sexta-feira, 4 de maio de 2007

Jornalista do NYT aconselha turistas a não vir ao Brasil

Da Agência Estado - O jornalista americano Joe Sharkey, um dos passageiros do jato Legacy que se chocou com o Boeing da Gol em setembro, afirmou na última quarta-feira (22) em seu blog que os turistas que querem vir ao Brasil devem cancelar sua viagem. "Se vocês estão planejando uma viagem ao Rio, aconselho: não vão", escreveu. No post intitulado "Estúpidos na Parada", Sharkey, do jornal "The New York Times", voltou a criticar a atitude do governo brasileiro de manter os pilotos Joe Lepore e Jan Paladino detidos no País. Para ele, os comandantes estão sofrendo preconceito por serem americanos.

É um desabafo justo, afinal ninguém entende melhor de preconceito do que eles. Após o 11 de setembro, seus sentimentos com povos de outras etnias, especialmente de origem árabe e latina, só floresceram.

Se o ocorrido fosse nos EUA, e brasileiros estivessem envolvidos, duvido que estes ficaram em hotéis de luxo a espera das conclusões da investigação, como estão os americanos no Rio de Janeiro. No mínimo seriam taxados de terrorista no início e ficariam aquartelados em uma sala qualquer no Pentágono. Seu desabafo ainda continua.

Segundo o jornalista, os brasileiros deveriam se ocupar mais com a absolvição dos pilotos, em vez de culpá-los. "Isso é um tema constante entre os estúpidos no Brasil (...), que estão somente interessadas em usar ironia barata a serviço da histeria antiamericana." Ele acrescenta, porém, que está recebendo várias mensagens de "brasileiros inteligentes que estão assustados" com o desvio que a investigação do acidente sofreu.

Independentemente da culpa, os tripulantes do jato Legacy tem que admitir que se o acidente tivesse ocorrido em suas terras, a história não seria diferente (seria até mais enérgica!).

Do outro lado, como é comum no Brasil, precisou morrer 154 pessoas para que todos os problemas no espaço aéreo brasileiro viessem à tona. Lamentável. Quero ver como as autoridades irão contornar tudo isso, com um final de ano próximo que promete ser caótico. Pelo menos, desta vez, posso agradecer por não ser rico e ter marcado viagem para as Ilhas Fiji.

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