.
Folha de S.Paulo
Google lança ferramenta que vê histórico do internauta
Pelo serviço, os usuários vão poder editar e apagar informações
Associação pede investigação de investimento da Telefônica
Engenheiros questionam gastos de R$ 2,34 bi no balanço da empresa de 2008
A morte do e-mail
Cresce o número de internautas que usam as redes sociais para trocar mensagens, deixando em segundo plano o "velho" correio eletrônico
Kindle não ajudará jornais, diz especialista
Para diretor da Universidade Harvard, receita que empresas de mídia terão com leitor de livros eletrônicos será marginal
Valor Econômico
Windows 7 bate de longe vendas de seu antecessor
Desempenho inicial foi 234% maior em unidades vendidas
Redes sociais atraem interesse de companhias
Quem participa de redes sociais tem o hábito de acompanhar o que é publicado a seu respeito ou a respeito de alguma ideia defendida em seu espaço virtual
Aumenta disputa pela GVT
Telefônica eleva oferta antes da reação da Vivendi e leilão da operadora vai para perto de R$ 7 bilhões
Teles reivindicam participação na banda H
Anatel quer estimular entrada de mais investimentos com licitação de nova frequência para 3G
No Brasil, já faltam áreas para instalar centros de dados
Demanda aquecida e requisitos técnicos dificultam tarefa de encontrar local adequado
Na Vivendi, clima é de suspense e surpresa
Para franceses, que disputam a GVT com a Telefônica, acolhida no país poderia ter sido mais calorosa
Endereços on-line podem incluir 16 novos alfabetos
Internet: Icann, órgão que administra a web, estuda o uso de idiomas como o chinês e o cirílico em domínios
Correio Braziliense – DF
Tudo a favor da maré
Nova ferramenta do Google, o Wave, quer substituir o correio eletrônico integrando mensagens instantâneas, blogs, redes sociais e compartilhamento de vários tipos de mídia
Seu micro é compatível com o novo sistema?
Se você está tentado a migrar para o novo Windows 7, é bom fazer alguns testes de compatibilidade antes de investir no novo sistema operacional
Promessa não cumprida
O Kindle, leitor eletrônico de livros comercializado pela Amazon em escala mundial, prometia ser ainda mais fácil, simples, usual. Mas não é bem assim
Boas maneiras para o mundo moderno
Celulares, notebooks, MP3 players, redes sociais. Veja como utilizar todas essas ferramentas dos novos tempos sem passar por qualquer saia justa
O Estado de S.Paulo
Brasileiro prepara plano de Obama
Carlos Kirjner, que mora há 20 anos nos EUA, lidera equipe que estuda alternativas para avanço da banda larga
Orkut muda para enfrentar o Facebook
Rede social mais popular do País, que pertence ao Google, lança nova versão e promete acesso mais fácil e mais rápido
Na China, iPhone chega sem Wi-Fi
Telefone ganhou apelido de 'eunuco'
Telefônica vincula banda larga popular a telefone
Empresa quer vender pacote mais barato somente para quem já é cliente na telefonia fixa
Estatal de internet banda larga deve mesmo sair do papel
Técnicos dizem que estatal atuaria no atacado e que atendimento do cliente final ficaria com a iniciativa privada
Folha de S.Paulo
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Pelo serviço, os usuários vão poder editar e apagar informações
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Valor Econômico
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No Brasil, já faltam áreas para instalar centros de dados
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Correio Braziliense – DF
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Seu micro é compatível com o novo sistema?
Se você está tentado a migrar para o novo Windows 7, é bom fazer alguns testes de compatibilidade antes de investir no novo sistema operacional
Promessa não cumprida
O Kindle, leitor eletrônico de livros comercializado pela Amazon em escala mundial, prometia ser ainda mais fácil, simples, usual. Mas não é bem assim
Boas maneiras para o mundo moderno
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O Estado de S.Paulo
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Empresa quer vender pacote mais barato somente para quem já é cliente na telefonia fixa
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terça-feira, 3 de novembro de 2009
Morre aos 100 anos o antropólogo Lévi-Strauss
Quero registrar o falecimento deste grande pensador.
Ele me foi apresentado no início da universidade mas como a abordagem foi tímida e superficial (como era de costume) resolvi me aprofundar mais. Não li, ainda, todas as suas obras, mas o bastante para influenciar a minha formação.
Sempre considerei egocêntrica a visão de que o homem é o centro do universo e acima de todos os outros seres. Ele é fruto de uma 'evolução', cuja linguagem, comunicação e cultura o diferenciou dos demais, para o bem e para o mal.
As pessoas que não respeitam o meio ambiente e nem o seu próximo, que tem idéias 'revolucionárias', gosto pelo poder, egoístas, e se consideram melhores e mais inteligentes do que as outras deveriam pensar muito bem.
Não são nada e se consideram tudo. São sim um cisco no Universo que, caso se esqueçam, não tem fim.
Ainda vou escrever meu próprio ensaio sobre o papel do ser humano neste mundo, suas consequencias e destino. Nada de egocentrismo, apenas uma singela visão.
O etnólogo e antropólogo estruturalista belga Claude Lévi-Strauss morreu na noite de sábado para domingo (1º) aos 100 anos, de acordo com um porta-voz da Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais de Paris, na França.
Ele me foi apresentado no início da universidade mas como a abordagem foi tímida e superficial (como era de costume) resolvi me aprofundar mais. Não li, ainda, todas as suas obras, mas o bastante para influenciar a minha formação.
Sempre considerei egocêntrica a visão de que o homem é o centro do universo e acima de todos os outros seres. Ele é fruto de uma 'evolução', cuja linguagem, comunicação e cultura o diferenciou dos demais, para o bem e para o mal.
As pessoas que não respeitam o meio ambiente e nem o seu próximo, que tem idéias 'revolucionárias', gosto pelo poder, egoístas, e se consideram melhores e mais inteligentes do que as outras deveriam pensar muito bem.
Não são nada e se consideram tudo. São sim um cisco no Universo que, caso se esqueçam, não tem fim.
Ainda vou escrever meu próprio ensaio sobre o papel do ser humano neste mundo, suas consequencias e destino. Nada de egocentrismo, apenas uma singela visão.
O etnólogo e antropólogo estruturalista belga Claude Lévi-Strauss morreu na noite de sábado para domingo (1º) aos 100 anos, de acordo com um porta-voz da Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais de Paris, na França.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
36ª ICANN na cidade de Seoul – Coréia do Sul
Meu amigo Nivaldo Cleto, empresário, membro do Comitê Gestor da Internet do Brasil – CGI.br e um verdadeiro seguidor das tendências tecnológicas esta neste momento em Seul acompanhando o 36ª ICANN, um evento que reúne membros de diversos países para discutir o sistema global de anúncios e distribuição de nomes de domínios e números de IP (Internet Protocol). Acompanhe o evento aqui.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Monte Olimpo e Pira
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Nem a pau Juvenal !
Essa pérola foi publicada no Valor Econômico no último dia 08.10 e eu não poderia deixar passar, apesar de ter demorado para postar. Parece que em virtude da insistente negativa de entrevista, o jornalista ficou impaciente:
"A expectativa da Telefônica é conseguir aprovação da Anatel para o negócio - condição para realização da oferta - em 45 dias. O pedido da Vivendi sobre a compra da GVT chegou à Anatel no dia 1º deste mês. A primeira reunião do conselho depois do pedido é a de amanhã, mas o tema não está na pauta. Por enquanto, ele é analisado pela Superintendência de Serviços Públicos, que é chefiada pelo interino Fernando Antônio França Pádua (que não fala nem a pau). E a Anatel ainda não recebeu nenhum pedido da Telefônica."
