sexta-feira, 4 de maio de 2007

Não vou de táxi...

Enquanto se discute em Brasília aumento de salários dos parlamentares e do funcionalismo do Judiciário, em São Paulo uma ‘pedrada’ para quem depende de transporte público. Ônibus, trens e metrô subiram hoje para R$ 2,30.

Eu tenho carro, mas ando de ônibus também e pagar esta tarifa pelo serviço oferecido é um disparate. Vá ao terminal Santo Amaro, Bandeira e Vl. Prudente e veja a realidade. Há pessoas que gastam até quatro conduções por dia e saem de casa às 5h da manhã para chegar ao trabalho às 8h e, muitas vezes, não porque o trabalho é longe e sim porque os ônibus estão completamente entupidos. A espera por um razoavelmente vazio pode ser longa, mas ao invés de chegar atrasado, o jeito é brincar de sardinha enlatada mesmo.

O bilhete único amenizou um pouco, mas não muito. Serviu mais para que os preguiçosos de plantão peguem um coletivo para andar somente três pontos e fazer compras, daí a lotação extrema até em horários de pouco movimento.

Como se não bastasse, as viagens de táxi também ficam 14% mais caras a partir do dia 9 de dezembro. O valor da bandeirada passará de R$ 3,20 para R$ 3,50. O preço do quilômetro rodado subirá de R$ 1,80 para R$ 2,10. A hora parada, que custa R$ 25, vai para R$ 28.

Segundo a imprensa, o reajuste nesta época, como os de outros meios de transporte, foram estratégicos, isto é, para depois das eleições. Ou pode ser considerado também como um presentão de Natal aos paulistanos.

Conheço pessoas que elogiam a melhora no transporte público a partir das mudanças na gestão Marta Suplicy. Acredito que a intenção tenha sido a melhor, mas está muito distante entre o custo benefício oferecido e, duvido que as empresas de ônibus apresentem algum prejuízo devido ao bilhete único, passe do idoso ou do estudante.

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