sexta-feira, 4 de maio de 2007

'Democracia' momentânea 2

O texto original também foi enviado por e-mail, e como surgiu uma manifestação, resolvi publicar.

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Eu concordo que existe esta assimetria e ela realmente beira o paradoxo. Porém ressaltaria duas coisas:

1. de cunho mais ideológico, o fato de que a forma do sistema é a base de uma sociedade. Democrático, ditatorial, a forma como ele é conduzido vai determinar o rumo de investimentos, cobrança de oposição (quando existe) etc.

2. De caráter mais prático: a eleição é cuidada pelo TSE, que faz parte do judiciário, e o governo é um órgão executivo. Não sei se é de bom sendo querer que os juízes que cuidam do processo eleitoral mandem tapar buracos ou pior querer que o governo federal (ainda mais com reeleição) administrem o processo eleitoral. Cada órgão tem a sua função e colocar tudo no mesmo balaio pode justamente permitir as nuances que levam à corrupção no sistema (é como o ditado: todo rico rouba, vc na prática protege os que roubam, pois os mistura com os que eventualmente não roubam).

Mas eu concordo que durante o período eleitoral até pelos discursos de candidatos as pessoas se sentem na Bélgica, Suíça, Suécia...

Abracci
Gerson

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Exatamente. A fuga de investimentos do Brasil para países com metade dos impostos cobrados aqui é um, dos vários motivos, deste sistema benéfico apenas para os que legislam em causa própria.

De fato, é o Judiciário que cuida desta parte e, justamente, este é mais um dos poderes onde o benefício continua a favor do sistema através de mecanismos que agilizem os processos políticos, em detrimento de processos judiciais de pessoas físicas e jurídicas, vide a lentidão do judiciário.

Bom, fora o fato que não acredito em um poder 'apartidário'. Mas acredito que mudar isso é muito difícil. Há muitos interesses e nem mesmo o presidente da República tem poder para tal. Não sei qual a saída, nem mesmo pelo aeroporto hoje em dia está fácil. Até isso está sendo brecado ! rs

Fernando

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Pois é (risos) até os vôos hoje estão complicados.

De fato, os poderes acabam tendo influência uns sobre os outros, de forma todos os beneficiarem. O ponto que sempre me preocupa institucionalmente é, por exemplo, o que acontece na previdência: se todo mundo não roubar um único centavo (o que evidentemente não é o que acontece no mundo real kkk) nem assim ela dá certo. Quando a instituição chega num ponto de incompetência que, nem havendo corrupção a coisa dá certo, é um sinal bem crítico... (risos)

Abracci
Gerson

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