Veja aqui matéria completa.
"A expectativa da Telefônica é conseguir aprovação da Anatel para o negócio - condição para realização da oferta - em 45 dias. O pedido da Vivendi sobre a compra da GVT chegou à Anatel no dia 1º deste mês. A primeira reunião do conselho depois do pedido é a de amanhã, mas o tema não está na pauta. Por enquanto, ele é analisado pela Superintendência de Serviços Públicos, que é chefiada pelo interino Fernando Antônio França Pádua (que não fala nem a pau). E a Anatel ainda não recebeu nenhum pedido da Telefônica."
Veja aqui matéria completa.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Novo jornal no mercado
Um novo jornal de economia foi lançado no país na semana passada. Em formato standard, Brasil Econômico é a versão brasileira do Diário Económico, de Portugal, editado pelo grupo português Ongoing.
Foi difícil de achá-lo em bancas no início mas agora parece que esta bem mais distribuído. Estranho ao nosso costume, além de standard ele tem a cor salmão e as matérias são curtas, de rápida leitura. O formato me agrada muito pois é possível você ler em qualquer ambiente sem aquela bagunça toda de folhas de jornais dobradas e caindo ao chão, principalmente em lugares públicos. Veremos, mas em termos de matérias com mais aprofundamento ainda fica devendo.
O presidente Lula enviou carta parabenizando pelo lançamento: "Quando nasce um jornal é a democracia que avança, e se fortalece. É preciso sempre repetir que não existe democracia sem liberdade de expressão para toda a sociedade. Neste sentido, quanto mais jornais circularem, quanto mais meios de comunicação existirem, melhor para a cidadania e para o exercício da democracia.", diz um trecho da carta.
Pois é, para quem criticou o 'denuncismo' da imprensa no caso da crise no Senado, Sarney & cia., entre outros episódios esta é própria cartão 'padrão-release', já que ele mesmo confessou que tem preguiça de ler.
Foi difícil de achá-lo em bancas no início mas agora parece que esta bem mais distribuído. Estranho ao nosso costume, além de standard ele tem a cor salmão e as matérias são curtas, de rápida leitura. O formato me agrada muito pois é possível você ler em qualquer ambiente sem aquela bagunça toda de folhas de jornais dobradas e caindo ao chão, principalmente em lugares públicos. Veremos, mas em termos de matérias com mais aprofundamento ainda fica devendo.
O presidente Lula enviou carta parabenizando pelo lançamento: "Quando nasce um jornal é a democracia que avança, e se fortalece. É preciso sempre repetir que não existe democracia sem liberdade de expressão para toda a sociedade. Neste sentido, quanto mais jornais circularem, quanto mais meios de comunicação existirem, melhor para a cidadania e para o exercício da democracia.", diz um trecho da carta.
Pois é, para quem criticou o 'denuncismo' da imprensa no caso da crise no Senado, Sarney & cia., entre outros episódios esta é própria cartão 'padrão-release', já que ele mesmo confessou que tem preguiça de ler.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Em novembro na Playboy !
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
“No somos Brasil”: por suerte
Recebi um polêmico, e não menos interessante, artigo (abaixo) do jornal argentino ‘La Nacion’ que me enviaram na madrugada durante meu trabalho de ‘clipagem’. O artigo diz respeito ao último Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), publicado pelo Relatório de Desenvolvimento Humano 2009 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), onde o Brasil ocupa a 75ª posição em um ranking que inclui 182 nações.
Tentei achá-lo para saber quem é o autor da façanha no site do jornal e no Google News e nada. Será que tiraram do ar? Quem conseguir me avise...
“No somos Brasil”: por suerte
OK, ellos tienen todo para estar de moda:
- Presidente con 80% de popularidad, antes de la designación de Rio como sede de los JJ.OO.
- Pertenecen al BRIC, grupo que está de moda.
- Pero a su vez se benefician del crecimiento del IC (India, China) porque son, cada vez más, exportadores de commodities, artículos que en los mercados internacionales están actualmente de moda.
- Dentro de las commodities, cada vez tienen más potencial para exportar precisamente aquellas que están más de moda: soja y petróleo. Ese país en verdad angosto, que tiene un 80% de la población en una franja a la chilena, atrapada en 100km entre la costa y la selva/el sertao/los morros ahora encuentra petróleo al este de esa franja (en el mar) y tira árboles –cosa que no está de moda– al oeste de esa franja, para producir soja.
Todo muy lindo. Pero me quedo, por mucho, con la Argentina.
No es una cuestión patriotera. Es que no hay que dejarse llevar por el político más marketinero del siglo XXI, Inácio Lula da Silva. Lula es un gran contrabandista de consignas. Le dice a la derecha que es fiscalmente responsable y le creen porque se pone corbata, pero la verdad es que tienen un déficit fiscal bastante mayor que el argentino. Le dice a la izquierda que Brasil está solidificando su gran burguesía industrial, le creen porque fue obrero metalúrgico, pero la verdad es que Brasil ha primarizado sus exportaciones (data en excel). Un maestro.
No es sólo que son más pobres. En los últimos 30 años, la distancia a favor de Argentina nunca fue tan grande como en 2008. Y no, no es producto del INDEC. Es porque desde 1990 la economía argentina es una historia de alto crecimiento interrumpido por un cuatrienio crítico (1998-2002), mientras que la de Brasil es una de crecimiento (muy) moderado.
Para comparar mejor los niveles, creo que vale la pena anotar que el 10% más rico de los brasileños se lleva un porcentaje del ingreso (circa 45%) mayor que el 10% más rico de los argentinos (no lo sabemos bien, pero anda por los treintilargos). Si en el total de la población le ganamos 13200 a 9500 en PBI per capita (casi un 40% más), contando el 90% de la población fuera de los más ricos les ganamos por casi 50%.
Gran marketing el de Brasil. Sus playas están buenas, pero no te dicen que llueve todo el tiempo. Sus legendarias garotas están sobredimensionadas (uso la palabra en un sentido conceptual y físico). Salvo por los licuados, su comida es penosa — la Lonely Planet dice: “From the rice-bean-farofa core, meals go in one of three directions: meat, chicken or fish”. La principal ruta del país (BR-101) tiene más pozos que el lado oscuro de la luna. La corrupción y el clientelismo políticos no son menores que aquí. Y sí, lo digo: su equipo de fútbol es normalmente mejor que el nuestro, pero el de hoy es peor que cualquier selección brasileña que recuerde salvo la del mundial 90.
OK, quizás me estoy excediendo. Hay cosas que me dan envidia: a diferencia de nosotros, tienen una inflación y un riesgo país de una economía emergente normal, sus estadísticas son confiables y tienen algo así como un programa de ingreso universal.
En resumen: son peores o iguales que nosotros en casi todas las cuestiones estructurales salvo el fútbol, y son mejores en las que podemos cambiar en un par de meses si en diciembre de 2011 asume un presidente poco excepcional, cosa que es bastante probable.
PD: me avisan que Don Julio María Sanguinetti, ex presidente de ese pequeño gran país que es el Uruguay, escribió una columna mucho más convincente y educada que este post, con la mala suerte de que cayó el día de la elección de Rio. Qué lindo el Uruguay, lástima que no seamos provincia de ellos.
Tentei achá-lo para saber quem é o autor da façanha no site do jornal e no Google News e nada. Será que tiraram do ar? Quem conseguir me avise...
“No somos Brasil”: por suerte
OK, ellos tienen todo para estar de moda:
- Presidente con 80% de popularidad, antes de la designación de Rio como sede de los JJ.OO.
