sexta-feira, 4 de maio de 2007

Educação virtual

A notícia abaixo é a prova de que a Internet pode, e deve, ser uma ferramenta inteligente para facilitar a vida das pessoas, empresas e democratizar o controle e vigilância de instituições públicas.

É lamentável que pessoas sem a mínima decência e inteligência usem este instrumento para praticar crimes e disseminar práticas anti-sociais como racismo, pedofilia, spams e mentiras nas suas mais variadas formas.

As empresas que proíbem o acesso de funcionários a certas ferramentas, como o Messenger, Orkut, entre outras comunicações e redes de grupos, é resultado, justamente, do comportamento dessas pessoas, que não sabem aproveitar o excelente instrumento que tem em suas mãos.

Por isso defendo o surgimento de uma disciplina, nas escolas públicas e particulares, sobre tudo o que engloba o mundo virtual. Matérias como a história da Internet, características, acessabilidade, segurança na rede, ferramentas para montar um site e, principalmente, ética. Sim, como se comportar diante da tela. Não adianta colocar um equipamento na frente da pessoa e ensinar somente o básico. É preciso saber se comportar, ter limites ao utilizá-lo em empresas, redes públicas e na sua própria casa.

Sem querer fazer propaganda, mas não há outro jeito de exemplificar, pois são os mais populares, o Messenger é um excelente instrumento de comunicação e envio de arquivos pela rede, com custos baixos e até nulos. Imagine se comunicar toda hora com um amigo no exterior ou, mesmo, filiais e escritórios da empresa espalhados pelo Brasil pelo telefone?

Outro exemplo vem até do Orkut, onde há centenas de comunidades de profissionais em comum discutindo temas relevantes e até ofertas de empregos e concursos públicos. Ainda, as comunidades de amigos de infância, do trabalho, faculdade entre outros sujeitos desaparecidos que você nunca encontraria de outra forma. Uma excelente rede de network!

É claro, enquanto a exclusão digital não diminuir para as camadas mais pobres, fica um pouco difícil querer ensinar um instrumento que não faz parte do cotidiano dessas pessoas. Mas acredito que seja um ótimo caminho para o preparo dos jovens ao mercado de trabalho e à uma vida social (digital) mais apropriada.

Homem na Alemanha acompanha roubo de sua casa no Brasil pela Web

SÃO PAULO (Reuters) - A tecnologia ajudou a evitar um assalto no litoral de São Paulo neste fim de semana, quando um empresário que estava na Alemanha viu imagens de sua residência sendo roubada por um ladrão. As imagens foram transmitidas por câmeras conectadas à Internet de sua casa e o ladrão foi preso depois que a polícia foi acionada.

O empresário estava na cidade alemã de Colônia e recebeu um alerta em seu celular vindo da casa litorânea, no outro lado do Atlântico. O alerta foi acionado no dia 10 pelo sistema de segurança da casa, localizada na praia de Pernambuco, no Guarujá.

O empresário ligou seu laptop após receber o aviso eletrônico de invasão de sua residência e pela Internet conseguiu ver uma pessoa rondando e usando objetos da casa. A vítima então avisou sua mulher, que chamou as autoridades e manteve contato com a polícia durante o cerco da residência.

"Ela passou detalhes para a gente de como era o ladrão e onde ele estava enquanto estávamos cercando a casa", contou à Reuters, por telefone, o cabo Américo Rodrigues, da 5a companhia do 21o Batalhão do Interior da Polícia Militar. "Isso foi crucial para que a gente agisse com objetividade. A ação não demorou mais que 15 minutos", acrescentou o policial, que participou do cerco.

Segundo ele, o ladrão usou uma escada da própria residência para entrar na casa pelo primeiro andar. Os donos puderam ver o ladrão provando roupas, e, quando os policiais entraram na casa, uma série de objetos, entre eletrodomésticos e ferramentas, estavam embalados em sacos na cozinha, prontos para serem levados.

O ladrão não desconfiou que estava sendo vigiado a milhares de quilômetros de distância. "Ele ficou surpreso quando soube que estava sendo visto por câmeras pela Internet", disse Rodrigues. Os donos da casa foram procurados pela Reuters, mas não puderam ser encontrados para comentar o ocorrido.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

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