sexta-feira, 4 de maio de 2007

O Último dos Moicanos


Scorsese dirige Matt Damon em Os Infiltrados

Volto ao assunto do Oscar 2007 neste momento justamente por, até que enfim, ter conseguido assistir o vencedor da premiação: Os Infiltrados.

Um bom filme, acima da média do que é produzido por Hollywood, mas, tratando-se de uma obra do diretor Martin Scorsese, é menos do que se esperava. E o motivo não é por ser uma refilmagem de um filme chinês (‘Mou Gaan Dou’ de 2002). Scorsese já refilmou Cabo do Medo e ficou muito melhor que o original.

Os Infiltrados peca um pouco pela falta de ritmo inicial, onde o espectador poderia ser conduzido pela trama até suas reviravoltas finais, como aconteceu com Os Bons Companheiros, onde você quase mergulha dentro do filme. Não sou cineasta, mas conheço muito bem o trabalho do diretor e é inevitável comparar sua última obra com as anteriores.

Nos últimos anos o diretor vem tentando conquistar novas platéias com filmes mais ‘degustáveis’, como Gangues de Nova York e O Aviador (como já falei, filmes muito bons, mas Scorsese's menores).

A Academia de Hollywood, cega, surda e oportunista, só revolveu premiar Scorsese agora, após 5 indicações por melhor diretor (por Touro Indomável-1980, A Última Tentação de Cristo-1988, Os Bons Companheiros-1990, Gangues de Nova York-2002 e O Aviador-2004). “Quem sabe agora ele e a imprensa especializada nos deixam em paz!”, devem ter dito. E quem sabe agora, também, Scorsese se sinta livre de novo para exercitar o que tem de melhor: transpor para as telas o submundo, a realidade das ruas, seus fortes, sensíveis e carismáticos personagens e histórias fantásticas e bem amarradas.

Seus infiltrados já demonstraram o que vem pela frente. O filme terá uma seqüência e Robert De Niro está envolvido no projeto.

Ave Scorsese!

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