- Pertenecen al BRIC, grupo que está de moda.
- Pero a su vez se benefician del crecimiento del IC (India, China) porque son, cada vez más, exportadores de commodities, artículos que en los mercados internacionales están actualmente de moda.
- Dentro de las commodities, cada vez tienen más potencial para exportar precisamente aquellas que están más de moda: soja y petróleo. Ese país en verdad angosto, que tiene un 80% de la población en una franja a la chilena, atrapada en 100km entre la costa y la selva/el sertao/los morros ahora encuentra petróleo al este de esa franja (en el mar) y tira árboles –cosa que no está de moda– al oeste de esa franja, para producir soja.
Todo muy lindo. Pero me quedo, por mucho, con la Argentina.
No es una cuestión patriotera. Es que no hay que dejarse llevar por el político más marketinero del siglo XXI, Inácio Lula da Silva. Lula es un gran contrabandista de consignas. Le dice a la derecha que es fiscalmente responsable y le creen porque se pone corbata, pero la verdad es que tienen un déficit fiscal bastante mayor que el argentino. Le dice a la izquierda que Brasil está solidificando su gran burguesía industrial, le creen porque fue obrero metalúrgico, pero la verdad es que Brasil ha primarizado sus exportaciones (data en excel). Un maestro.
No es sólo que son más pobres. En los últimos 30 años, la distancia a favor de Argentina nunca fue tan grande como en 2008. Y no, no es producto del INDEC. Es porque desde 1990 la economía argentina es una historia de alto crecimiento interrumpido por un cuatrienio crítico (1998-2002), mientras que la de Brasil es una de crecimiento (muy) moderado.
Para comparar mejor los niveles, creo que vale la pena anotar que el 10% más rico de los brasileños se lleva un porcentaje del ingreso (circa 45%) mayor que el 10% más rico de los argentinos (no lo sabemos bien, pero anda por los treintilargos). Si en el total de la población le ganamos 13200 a 9500 en PBI per capita (casi un 40% más), contando el 90% de la población fuera de los más ricos les ganamos por casi 50%.
Gran marketing el de Brasil. Sus playas están buenas, pero no te dicen que llueve todo el tiempo. Sus legendarias garotas están sobredimensionadas (uso la palabra en un sentido conceptual y físico). Salvo por los licuados, su comida es penosa — la Lonely Planet dice: “From the rice-bean-farofa core, meals go in one of three directions: meat, chicken or fish”. La principal ruta del país (BR-101) tiene más pozos que el lado oscuro de la luna. La corrupción y el clientelismo políticos no son menores que aquí. Y sí, lo digo: su equipo de fútbol es normalmente mejor que el nuestro, pero el de hoy es peor que cualquier selección brasileña que recuerde salvo la del mundial 90.
OK, quizás me estoy excediendo. Hay cosas que me dan envidia: a diferencia de nosotros, tienen una inflación y un riesgo país de una economía emergente normal, sus estadísticas son confiables y tienen algo así como un programa de ingreso universal.
En resumen: son peores o iguales que nosotros en casi todas las cuestiones estructurales salvo el fútbol, y son mejores en las que podemos cambiar en un par de meses si en diciembre de 2011 asume un presidente poco excepcional, cosa que es bastante probable.
PD: me avisan que Don Julio María Sanguinetti, ex presidente de ese pequeño gran país que es el Uruguay, escribió una columna mucho más convincente y educada que este post, con la mala suerte de que cayó el día de la elección de Rio. Qué lindo el Uruguay, lástima que no seamos provincia de ellos.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Jogos patrióticos
(Foto:Charles Dharapak/AP)
Nos próximos seis anos o Brasil viverá um momento inédito em sua história. Ele será palco das duas principais festas mundiais do esporte. Os olhos do mundo estarão voltados para o país, que poderá ser daqui a alguns anos, segundo projeções do ministro da Fazenda, a quinta economia do mundo. Do jeito que as coisas andam é possível.
Bom para o país e para sua população, que vem conseguindo a cada ano um maior acesso ao mercado através do aumento de renda e ao crédito. Claro, há muito a ser feito ainda. Desde o final da ditadura a economia nacional sofreu muita instabilidade com planos econômicos desastrosos que jogaram fora duas décadas de crescimento.
Diante desse cenário é difícil algumas pessoas segurarem aquela emoção patriótica de orgulho e contentamento após o anúncio hoje do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016. Sorte de quem vai comandar as infraestruturas dos eventos, pois esse sentimento vai servir para disfarçar, com a ajuda de grande parte da imprensa, o que de errado pode vir a acontecer.
Mas já esta pessimista? Ora, veja o que aconteceu com o PanAmericano de 2007 no Rio. Várias promessas de melhorias no transporte, na despoluição de lagoas, as falhas no sistema de venda de ingresso e as obras superfaturadas (o orçamento estou em cinco vezes). Até hoje não foram explicadas.
Quem conhece um pouco do ambiente político, público e empresarial sabe que aqui qualquer novidade é oportunidade para se tirar proveito. Portanto, segurem suas carteiras! O Brasil só irá provar que é um país sério a partir do momento em que as pessoas que comandarem os eventos sejam honestas e comprometidas, não só com o dinheiro público, mas com seus atos. Mas vai ser difícil. Serão as mesmas do PanAmaericano.
Não se iluda. Vai ser uma festa para os políticos, empreiteiras, bancos, agências de publicidade, bebidas e emissoras de TV, cujo teto de inserção publicitária vai estourar. O entusiasmo, principalmente da Globo e Record, não é à toa.
O que sobrar, se sobrar, vai para a população.
Nos próximos seis anos o Brasil viverá um momento inédito em sua história. Ele será palco das duas principais festas mundiais do esporte. Os olhos do mundo estarão voltados para o país, que poderá ser daqui a alguns anos, segundo projeções do ministro da Fazenda, a quinta economia do mundo. Do jeito que as coisas andam é possível.
Bom para o país e para sua população, que vem conseguindo a cada ano um maior acesso ao mercado através do aumento de renda e ao crédito. Claro, há muito a ser feito ainda. Desde o final da ditadura a economia nacional sofreu muita instabilidade com planos econômicos desastrosos que jogaram fora duas décadas de crescimento.
Diante desse cenário é difícil algumas pessoas segurarem aquela emoção patriótica de orgulho e contentamento após o anúncio hoje do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016. Sorte de quem vai comandar as infraestruturas dos eventos, pois esse sentimento vai servir para disfarçar, com a ajuda de grande parte da imprensa, o que de errado pode vir a acontecer.
Mas já esta pessimista? Ora, veja o que aconteceu com o PanAmericano de 2007 no Rio. Várias promessas de melhorias no transporte, na despoluição de lagoas, as falhas no sistema de venda de ingresso e as obras superfaturadas (o orçamento estou em cinco vezes). Até hoje não foram explicadas.
Quem conhece um pouco do ambiente político, público e empresarial sabe que aqui qualquer novidade é oportunidade para se tirar proveito. Portanto, segurem suas carteiras! O Brasil só irá provar que é um país sério a partir do momento em que as pessoas que comandarem os eventos sejam honestas e comprometidas, não só com o dinheiro público, mas com seus atos. Mas vai ser difícil. Serão as mesmas do PanAmaericano.
Não se iluda. Vai ser uma festa para os políticos, empreiteiras, bancos, agências de publicidade, bebidas e emissoras de TV, cujo teto de inserção publicitária vai estourar. O entusiasmo, principalmente da Globo e Record, não é à toa.
O que sobrar, se sobrar, vai para a população.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Falar palavrão pode aliviar dor física, diz estudo
PQP, essa eu já sabia !
Da BBC Brasil
Falar palavrões pode ajudar a diminuir a sensação de dor física, segundo um estudo da Escola de Psicologia da Universidade de Keele, na Inglaterra, publicado pela revista especializada NeuroReport.
No estudo, liderado pelo psicólogo Richard Stephens, 64 voluntários colocaram suas mãos em baldes de água cheios de gelo, enquanto falavam um palavrão escolhido por eles.
Em seguida, os mesmos voluntários deveriam repetir a experiência, mas em vez de dizer palavrões, deveriam escolher uma palavra normalmente usada para descrever uma mesa.
Enquanto falavam palavrões, os voluntários suportaram a dor por 40 segundos a mais, em média. Seu relato também demonstrou que eles sentiram menos dor enquanto falavam palavrões.
O batimento cardíaco dos voluntários também foi medido durante a experiência e se mostrou mais acelerado quando eles falavam palavrões.
Os cientistas acreditam que o aumento do ritmo de batimentos cardíacos pode indicar um aumento da agressividade, que, por sua vez, diminuiria a sensação de dor.
Para os cientistas, no passado isso teria sido útil para que nossos ancestrais, em situação de risco, suportassem mais a dor para fugir ou lutar contra um possível agressor.
O que está claro é que falar palavrões provoca não apenas uma resposta emocional, mas também uma resposta física, o que pode explicar por que a prática de falar palavrões existe há séculos e persiste até hoje, afirma o estudo.
"(A prática de) Falar palavrões existe há séculos e é quase um fenômeno linguístico humano universal", diz Stephens.
"Ela mexe com o centro emocional do cérebro e parece crescer no lado direito do cérebro, enquanto que a maior parte da produção linguística ocorre do lado esquerdo. Nossa pesquisa mostra uma razão potencial para o surgimento dos palavrões, e porque eles persistem até hoje." Um estudo anterior, da Universidade de Norwich, mostrou que o uso de palavrões ajuda a diminuir o estresse no ambiente de trabalho.
Da BBC Brasil
Falar palavrões pode ajudar a diminuir a sensação de dor física, segundo um estudo da Escola de Psicologia da Universidade de Keele, na Inglaterra, publicado pela revista especializada NeuroReport.
No estudo, liderado pelo psicólogo Richard Stephens, 64 voluntários colocaram suas mãos em baldes de água cheios de gelo, enquanto falavam um palavrão escolhido por eles.
Em seguida, os mesmos voluntários deveriam repetir a experiência, mas em vez de dizer palavrões, deveriam escolher uma palavra normalmente usada para descrever uma mesa.
Enquanto falavam palavrões, os voluntários suportaram a dor por 40 segundos a mais, em média. Seu relato também demonstrou que eles sentiram menos dor enquanto falavam palavrões.
O batimento cardíaco dos voluntários também foi medido durante a experiência e se mostrou mais acelerado quando eles falavam palavrões.
Os cientistas acreditam que o aumento do ritmo de batimentos cardíacos pode indicar um aumento da agressividade, que, por sua vez, diminuiria a sensação de dor.
Para os cientistas, no passado isso teria sido útil para que nossos ancestrais, em situação de risco, suportassem mais a dor para fugir ou lutar contra um possível agressor.
O que está claro é que falar palavrões provoca não apenas uma resposta emocional, mas também uma resposta física, o que pode explicar por que a prática de falar palavrões existe há séculos e persiste até hoje, afirma o estudo.
"(A prática de) Falar palavrões existe há séculos e é quase um fenômeno linguístico humano universal", diz Stephens.
"Ela mexe com o centro emocional do cérebro e parece crescer no lado direito do cérebro, enquanto que a maior parte da produção linguística ocorre do lado esquerdo. Nossa pesquisa mostra uma razão potencial para o surgimento dos palavrões, e porque eles persistem até hoje." Um estudo anterior, da Universidade de Norwich, mostrou que o uso de palavrões ajuda a diminuir o estresse no ambiente de trabalho.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Queria chamar a atenção e conseguiu!
Quando algum artista quer chamar a atenção e ter pelo menos uma fotinha no jornal é só fazer o que esse pintor fez na cidade italiana de Veneto. Ele não gasta nada em anúncio e os jornais caem direitinho. Bom, uma mão lava a outra. Eu crio o fato, ganho publicidade e vocês também na venda de jornais.
Hitler in braccio alla Madonna
Hitler in braccio alla Madonna
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Clonadores de cartões causaram mais de R$ 31 milhões de prejuízo somente no primeiro semestre
E falando em cartão, como no post abaixo, veja dicas de como evitar a clonagem:
a)Observe atentamente os caixas-eletrônicos, se todos estiverem desligados ou em manutenção e apenas um operando normalmente, desconfie. Veja também se o layout de todos os aparelhos é igual e se todas as peças estão devidamente conectadas.
b)Desconfie se o equipamento do banco usar uma ordem diferente da normalmente solicitada pelo seu banco para realizar as operações.
c)Jamais aceite ajuda de estranhos para realizar as transações no caixa, peça sempre ajuda de um funcionário devidamente uniformizado ou identificado.
d)Antes de contratar os serviços de um determinado banco, pergunte ao seu gerente de que forma o banco procura minimizar a possibilidade de ocorrência de fraudes.
e)Quando for comprar com o cartão, nunca deixe o funcionário do estabelecimento levá-lo, sempre o acompanhe e fique atento a movimentos estranhos que ele possa fazer.
f)Preste atenção ao visor da máquina e tenha a certeza de que o valor de compra foi digitado antes de colocar sua senha.
Fonte: Horus, empresa especializada em controle e prevenção a fraudes para segmentos que atuam com meios de pagamento.
a)Observe atentamente os caixas-eletrônicos, se todos estiverem desligados ou em manutenção e apenas um operando normalmente, desconfie. Veja também se o layout de todos os aparelhos é igual e se todas as peças estão devidamente conectadas.
b)Desconfie se o equipamento do banco usar uma ordem diferente da normalmente solicitada pelo seu banco para realizar as operações.
c)Jamais aceite ajuda de estranhos para realizar as transações no caixa, peça sempre ajuda de um funcionário devidamente uniformizado ou identificado.
d)Antes de contratar os serviços de um determinado banco, pergunte ao seu gerente de que forma o banco procura minimizar a possibilidade de ocorrência de fraudes.
e)Quando for comprar com o cartão, nunca deixe o funcionário do estabelecimento levá-lo, sempre o acompanhe e fique atento a movimentos estranhos que ele possa fazer.
f)Preste atenção ao visor da máquina e tenha a certeza de que o valor de compra foi digitado antes de colocar sua senha.
Fonte: Horus, empresa especializada em controle e prevenção a fraudes para segmentos que atuam com meios de pagamento.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Presas fáceis
Interessante pesquisa foi publicada no jornal Diário do Comércio–SP sobre as pessoas que poupam demais e depois sentem remorso por não ter aproveitado as “coisas boas da vida”. Claro, em um mercado capitalista como o nosso aproveitar a vida é gastar, ir a um supermercado ou shopping e brincar com seu cartão de crédito. Não sou um notório pão duro, nem um esbanjador. Já gastei, anos atrás, muito dinheiro com besteiras, o que hoje me arrependo. Mas também não me arrependo de grande parte das coisas que fiz e as melhores gastei muito pouco.
Como tudo na vida é preciso saber dosar. Aproveitar sem exagerar e ter a consciência de que você pode gastar uma determinada quantia naquele momento e decidir o que é prioridade ou não até você ter uma vida estável financeiramente (nossa, acho que vou ser consultor financeiro!).
Ah, claro, você sabe quem edita o jornal que publicou esta matéria e fez a bela arte publicada acima? A Associação Comercial de São Paulo. E o que ela faz? Representa e defende os interesses dos comerciantes. Mas que pesquisa mais propícia não?
Em contraste, temos a realidade:
Dívidas com cartão de crédito batem recorde
Brasileiro tem R$ 26,5 bilhões em dívidas acumuladas no cartão e inadimplência chega a 28,3%, segundo BC
Segundo uma pesquisas da Fundação Getúlio Vargas, com base no último censo do IBGE, com dados de 2008, 32 milhões de pessoas subiram de classe social, um crescimento de 14,98% no potencial de consumo. Uma boa notícia para a economia e uma excelente oportunidade para o comércio e para o setor financeiro (cartões de crédito). Mas uma perigosa armadilha para as famílias recém chegadas a este mercado que eu chamo de ‘predador’.
Sem uma educação financeira, muitas delas correm o risco de engordar os números sobre as dívidas com cartões e inflar os lucros das instituições financeiras. Cada vez mais eu testemunho situações que me enojam perante a gana arrecadadora de grande parte dessas empresas. Não existe milagre e nem gente boazinha neste meio. Eles querem tomar o seu dinheiro e ponto. Eu fico feliz e ao mesmo tempo com um pouco de pena dessas famílias. Sem perceberem tomarão seu suado dinheiro e ficarão endividadas até o fio de cabelo. Espero realmente que eu esteja enganado.
Não basta entrar no mercado, é preciso saber sobreviver.
Como tudo na vida é preciso saber dosar. Aproveitar sem exagerar e ter a consciência de que você pode gastar uma determinada quantia naquele momento e decidir o que é prioridade ou não até você ter uma vida estável financeiramente (nossa, acho que vou ser consultor financeiro!).
Ah, claro, você sabe quem edita o jornal que publicou esta matéria e fez a bela arte publicada acima? A Associação Comercial de São Paulo. E o que ela faz? Representa e defende os interesses dos comerciantes. Mas que pesquisa mais propícia não?
Em contraste, temos a realidade:
Dívidas com cartão de crédito batem recorde
Brasileiro tem R$ 26,5 bilhões em dívidas acumuladas no cartão e inadimplência chega a 28,3%, segundo BC
Segundo uma pesquisas da Fundação Getúlio Vargas, com base no último censo do IBGE, com dados de 2008, 32 milhões de pessoas subiram de classe social, um crescimento de 14,98% no potencial de consumo. Uma boa notícia para a economia e uma excelente oportunidade para o comércio e para o setor financeiro (cartões de crédito). Mas uma perigosa armadilha para as famílias recém chegadas a este mercado que eu chamo de ‘predador’.
Sem uma educação financeira, muitas delas correm o risco de engordar os números sobre as dívidas com cartões e inflar os lucros das instituições financeiras. Cada vez mais eu testemunho situações que me enojam perante a gana arrecadadora de grande parte dessas empresas. Não existe milagre e nem gente boazinha neste meio. Eles querem tomar o seu dinheiro e ponto. Eu fico feliz e ao mesmo tempo com um pouco de pena dessas famílias. Sem perceberem tomarão seu suado dinheiro e ficarão endividadas até o fio de cabelo. Espero realmente que eu esteja enganado.
Não basta entrar no mercado, é preciso saber sobreviver.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Algo de podre na banda
Como é costume no Brasil certas providências só são tomadas quando a porta esta escancarada, apesar de alguns alertas. Esta consideração sobre os serviços da Telefônica são tardias aqui neste blog, mas não entre meu convívio social, onde fiz o máximo que pude ao orientar amigos e colegas para fugir dos serviços desta empresa, em especial os de banda larga.
Infelizmente tive o Speedy no final da década de 90 e sofri muito com sua instabilidade. Me recordo agora a correria de minha casa, no bairro do Cambuci, até as Perdizes em outro escritório para finalizar meu serviço porque o serviço de Internet ou estava lento, instável ou não tinha sinal. Ainda bem que o horário era às 6h da manhã, sem trânsito. Perdi a conta de quantas vezes fiz isso, até que minha paciência se esgotou e mudei para a concorrente, Virtua, mil vezes melhor. Quem me conhece sabe que não faço propaganda à toa, em busca de reconhecimento ($$) da empresa. Fora a longa batalha para conseguir um atendimento ou resolver algum problema técnico, que não eram poucos.
Também lembro de um episódio em uma editora na Bela Vista onde eu era repórter e editor. O dono da empresa não aguentou a instabilidade do Speedy e ligou para cancelar o serviço, não sem antes levar um cansaço e ouvir da atendente, logicamente orientada pela diretoria, que o serviço da concorrente Net é ruim. Ora, o que esperar de uma empresa como a Telefônica que age dessa maneira?
Enquanto isso vemos a imprensa noticiar as falhas da empresa e os órgãos reguladores se movimentando dando a impressão que os episódios ocorridos são uma grande surpresa. Já ouvi explicações da assessoria de imprensa, diretores e funcionários da empresa com argumentos pouco convincentes, propagandas amenizadoras e releases padrões (enroladores). E a ‘bondosa’ Anatel assistindo a Telefônica remetendo seus bondes de lucros para a sede na Espanha. Alguma coisa cheira podre nesta banda!
Infelizmente tive o Speedy no final da década de 90 e sofri muito com sua instabilidade. Me recordo agora a correria de minha casa, no bairro do Cambuci, até as Perdizes em outro escritório para finalizar meu serviço porque o serviço de Internet ou estava lento, instável ou não tinha sinal. Ainda bem que o horário era às 6h da manhã, sem trânsito. Perdi a conta de quantas vezes fiz isso, até que minha paciência se esgotou e mudei para a concorrente, Virtua, mil vezes melhor. Quem me conhece sabe que não faço propaganda à toa, em busca de reconhecimento ($$) da empresa. Fora a longa batalha para conseguir um atendimento ou resolver algum problema técnico, que não eram poucos.
Também lembro de um episódio em uma editora na Bela Vista onde eu era repórter e editor. O dono da empresa não aguentou a instabilidade do Speedy e ligou para cancelar o serviço, não sem antes levar um cansaço e ouvir da atendente, logicamente orientada pela diretoria, que o serviço da concorrente Net é ruim. Ora, o que esperar de uma empresa como a Telefônica que age dessa maneira?
Enquanto isso vemos a imprensa noticiar as falhas da empresa e os órgãos reguladores se movimentando dando a impressão que os episódios ocorridos são uma grande surpresa. Já ouvi explicações da assessoria de imprensa, diretores e funcionários da empresa com argumentos pouco convincentes, propagandas amenizadoras e releases padrões (enroladores). E a ‘bondosa’ Anatel assistindo a Telefônica remetendo seus bondes de lucros para a sede na Espanha. Alguma coisa cheira podre nesta banda!
Tecnologia útil
Vamos deixar a Telefônica de lado e ler informação sobre o que realmente importa, com tecnologias que funcionam...
Correio Braziliense – DF
Sou pré, mas pago!
Antes, eles chegavam a ser ameaçados por não recarregarem seus telefones regularmente. Hoje, os usuários de pré-pagos são incentivados pelas operadoras com promoções que distribuem minutos e mensagens até de graça
Tudo na palma da mão
Com aplicativos baixados pela internet ou programas executados no próprio celular, é possível ter acesso a diversos serviços
Internet pela tomada: real ou imaginação?
Depois de meses de estudos, finalmente na semana passada a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a regulamentação que permite às distribuidoras de energia elétrica usar suas redes para levar, a qualquer ponto do Brasil, internet banda larga
Cada um no seu quadrado
As redes de relacionamento temáticas fazem sucesso na internet e atraem usuários para discutir os mesmos — e mais variados — assuntos
Folha de S.Paulo
Computadores podem ficar mais caros a partir do ano que vem
Corte do PIS/Cofins, que barateou os produtos em até 10%, tem prazo para acabar no final deste ano
Elétricas já veem ameaça à internet por fio de energia
Companhias dizem que decisão da Aneel pode deixar nova tecnologia mais cara
O valor da opinião
Empresas bisbilhotam blogs e redes sociais para tentar identificar sentimentos coletivos e descobrir o que os internautas pensam sobre produtos, filmes e eventos
Valor Econômico
Governo planeja disseminar internet rápida
Versão preliminar de projeto para a área será apresentada ao presidente Lula em outubro
Banda larga dá sobrevida ao telefone fixo
Para crescer, operadoras apostam na oferta de serviços baseados na infraestrutura de Internet
O Estado de S.Paulo
TV vai conectar aparelhos na casa
Ligado à internet, televisor será o centro da rede doméstica
WNews
Oi lança ultra banda larga de 100 mega
O serviço será vendido inicialmente em Pernambuco
Correio Braziliense – DF
Sou pré, mas pago!
Antes, eles chegavam a ser ameaçados por não recarregarem seus telefones regularmente. Hoje, os usuários de pré-pagos são incentivados pelas operadoras com promoções que distribuem minutos e mensagens até de graça
Tudo na palma da mão
Com aplicativos baixados pela internet ou programas executados no próprio celular, é possível ter acesso a diversos serviços
Internet pela tomada: real ou imaginação?
Depois de meses de estudos, finalmente na semana passada a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a regulamentação que permite às distribuidoras de energia elétrica usar suas redes para levar, a qualquer ponto do Brasil, internet banda larga
Cada um no seu quadrado
As redes de relacionamento temáticas fazem sucesso na internet e atraem usuários para discutir os mesmos — e mais variados — assuntos
Folha de S.Paulo
Computadores podem ficar mais caros a partir do ano que vem
Corte do PIS/Cofins, que barateou os produtos em até 10%, tem prazo para acabar no final deste ano
Elétricas já veem ameaça à internet por fio de energia
Companhias dizem que decisão da Aneel pode deixar nova tecnologia mais cara
O valor da opinião
Empresas bisbilhotam blogs e redes sociais para tentar identificar sentimentos coletivos e descobrir o que os internautas pensam sobre produtos, filmes e eventos
Valor Econômico
Governo planeja disseminar internet rápida
Versão preliminar de projeto para a área será apresentada ao presidente Lula em outubro
Banda larga dá sobrevida ao telefone fixo
Para crescer, operadoras apostam na oferta de serviços baseados na infraestrutura de Internet
O Estado de S.Paulo
TV vai conectar aparelhos na casa
Ligado à internet, televisor será o centro da rede doméstica
WNews
Oi lança ultra banda larga de 100 mega
O serviço será vendido inicialmente em Pernambuco
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Pombo é mais rápido que banda larga na África do Sul, diz empresa
Provavelmente, do jeito que a Telefônica anda, o jeito vai ser fazer o mesmo em São Paulo.
Uma empresa de informática disse ter provado que é mais rápido transmitir informações na África do Sul com um pombo-correio do que usar o principal provedor de acesso à internet do país, Telekom.
Uma empresa de informática disse ter provado que é mais rápido transmitir informações na África do Sul com um pombo-correio do que usar o principal provedor de acesso à internet do país, Telekom.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Pimenta do Demo!
Para quem gosta de sentir fortes emoções, esta pimenta é o verdadeiro Capeta engarrafado!
Não estou sendo pago (ainda) para postar este comentário, mas não poderia deixar de passar a sensação que senti ao experimentar esta bomba que comprei na rua Santa Rosa. Vou entrar em contato com o distribuidor para ver se tem algum benefício...rs
Não estou sendo pago (ainda) para postar este comentário, mas não poderia deixar de passar a sensação que senti ao experimentar esta bomba que comprei na rua Santa Rosa. Vou entrar em contato com o distribuidor para ver se tem algum benefício...rs
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Muito bem acompanhada!
Pois é, a eleição já começou, embora muitos neguem, e as 'manifestações por apoio' tornam-se frequentes. Veja a companhia que o PT esta angariando para o ano que vem! Bom, depois de Renam, Sarney e Collor, por que não?
A ministra Dilma Rousseff participa, ao lado do senador Marcelo Crivela, de uma oração com o apóstolo Estevam Hernandes e a bispa Sônia Hernandes por sua saúde e pela eleição de 2010 (Foto: Sergio Lima/Folha Imagem)
A ministra Dilma Rousseff participa, ao lado do senador Marcelo Crivela, de uma oração com o apóstolo Estevam Hernandes e a bispa Sônia Hernandes por sua saúde e pela eleição de 2010 (Foto: Sergio Lima/Folha Imagem)
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Tem dúvidas ainda da seriedade deste país?
Imortal sem obra publicada
Apesar de nunca ter lançado um livro, senador Fernando Collor é eleito para vaga na Academia Alagoana de Letras. Única peça apresentada pelo parlamentar é uma coletânea de artigos escritos para jornais
Izabelle Torres (Correio Braziliense)
Uma votação recorde proclamou a crônica anunciada da eleição do senador Fernando Collor (PTB-AL) para uma das vagas de imortal na Academia Alagoana de Letras. Sem opositores para disputar com ele a cadeira na entidade, o parlamentar conseguiu levar 30 dos 40 acadêmicos para a solenidade de votação e recebeu 22 votos a seu favor. O apoio dos integrantes da instituição, formada basicamente por historiadores e literatos, se deu apesar do fato de o senador nunca ter publicado um livro sequer. Para concorrer ao cargo de imortal, Collor entregou apenas uma coletânea de artigos publicados na imprensa. A vitória era tão certa e costurada com antecedência que o parlamentar nem se deu ao trabalho de ir para Maceió assistir à sessão. Foi representado pelo presidente do Instituto Arnon de Mello, Carlos Mendonça, e comunicado por telefone.
A eleição de Collor causou descrédito na comunidade realmente ligada à literatura no estado. Nos bastidores, os eleitores do parlamentar justificam a escolha ressaltando o poder de comunicação da rede Gazeta de Alagoas, que o senador herdou da família. Também costumam citar os dois livros que o ex-presidente prepara para lançar. Um deles, intitulado A crônica de um golpe, está em fase final de produção e conta os momentos que antecederam o impeachment. Em plenário, o senador já anunciou que pretende lançar a obra “em breve”.
Cadeira 20
Fernando Collor vai assumir a cadeira que era ocupada pelo falecido poeta e defensor da cultura alagoana Ib Gatto, a de número 20. O escritor se tornou símbolo dos movimentos em defesa da literatura e do fortalecimento das produções literárias do estado. Entre os mais famosos autores e escritores alagoanos estão o autor Lêdo Ivo e os imortais Jorge de Lima e Graciliano Ramos.
Apesar das boas referências da literatura alagoana, relatos de quem compareceu à solenidade de chancela do candidato Collor para a cadeira na academia ressaltaram o entusiasmo de alguns dos eleitores e a disposição de não apenas votar a favor do parlamentar, mas divulgar o apoio dado à imortalidade do senador. Nesse grupo, estavam Ivan Barros, Milton Ênio — que já presidiu a entidade e é amigo da família Collor há quase 30 anos —, o médico José Medeiros e o ex-governador Divaldo Suruagy. Esse último tem mais uma característica em comum com o colega recém-eleito: também foi tirado do poder por conta da pressão popular. Em 1997, Suruagy renunciou ao cargo de governador e se tornou acadêmico anos depois. Outros ex-políticos também já fizeram parte da entidade, como Arnon de Mello, Teotônio Vilela e Tavares Bastos.
Apesar de nunca ter lançado um livro, senador Fernando Collor é eleito para vaga na Academia Alagoana de Letras. Única peça apresentada pelo parlamentar é uma coletânea de artigos escritos para jornais
Izabelle Torres (Correio Braziliense)
Uma votação recorde proclamou a crônica anunciada da eleição do senador Fernando Collor (PTB-AL) para uma das vagas de imortal na Academia Alagoana de Letras. Sem opositores para disputar com ele a cadeira na entidade, o parlamentar conseguiu levar 30 dos 40 acadêmicos para a solenidade de votação e recebeu 22 votos a seu favor. O apoio dos integrantes da instituição, formada basicamente por historiadores e literatos, se deu apesar do fato de o senador nunca ter publicado um livro sequer. Para concorrer ao cargo de imortal, Collor entregou apenas uma coletânea de artigos publicados na imprensa. A vitória era tão certa e costurada com antecedência que o parlamentar nem se deu ao trabalho de ir para Maceió assistir à sessão. Foi representado pelo presidente do Instituto Arnon de Mello, Carlos Mendonça, e comunicado por telefone.
A eleição de Collor causou descrédito na comunidade realmente ligada à literatura no estado. Nos bastidores, os eleitores do parlamentar justificam a escolha ressaltando o poder de comunicação da rede Gazeta de Alagoas, que o senador herdou da família. Também costumam citar os dois livros que o ex-presidente prepara para lançar. Um deles, intitulado A crônica de um golpe, está em fase final de produção e conta os momentos que antecederam o impeachment. Em plenário, o senador já anunciou que pretende lançar a obra “em breve”.
Cadeira 20
Fernando Collor vai assumir a cadeira que era ocupada pelo falecido poeta e defensor da cultura alagoana Ib Gatto, a de número 20. O escritor se tornou símbolo dos movimentos em defesa da literatura e do fortalecimento das produções literárias do estado. Entre os mais famosos autores e escritores alagoanos estão o autor Lêdo Ivo e os imortais Jorge de Lima e Graciliano Ramos.
Apesar das boas referências da literatura alagoana, relatos de quem compareceu à solenidade de chancela do candidato Collor para a cadeira na academia ressaltaram o entusiasmo de alguns dos eleitores e a disposição de não apenas votar a favor do parlamentar, mas divulgar o apoio dado à imortalidade do senador. Nesse grupo, estavam Ivan Barros, Milton Ênio — que já presidiu a entidade e é amigo da família Collor há quase 30 anos —, o médico José Medeiros e o ex-governador Divaldo Suruagy. Esse último tem mais uma característica em comum com o colega recém-eleito: também foi tirado do poder por conta da pressão popular. Em 1997, Suruagy renunciou ao cargo de governador e se tornou acadêmico anos depois. Outros ex-políticos também já fizeram parte da entidade, como Arnon de Mello, Teotônio Vilela e Tavares Bastos.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Dois pesos
Se você aprova a lei anti-fumo, restrições de ônibus fretados entre outras ações panfletárias do poder público, leia a matéria abaixo e reflita.
Favela se muda para calçada e a vida piora ainda mais
370 famílias montaram barracos perto de área da qual foram despejados no Capão Redondo
Moradores vivem sem água ou luz, defecam e urinam em embalagens de sorvete e têm de se revezar nos barracos para dormir
LAURA CAPRIGLIONE
DA REPORTAGEM LOCAL (FOLHA)
Luiz Gustavo da Silva Santos, cinco meses, Andressa Conceição, seis meses, Daniela, quatro anos, Jonas, quatro anos, Cauane, três anos, Margarida Souza Ferreira, 36, Cícera da Silva Santos, 33, e Sandra Maria da Conceição, 28, moram desde o dia 24 em um barraco de 4 metros quadrados. Sem água, sem luz, sem banheiro, sem cozinha, dependem da sopa fornecida pela igreja. Defecam e urinam em embalagens de dois litros de sorvete. A descarga é no terreno em frente.
O banho é de favor, com vizinhos mais ricos. Na verdade, são apenas moradores de barracos "normais", que ficam na favela "normal", logo ali. Porque o barraco das mulheres e crianças citadas no início não é desse tipo. Foi erguido com outros 200 ao longo de 630 metros de uma calçada, no que já foi apelidado de "favela-tripa", que abriga cerca de 370 famílias.
Explica-se: no dia 24, o terreno de 34 mil metros quadrados no meio do bairro do Capão Redondo (zona sul), e onde moravam cerca de 800 famílias, foi desocupado pela PM, em cumprimento a uma ordem de reintegração de posse. Ontem, o local, que pertence à Viação Campo Limpo, estava recoberto pelos escombros dos barracos que o preenchiam -pedaços de fogão, boneca queimada, colchão, cadernos chamuscados, garrafas usadas podiam ser vistos entre toneladas de entulhos iluminadas aqui e ali por fogueiras altas. Nenhuma alma.
Do outro lado da rua, bem em frente à destruição, em uma faixa de calçada de 2,5 metros, esticou-se o que sobrou de vida na favela. Um barraco colado ao outro, restos como paredes.
Versinho para Olga
A vida da favela teve de entrar na linha -do meio fio-, mas continua. "Vai acontecer milagre. Milagre. Vai acontecer milagre", repete, às 23h, o sistema de caixas amplificadas da Igreja Pentecostal Águas Vivas. É o pastor Raimundo Medeiros do Nascimento, 45, quem, cercado de obreiras (quatro, superpovoando o seu barraco), anuncia a boa nova. Ele conseguiu salvar a Bíblia, o púlpito que ele mesmo construiu e as caixas amplificadas, além de um pano de cetim vermelho, que decora a igreja de papelão.
Do lado de fora, cerca de cem homens e mulheres perambulam de um lado para outro. São os que terão de passar a noite em claro. Eles só poderão dormir pela manhã, quando acordarem as crianças e os que terão de sair para trabalhar. É que não há lugar para todos nas moradias improvisadas.
Mas aqueles pedreiros, faxineiras, cozinheiros, diaristas, auxiliares de serviços gerais, babás etc não choram ou reclamam. Por volta das 20h, cerca de 300 deles -mais filhos e cachorros- reuniram-se defronte a um barraco decorado com a bandeira vermelha de uma tal Frente de Luta pela Moradia, FLM, um dos vários grupos que organizam a população pobre da periferia de São Paulo para a obtenção de moradia. A negra Felícia Mendes Dias, 50, é a principal liderança.
A Secretaria da Habitação da gestão Gilberto Kassab (DEM) respeita Felícia. "É uma mulher devotada à luta pela moradia", diz um funcionário do governo. Por influência de Felícia, o grupo de despejados na favela-tripa adotou um novo nome: Nova Associação Olga Benário.
Após combinarem como agirão no dia seguinte, quando assistentes da prefeitura viriam conhecer as famílias que deverão receber alguma ajuda, o grupo -punhos erguidos- recitou forte o versinho: "Olga Benário / Lutou contra o nazismo / Construindo o socialismo".
O filme "Olga", do diretor Jayme Monjardim, já passou algumas vezes naquele miolo do Capão Redondo, uma das áreas com pior IDH da cidade.
Gripe sulina?
Com voz mansa, Maria Helena Ferreira, 65, vice-presidente da Olga Benário, é quem organiza o cadastro do pessoal que reivindica ajuda da prefeitura. Incansável, a mulher acordou às 4h para ir ao hospital cardiológico Dante Pazzaneze, na Vila Mariana -ela sofreu um infarto há dois anos-, e às 23h ainda corria de barraco em barraco, conversando, tranquilizando, aconselhando. Aproveitou para comer um pouco da sopa que as paróquias do bairro mandaram para a favela-tripa.
A pequena Meyssa Beatriz Pereira da Silva, um mês e quatro dias de vida, espirra fraquinho. Está gripada. Pergunta-se à mãe, Marisa Silva Santos, 21, se não tem medo da gripe suína. Cabelos curtos, olhar inteligente, ela responde: "Gripe sulina?" Meyssa já foi atendida no posto de saúde do Parque do Engenho, ali perto. Liberada.
"Graças a Deus. A gente só tem de agradecer", diz a doméstica Marinalva Francisca de Jesus Santos, 40. A gratidão é porque não está chovendo em São Paulo nos últimos dias.
O marido de Marinalva está preso na cadeia do Belenzinho, acusado de roubo -"ele é inocente", ela diz. De dentro da cadeia, o homem assistiu pela TV ao incêndio que consumiu a favela. Reconheceu o barraco de sua família ardendo. O homem telefonou para a mulher. Ouviu dela a informação: "Estou na beira da calçada, como todo mundo". O homem ficou um pouco mais tranquilo, a mulher -bebê no colo- garantiu.
Favela se muda para calçada e a vida piora ainda mais
370 famílias montaram barracos perto de área da qual foram despejados no Capão Redondo
Moradores vivem sem água ou luz, defecam e urinam em embalagens de sorvete e têm de se revezar nos barracos para dormir
LAURA CAPRIGLIONE
DA REPORTAGEM LOCAL (FOLHA)
Luiz Gustavo da Silva Santos, cinco meses, Andressa Conceição, seis meses, Daniela, quatro anos, Jonas, quatro anos, Cauane, três anos, Margarida Souza Ferreira, 36, Cícera da Silva Santos, 33, e Sandra Maria da Conceição, 28, moram desde o dia 24 em um barraco de 4 metros quadrados. Sem água, sem luz, sem banheiro, sem cozinha, dependem da sopa fornecida pela igreja. Defecam e urinam em embalagens de dois litros de sorvete. A descarga é no terreno em frente.
O banho é de favor, com vizinhos mais ricos. Na verdade, são apenas moradores de barracos "normais", que ficam na favela "normal", logo ali. Porque o barraco das mulheres e crianças citadas no início não é desse tipo. Foi erguido com outros 200 ao longo de 630 metros de uma calçada, no que já foi apelidado de "favela-tripa", que abriga cerca de 370 famílias.
Explica-se: no dia 24, o terreno de 34 mil metros quadrados no meio do bairro do Capão Redondo (zona sul), e onde moravam cerca de 800 famílias, foi desocupado pela PM, em cumprimento a uma ordem de reintegração de posse. Ontem, o local, que pertence à Viação Campo Limpo, estava recoberto pelos escombros dos barracos que o preenchiam -pedaços de fogão, boneca queimada, colchão, cadernos chamuscados, garrafas usadas podiam ser vistos entre toneladas de entulhos iluminadas aqui e ali por fogueiras altas. Nenhuma alma.
Do outro lado da rua, bem em frente à destruição, em uma faixa de calçada de 2,5 metros, esticou-se o que sobrou de vida na favela. Um barraco colado ao outro, restos como paredes.
Versinho para Olga
A vida da favela teve de entrar na linha -do meio fio-, mas continua. "Vai acontecer milagre. Milagre. Vai acontecer milagre", repete, às 23h, o sistema de caixas amplificadas da Igreja Pentecostal Águas Vivas. É o pastor Raimundo Medeiros do Nascimento, 45, quem, cercado de obreiras (quatro, superpovoando o seu barraco), anuncia a boa nova. Ele conseguiu salvar a Bíblia, o púlpito que ele mesmo construiu e as caixas amplificadas, além de um pano de cetim vermelho, que decora a igreja de papelão.
Do lado de fora, cerca de cem homens e mulheres perambulam de um lado para outro. São os que terão de passar a noite em claro. Eles só poderão dormir pela manhã, quando acordarem as crianças e os que terão de sair para trabalhar. É que não há lugar para todos nas moradias improvisadas.
Mas aqueles pedreiros, faxineiras, cozinheiros, diaristas, auxiliares de serviços gerais, babás etc não choram ou reclamam. Por volta das 20h, cerca de 300 deles -mais filhos e cachorros- reuniram-se defronte a um barraco decorado com a bandeira vermelha de uma tal Frente de Luta pela Moradia, FLM, um dos vários grupos que organizam a população pobre da periferia de São Paulo para a obtenção de moradia. A negra Felícia Mendes Dias, 50, é a principal liderança.
A Secretaria da Habitação da gestão Gilberto Kassab (DEM) respeita Felícia. "É uma mulher devotada à luta pela moradia", diz um funcionário do governo. Por influência de Felícia, o grupo de despejados na favela-tripa adotou um novo nome: Nova Associação Olga Benário.
Após combinarem como agirão no dia seguinte, quando assistentes da prefeitura viriam conhecer as famílias que deverão receber alguma ajuda, o grupo -punhos erguidos- recitou forte o versinho: "Olga Benário / Lutou contra o nazismo / Construindo o socialismo".
O filme "Olga", do diretor Jayme Monjardim, já passou algumas vezes naquele miolo do Capão Redondo, uma das áreas com pior IDH da cidade.
Gripe sulina?
Com voz mansa, Maria Helena Ferreira, 65, vice-presidente da Olga Benário, é quem organiza o cadastro do pessoal que reivindica ajuda da prefeitura. Incansável, a mulher acordou às 4h para ir ao hospital cardiológico Dante Pazzaneze, na Vila Mariana -ela sofreu um infarto há dois anos-, e às 23h ainda corria de barraco em barraco, conversando, tranquilizando, aconselhando. Aproveitou para comer um pouco da sopa que as paróquias do bairro mandaram para a favela-tripa.
A pequena Meyssa Beatriz Pereira da Silva, um mês e quatro dias de vida, espirra fraquinho. Está gripada. Pergunta-se à mãe, Marisa Silva Santos, 21, se não tem medo da gripe suína. Cabelos curtos, olhar inteligente, ela responde: "Gripe sulina?" Meyssa já foi atendida no posto de saúde do Parque do Engenho, ali perto. Liberada.
"Graças a Deus. A gente só tem de agradecer", diz a doméstica Marinalva Francisca de Jesus Santos, 40. A gratidão é porque não está chovendo em São Paulo nos últimos dias.
O marido de Marinalva está preso na cadeia do Belenzinho, acusado de roubo -"ele é inocente", ela diz. De dentro da cadeia, o homem assistiu pela TV ao incêndio que consumiu a favela. Reconheceu o barraco de sua família ardendo. O homem telefonou para a mulher. Ouviu dela a informação: "Estou na beira da calçada, como todo mundo". O homem ficou um pouco mais tranquilo, a mulher -bebê no colo- garantiu.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Oferta de emprego!
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quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Boa demanda
Pois é, o mercado para os cartunistas nunca esteve agitado como agora! Inspiração é o que não falta!
Pater/A Tribuna
Miguel/Jornal do Commercio - PE
Lezio/Diario da Região
Dalcio/Correio Popular
Clayton/O Povo-CE
Kacio/Correio Braziliense
Heringer/A Charge Online
Amarildo/A Gazeta
Cleriston/Folha de Pernambuco
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